segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Política de 'zero Covid' da China pode causar efeitos globais

 Gazeta da Torre

País asiático segue com lockdown de cidades inteiras
se um único caso for detectado (REUTERS/Lam Yik)

Mesmo enfrentando o maior surto de Covid-19 no país desde Wuhan - primeiro epicentro da doença -, a China insiste na polêmica política de 'zero Covid'. Sem dar sinais de que possa haver alguma mudança em sua forma de combater o vírus, caminhando para uma uma política de "coexistência", o país asiático segue com lockdown de cidades inteiras se um único caso for detectado. Isso, além de causar insatisfação em diversos setores da população pressiona inflação global, segundo a integrante do BoE (sigla em inglês para Conselho do Banco da Inglaterra), Catherine Mann.

Impacto global

Embora outros países também tenham adotado uma estratégia parecida com a política chinesa de 'zero Covid' - como Austrália, Nova Zelândia e Cingapura, embora tenham relaxado recentemente as suas políticas rígidas - para Catherine Mann não há como comparar. Para ela, a China é uma "grande fornecedora na cadeia global".

Questão econômica

Para a conselheira, a estratégia da China provoca implicações em nível mundial, principalmente na situação econômica: "a política de zero Covid da China influi na inflação global", continuou Mann durante sua fala no painel virtual do Council on Foreign Relations da sexta-feira (07). Além da parte financeira, tal atitude do governo chinês causa problemas internos bastante graves. Afinal, o bloqueios já realizados em algumas cidades do país deixou moradores sem alimentos e suprimentos essenciais.

O que, obviamente, acabou gerando uma onda de raiva da comunidade local contra os governantes. Em uma entrevista coletiva, Liu Guozhong, chefe do Partido Comunista da província de Shaanxi, prometeu “elevar ainda mais nossos ânimos, fortalecer a consciência de alcançar 100% de prevenção, controle e isolamento, priorizar a prevenção de epidemias e controle em vilas urbanas, e alcançar a meta de trazer os casos de volta a zero na sociedade o mais rápido possível".

Fonte: Yahoo Finanças

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