Gazeta da Torre
Pensa muito em desistir? Está sempre cansado para
realizar atividades intelectuais? Entenda porque isso acontece.
“Pensar dá muito trabalho”: você certamente já ouviu
alguém dizer isso ou você é a pessoa que – por inúmeros motivos –, sempre se vê
no caminho da procrastinação ou já percebeu que tem alguma dificuldade para
assimilar novas informações. Essa sensação de cansaço ao estudar ou aprender
algo novo e a vontade de desistir diante da primeira dificuldade é explicada
pela neurociência.
Cérebro
automatizado – cérebro controlado
Desde a primeira infância, quando estamos frente a um
problema e avaliamos que não temos recursos para lidar com ele, muitas vezes
desistimos.
Isso acontece porque o cérebro precisa de oxigênio e
glicose para sobreviver e, por isso, para o cérebro, impera a lei do menor
esforço. Se julgamos que o esforço vai ser grande e não há muitas chances de
dar certo, a tendência é desistir.
Segundo Livia Ciacci, neurocientista do Método SUPERA –
Ginástica para o cérebro, nosso órgão mais importante tem duas formas de
pensar:
Uma automatizada, capaz de relacionar os estímulos do
ambiente com eventos guardados na memória e responder sem muito esforço; e o
modo controlado, que usamos enquanto executamos tarefas cognitivas complexas,
entre elas, o estudo.
“O sistema automático usamos para atravessar a rua,
quando reagimos à uma poça de água na pista ou quando emitimos uma opinião sem
pensar. Já o pensamento controlado é capaz de manter uma série de dados no foco
e deliberar para uma tarefa nova ou uma decisão”, detalhou a especialista.
Além de gastar mais energia usando o modo controlado,
pensar significa usar neurônios específicos para entender e resolver uma tarefa
específica. E quanto mais tempo concentrando o esforço nessa tarefa, mais os
neurônios trocam informações entre si, e mais as células da glia, vizinhas aos
neurônios, liberam adenosina - uma molécula que impede a hiperativação dos
neurônios - literalmente freando todo o sistema.
“Imagine que você está caminhando com um colega, vocês
conversam e andam tranquilamente, mas peça para ele calcular 125 x 74 de cabeça
imediatamente - com certeza ele vai parar de andar! A energia e o esforço serão
direcionados para a atividade pensante difícil”, detalhou.
Entendendo
o cansaço mental
A quantidade de decisões que uma pessoa toma durante o
dia também impacta na disposição para persistir ou desistir. Segundo Livia, o
cérebro tem uma capacidade limitada de tomar decisões, que vai sendo reduzida
ao longo do dia.
Segundo ela, na prática, não se trata de ser ou não
bem-dotado intelectualmente, mas, sim, de entender os limites biológicos e
organizá-los da melhor maneira possível. “Muitos estudos testaram os
desempenhos de grupos de pessoas em resolução de problemas, com diferenças
entre grupos de pessoas que fizeram ou não escolhas (decisões) logo antes do
problema ser proposto. Todos eles demonstraram que as pessoas que tomaram mais
decisões antes, foram as mais propensas a desistir e ter um pior desempenho no
problema”, alertou.
O
que fazer para “driblar” a vontade de desistir após a primeira dificuldade?
É importante entender que o cansaço derivado da fadiga
mental, sempre vai acontecer todas as vezes que a atividade intelectual for
intensa, o que, segundo a especialista, é biológico. A boa notícia é que a
nossa motivação e hábitos podem ser modificados a favor do aprendizado.
“Entender como você aprende melhor, eleger quais
aprendizados vão trazer impactos positivos para a vida e criar uma estratégia
de estudos ou práticas que não conflitem com momentos que você já esteja
saturado de decisões tomadas ao longo do dia são ações possíveis”, destacou
Livia Ciacci, Mestre em Sistemas Neuronais e neurocientista do SUPERA –
Ginástica para o cérebro.
A chave pode estar no sistema de recompensas do nosso
cérebro. “Precisamos treinar nosso cérebro a entender que após o esforço, o
aprendizado é prazeroso e traz benefícios. Ter clareza dos passos e celebrar os
pequenos avanços ajuda nisso! Na medida em que for sendo bem-sucedido nos
avanços, o cansaço ficará menos intenso”, pontuou.
Por
que exercitar o cérebro é importante?
Agora que você já sabe que a tendência do cérebro é
poupar esforços e isso também é uma barreira para o seu desenvolvimento
pessoal, fica fácil entender a importância de estimular o cérebro ao longo de
toda a vida também através da prática de treino cognitivo ou ginástica
cerebral. “Por isso tudo, é importante incluir atividades que envolvam
novidade, variedade e grau de desafio crescente, além de ter uma rotina nos
estudos, fazer o planejamento prévio, e segui-lo, o que vai facilitar o
aprendizado e manter o cérebro mais descansado, despreocupado com o que fazer -
ou seja, liberto da necessidade de decidir a cada momento o que fazer”,
detalhou.
Como
ter mais disposição para aprender coisas novas?
• Torne a rotina mais favorável ao trabalho mental:
explore sua curiosidade e identifique qual seu interesse naquilo que deseja
aprender;
• A partir das motivações definidas, planeje a estratégia
e tome todas as decisões antecipadamente. Assim, ao passar do estado de
planejamento para o de execução, você terá a mente livre para se concentrar;
• Fragmente os períodos de estudo entre períodos de
descanso e divida a meta maior em pequenas metas alcançáveis mais rapidamente;
• O descanso evita a fadiga mental e as metas fáceis agem
na percepção de recompensas. Aposte em pausas que incluam algo gratificante,
como um café ou acessar as redes sociais por um curto período.
Para
reflexão:
O amor não é um hábito, um compromisso, ou uma dívida.
Não é aquilo que nos ensinam as músicas românticas, o amor é indefinições. Ame
e não pergunte muito. Apenas ame. “Paulo Coelho”
Você
sabia:
Com cerca de um quilo e duzentas gramas, o cérebro de
Albert Einstein era um pouco menor que a média. Poucas horas depois de sua
morte, seu cérebro foi retirado, cortado em 240 partes e preservado em jarros
com formaldeído, e usados para estudos posteriormente.
Resposta
do desafio de Outubro:
O número 3,14 ficou preso na floresta. Qual é o nome do
filme?
Resposta: As aventuras de PI
Desafio
de Novembro:
Qual o nome do animal que começa pela fruta e termina
pela marcha?
Resposta na próxima edição:
Serviço:
Método Supera - Ginástica para o
Cérebro
Responsável Técnica: Idalina Assunção
(Psicóloga, CRP 02-4270)
Unidade Madalena
Rua Real da Torre, 1036. Madalena,
Recife.
Telefone: (81) 3236-2907
Unidade Boa
Viagem
Telefone:
(81) 30331695
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