Gazeta da Torre
Jardim Botânico, Recife/PE |
Aposta do Ministério do Turismo é atrair investidores
atentos à movimentação global de mercado e valer-se dos inúmeros recursos e
belezas naturais do Brasil
De acordo com a pesquisa “O Novo Viajante”, realizada em
parceria da Interamerican e Fecomércio/SP, no final do primeiro semestre, mais
de 50% dos brasileiros desejam viajar para dentro do País e devem privilegiar
lugares abertos e que não favoreçam aglomerações.
“O turismo de natureza é a bola da vez”, assegura Débora
Gonçalves, secretária nacional de Atração de Investimentos, Parcerias e
Concessões do Ministério do Turismo, em entrevista ao iG . Turismo de natureza
é um segmento de turismo desenvolvido em áreas naturais com o intuito principal
de contemplar a fauna e a flora e curtir passeios ao ar livre.
Os seis tipos de bioma (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata
Atlântica, Pampa e Pantanal) e as praias e litorais do Brasil são citados por
Gonçalves como exemplos do imenso potencial do País nesse setor, que ainda pode
ser melhor aproveitado. Esse é um dos objetivos do Portal de Investimentos, uma
nova plataforma lançada pelo Ministério do Turismo que, entre outros destaques,
sublinha o ecoturismo como uma grande oportunidade de negócio.
Entre os projetos que integram a plataforma estão o
Parque Amazônia, o Polo Turístico Cabo Branco, expansão do Beach Park no Ceará,
Complexo de Lazer Águas do Velho Chico, Centro Cultural Indígena, entre tantos
outros que podem ser conferidos aqui.
O turismo de natureza pode ser uma vertente importante
também para ampliar o número de turistas estrangeiros no cenário pós-pandemia.
Em 2019, em um contexto pré-pandêmico, esse contingente foi de 6 milhões.
De acordo com o ICMBio, o Brasil possui 334 unidades de
conservação federais, com mais de 12 mil espécies avaliadas. A Embrapa aponta
que a vegetação nativa cobre 66% do território nacional.
São elementos que ajudam a entender a razão do turismo de
natureza ser o alvo prioritário nessa fase de revitalização do setor. “É uma
nova tendência mundial. Não que as pessoas vão deixar de ir a museus como o
Masp”, advoga Gonçalves, mas o turismo de natureza vai ser muito mais procurado
do que no passado”. A secretária aposta na “experiência do turismo”, um
investimento aliado ao know-how, para dar ao Brasil o protagonismo que sua
natureza sugere.
Fonte:IG/Economia.
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