terça-feira, 6 de agosto de 2019

Você sabe o que é RESERVA DE EMERGÊNCIA? A importância de ter uma? Como se organizar para ter?

Gazeta da Torre

Reserva de emergência, fundo de reserva, colchão de segurança, pé de meia... são muitas denominações. Mas você sabe exatamente o que tudo isso significa, a importância e impacto disso na sua vida financeira?

O nome mais comum e que eu utilizo é fundo de reserva. Significa um valor que te dê tranquilidade, suporte em algumas situações da vida: desemprego, redução de renda, doença familiar e também oportunidades que surjam.

No Brasil, ao perdermos um emprego, recebemos o FGTS, seguro desemprego e rescisão. Porém, foi comum nos últimos anos, devido à situação do país, que as empresas demitissem os funcionários e simplesmente não pagassem nada a que eles tinham direito. O fundo de reserva vem para momentos como esse.

Um exemplo de “oportunidade” que é possível destinar o valor do fundo de reserva é, por exemplo: você quer trocar de carro e seu vizinho quer vender o que tem por um preço abaixo do mercado porque está de mudança para o exterior. Trata-se de uma boa oportunidade e a reserva de emergência pode dar esse suporte.

Entretanto, como calcular o valor para compor fundo de reserva? O ideal é que seja de 6 a 12 meses das despesas mensais. Ou seja, se uma família gasta R$ 1.000 por mês, precisa de R$ 6 a R$ 12 mil. Esse valor varia de acordo com o perfil de cada família. Se é um casal de funcionários públicos, que tem certa estabilidade, pode partir para um fundo de reserva mais baixo, por volta dos 6 meses. Já se tratando de um casal da iniciativa privada, o ideal, sim, é ter uma reserva mais larga, partindo para os 12 meses das despesas mensais.

A reserva de emergência dá autonomia e permite que você seja dono das suas escolhas e decisões. Imagine querer mudar o rumo, ajustar algo na vida pessoal ou profissional e não ter nenhuma reserva, nada que te dê um respaldo nesse sentido.

Existem alguns erros bem comuns na hora de compor a reserva. Já vi muita gente dizer que tem um imóvel, uma sala comercial ou um terreno. Entenda: isso não faz parte do seu fundo de reserva, pois é um valor que precisa estar aplicado em algo com liquidez! Você não consegue transformar um bem desse em dinheiro da noite para o dia. Ou seja, fundo de reserva não está ligado à alta rentabilidade, mas à liquidez.

Um produto adequado que posso sugerir para alocação é o Tesouro Selic. Nele, você consegue um retorno acima da poupança e de vários outros produtos dos grandes bancos e você tem alta liquidez.

Outro erro comum que vejo: as pessoas utilizando o fundo de reserva para fazer uma viagem ou festa de aniversário. Não é correto descapitalizar a sua reserva para esses fins.
Independente da fase da sua vida, corra atrás para compor o seu fundo de reserva. Pode levar dois, quatro, cinco anos, mas o importante é começar, é dar o primeiro passo. 

Coloque uma meta de ter um mês, logo depois três meses, seis meses e vai conquistando aos poucos. O importante é ter consistência e recorrência mensal. Você chega lá!

Até a próxima!!

Leandro Trajano
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