Reserva de emergência, fundo de reserva, colchão de
segurança, pé de meia... são muitas denominações. Mas você sabe exatamente o
que tudo isso significa, a importância e impacto disso na sua vida financeira?
O nome mais comum e que eu utilizo é fundo de reserva. Significa
um valor que te dê tranquilidade, suporte em algumas situações da vida:
desemprego, redução de renda, doença familiar e também oportunidades que
surjam.
No Brasil, ao perdermos um emprego, recebemos o FGTS,
seguro desemprego e rescisão. Porém, foi comum nos últimos anos, devido à
situação do país, que as empresas demitissem os funcionários e simplesmente não
pagassem nada a que eles tinham direito. O fundo de reserva vem para momentos
como esse.
Um exemplo de “oportunidade” que é possível destinar o
valor do fundo de reserva é, por exemplo: você quer trocar de carro e seu
vizinho quer vender o que tem por um preço abaixo do mercado porque está de
mudança para o exterior. Trata-se de uma boa oportunidade e a reserva de
emergência pode dar esse suporte.
Entretanto, como calcular o valor para compor fundo de
reserva? O ideal é que seja de 6 a 12 meses das despesas mensais. Ou seja, se
uma família gasta R$ 1.000 por mês, precisa de R$ 6 a R$ 12 mil. Esse valor
varia de acordo com o perfil de cada família. Se é um casal de funcionários
públicos, que tem certa estabilidade, pode partir para um fundo de reserva mais
baixo, por volta dos 6 meses. Já se tratando de um casal da iniciativa privada,
o ideal, sim, é ter uma reserva mais larga, partindo para os 12 meses das
despesas mensais.
A reserva de emergência dá autonomia e permite que você
seja dono das suas escolhas e decisões. Imagine querer mudar o rumo, ajustar
algo na vida pessoal ou profissional e não ter nenhuma reserva, nada que te dê
um respaldo nesse sentido.
Existem alguns erros bem comuns na hora de compor a
reserva. Já vi muita gente dizer que tem um imóvel, uma sala comercial ou um
terreno. Entenda: isso não faz parte do seu fundo de reserva, pois é um valor
que precisa estar aplicado em algo com liquidez! Você não consegue transformar
um bem desse em dinheiro da noite para o dia. Ou seja, fundo de reserva não
está ligado à alta rentabilidade, mas à liquidez.
Um produto adequado que posso sugerir para alocação é o
Tesouro Selic. Nele, você consegue um retorno acima da poupança e de vários
outros produtos dos grandes bancos e você tem alta liquidez.
Outro erro comum que vejo: as pessoas utilizando o fundo
de reserva para fazer uma viagem ou festa de aniversário. Não é correto
descapitalizar a sua reserva para esses fins.
Independente da fase da sua vida, corra atrás para compor
o seu fundo de reserva. Pode levar dois, quatro, cinco anos, mas o importante é
começar, é dar o primeiro passo.
Coloque uma meta de ter um mês, logo depois
três meses, seis meses e vai conquistando aos poucos. O importante é ter
consistência e recorrência mensal. Você chega lá!
Até a próxima!!
Leandro Trajano
Instagram @personalfinanceiro
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