Gazeta da Torre
Este mês, fui tomada por inúmeras reflexões sobre o tema
e assim me vem o desejo de partilhar, estimular também o pensamento dos
leitores do Gazeta da Torre. Espiritualidade no trabalho, o que isso significa?
Segundo o Instituto Holos, de Coaching e Mentoring, que
está entre os cinco melhores do Brasil, do qual tenho a formação em Master
Coach, “existem muitas formas de trabalhar com a espiritualidade das pessoas
dentro do contexto organizacional. É um exercício que deve primar pelo profundo
respeito às individualidades e por isso mesmo uma maneira efetiva de aprender a
lidar com as diferenças.”
Observa-se que no contexto contemporâneo de urgência,
pressa, competitividade, quase beirando a competição, muitas vezes se releva o
mais importante: o Ser Humano, os valores, a ética, o respeito à
individualidade e identidade de cada um.
E, dessa forma, vai se soterrando o melhor que as pessoas
têm dentro de si, a motivação, a vontade de participar, contribuir e mobilizar
o seu potencial em função da melhoria do seu próprio contexto de trabalho e dos
resultados organizacionais.
Muitas vezes o cargo se torna, erroneamente, sinônimo de
“Líder”. Assim, a razão e o poder por trás do cargo fazem as pessoas que estão
sob essa hierarquia, murcharem, sofrerem, se apequenarem diante dos outros,
aceitarem que nada sabem, que não são capazes, que o problema está
neles...quando na realidade, são chefias rígidas, retrógradas e com
mentalidades da época da Revolução Industrial que os fazem pensar assim.
Outras vezes, tais líderes até pedem opiniões, porém como
o “Corpo Fala”, a sua voz, gestos, postura, ao invés de inspirar a fala,
contribuição do liderado, apenas engessa, trava, inibe ainda mais, enquanto
eles mesmos se perguntam: Por que eles não dão suas contribuições, se eu dou a
liberdade? Infelizmente o espelho não fala...
As empresas que mantém essa rigidez na gestão precisa
ampliar a visão, experimentar perguntar e ouvir mais, valorizar e explorar as
diferentes aptidões da equipe. Ninguém sabe tudo, somos interdependentes, até o
próprio universo funciona nessa sincronicidade harmônica e maravilhosa.
A inovação vem da curiosidade pelo diferente, pelo novo.
A inovação vem de mentes ampliadas e não fechadas no próprio ponto de vista.
Pessoas, que são relacionais, gostam de gente, respeitam
as diferenças, não têm medo de ensinar o que sabem, inspiram as pessoas a serem
mais e mais no dia a dia, sendo verdadeiros exemplos, sem deixar de planejar,
executar, avaliar e controlar metas e resultados. Esse é, afinal e
naturalmente, o seu papel diante da empresa.
Se não se tem este perfil básico de líder que se doa,
inspirador e transformador, é recomendável avaliar a profissão, ver - quem
sabe? - a habilidade com números, com ciências exatas. Isso porque, pessoas são
complexas, não têm fórmulas exatas...
E, mesmo nessas profissões, não somos ilhas. O homem é um
ser social. Aprender a conviver com as individualidades, diferenças, tanto nos
relacionamentos afetivos e familiares, quanto na sociedade e na empresa, é
fator de Criatividade, Lucro e, melhor ainda, gera qualidade de vida, bem-estar
e FELICIDADE!.
FELICIDADE para todos!
Abraço fraterno
Vera Silva – Desenvolvimento Humano e Organizacional.
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