Gazeta da Torre
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A mostra retrata, através de pinturas, xilogravuras e fotografias, a expressão criada pelo escritor Ariano Suassuna
Divulgação
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A mostra reúne trabalhos de Gilvan Samico, Romero de
Andrade, Gustavo Moura e do grupo Circo Branco refletindo sobre o Movimento
Armorial
A CAIXA Cultural Recife realiza, de 8 de junho a 5 de
agosto de 2018, a exposição Armorial: da Pedra do Reino ao Ponteio Acutilado.
Através de pinturas, xilogravuras e fotografias, o visitante fará uma viagem ao
mundo armorial, concebido pelo mestre Ariano Suassuna. Para introduzir os visitantes
nesse universo, que busca o erudito através da cultura popular nordestina, a
mostra reunirá cinco seguidores do movimento no país em diferentes linguagens:
o mestre xilogravador Gilvan Samico, o multiartista Romero de Andrade e Lima, o
pintor Sérgio Lucena, o fotógrafo Gustavo Moura e o grupo teatral Circo Branco.
A entrada para exposição é gratuita.
Produzida com a proposta de contribuir para o
conhecimento, o estudo e o aprofundamento das discussões sobre arte e
brasilidade promovidas no país, a exposição toma como marco referencial a
multidisciplinaridade do movimento Armorial. A curadoria da mostra é de
Claudinei Roberto da Silva, professor de artes no SESC/SP e na Pinacoteca do
Estado de São Paulo e curador de inúmeras exposições (Museu Afro-Brasil.
Pinacoteca, Caixa Cultural, SESC/SP, MON). A Coordenação Geral é de Rodrigo
Silva, que há dez anos coordena projetos para instituições como SESC, CCBB,
Museu Oscar Niemeyer e para a Caixa Cultural. Entre eles, Memória da Cidade
(SP, RJ, PR), Marcas da Alma (RJ, BA, PE), Audácia concreta: colagens de Luis
Sacilotto (SP), De quadro a quadro (DF, SP, BA), Os anos JK, entre outros.
“Mais do que um debate exclusivamente estético/artístico,
a exposição tem como proposta a reflexão a respeito de nossa identidade e
projeção de povo e país”, explica Rodrigo. Para isso, traz como um dos
principais atrativos a pluralidade das linguagens expostas. De Samico, um dos
maiores representantes do Armorial, vem dexilogravuras – algumas inclusive
foram expostas na Bienal de São Paulo de 2016 – que se baseiam em lendas e
mitos reinventando a arte popular de seu local de nascimento. Algumas das obras
são da década de 80, enquanto outras contemplam seu período final de produção.
Já Romero de Andrade Lima, sobrinho do escritor Ariano Suassuna e grande
herdeiro das reflexões do tio, é conhecido por sua capacidade de manifestação
em multiplataformas. Na exposição, estarão cinco esculturas, sendo uma delas a
leitura de Ariano pelo artista e as outras de personagens como Chicó e João Grilo,
além de nossa Senhora Aparecida e Jesus Cristo. Dele, também estarão
iluminogravuras de grande escala, feitas à bico de pena sobre papel, trazendo a
realidade nordestina.
Já do Circo Branco, grupo paulista mambembe dirigido por
Andrade e Lima, estará um DVD e uma série de fotos das apresentações mostrando
espetáculos que mesclam cultura popular através de várias formas de arte e
geralmente em espaços alternativos. Haverá, ainda, quatro fotos de Gustavo
Moura, fotógrafo que acompanhou Ariano ao longo de muitos anos. Serão três
imagens do mestre e uma de um vaqueiro, que completa a sequência. E para
fechar, Sérgio Lucena traz para mostra sua série Deuses, composta por dez
quadros com uma série de animais quiméricos, organizados com partes de várias
espécies, mas integrados num só corpo; e outras duas obras que registram
paisagens terrenas e cósmicas.
Juntos, os artistas abrem o diálogo que, sobretudo,
afirma a permanência dos valores artísticos e culturais buscados pelo movimento
e espelhados nessas proposições poéticas. Desta forma, a mostra pretende
estimular a compreensão e difusão da obra desses artistas, aumentando seu
acesso ao público, além de contribuir para o debate crítico sobre a atualidade
das questões postas por este movimento histórico.
Incentivo à cultura:
A CAIXA investiu mais de R$ 385 milhões em cultura nos
últimos cinco anos. Em 2018, nas unidades da CAIXA Cultural em Brasília,
Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, está
prevista a realização de 244 projetos de Artes Visuais, Cinema, Dança, Música,
Teatro e Vivências.
A CAIXA Cultural Recife oferece, desde 2012, uma
programação diversificada, com opções gratuitas ou a preços populares,
estimulando a inclusão e a cidadania. O espaço, situado em um prédio histórico
na Praça do Marco Zero, conta com duas galerias, teatro, sala multimídia, salas
de oficinas e tem 40 projetos previstos na programação de 2018.
Serviço:
[Artes Visuais] Armorial: da Pedra do Reino ao Ponteio
Acutilado
Local: CAIXA Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, 505,
Praça do Marco Zero, Bairro do Recife
Abertura: 7 de junho de 2018
Visitação: 8 de junho a 5 de agosto de 2018 (terça a
domingo)
Horários: Terça-feira a sábados, das 10h às 20h;
domingos, das 10h às 17
Entrada franca
Classificação indicativa: livre para todos os públicos
Acesso para pessoas com deficiência
Informações: (81) 3425-1915
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal
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