quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Mundo VUCA? Você, empresário, profissional, tem escutado falar a respeito?


Observei nos últimos meses um bom número de artigos, palestras e profissionais explorando essa expressão e, como tenho o hábito de gerenciar meu conhecimento, arquivando tudo o que me desperta o interesse, percebi que o assunto já me era conhecido há certo tempo. Revi os “meus guardados”, fiz as minhas pesquisas e, por achar útil, resolvi compartilhar com vocês um pouquinho do tema.

Por compreender que só há comunicação quando o receptor compreende a mensagem, procurarei usar uma linguagem simples, o que me é peculiar, já que a comunicação eficaz também implica em se adaptar ao público com o qual nos comunicamos. Espero dessa forma, contribuir.

O que significa o termo VUCA?  De onde se originou? Será que esse termo é tão novo assim? Será que se percebem as características do MUNDO VUCA na nossa vida e nos nossos negócios e empresas?

“O acrônimo VUCA foi criado no final dos anos 90 pelas forças militares americanas para caracterizar o mundo de então e que significa Volatility (Volátil), Uncertainty  ( Incerta), Complexity (Complexa) e Ambiguity (Ambígua). Eric McNulty, Director de Pesquisa e Programas Profissionais na National Preparedness Leadership Initiative, um programa conjunto da Harvard School of Public Health e da Harvard’s Kennedy School of Government, afirma que comparando com a realidade HOJE, deveria se acrescentar a palavra SUPER, pois atualmente, afirmar que vivemos em uma Era volátil, incerta, complexa e ambígua é quase o mesmo que declarar que a Terra é redonda.”

Para Greg Hutchins1, especialista americano em gestão de qualidade e gestão de risco, “nós estamos saindo de um mundo linear de saber a solução dos problemas e tomar uma decisão clara, para um mundo dinâmico de entender o sentido, de tomada de decisão baseada no risco, na terra do VUCA”. (Informativo bimestral da Siqueira Campos Associados, outubro de 2011).

No meu livro, lançado no início de 2016: Da Revolução Industrial à Gestão com Pessoas e Coaching, fl. 33, citei o autor Chiavenato (2008), que também menciona a fase iniciada em 1990, como sendo um período marcado por mudanças rápidas e imprevisíveis, provocadas pelos avanços tecnológicos, com destaque para as tecnologias de informação que não só favoreceram a globalização da economia, como tornou mais intensa e complexa a competitividade entre as organizações. As antigas relações industriais começaram nesse período a ceder espaço para uma nova maneira de pensar e agir...

Em um mundo considerado VOLÁTIL – as mudanças ocorrem de forma cada vez mais acelerada. Podemos observar, por exemplo, a velocidade com que se tornam obsoletos os aparelhos de telefonia móvel, smartphones etc. As relações de trabalho tendem a mudar? Os empregos serão reduzidos por conta da robótica?

Em um mundo INCERTO – Os resultados são cada vez menos previsíveis. Tal contexto mostra que empresas tradicionais vão dando espaço a empresas não convencionais: no segmento de transporte de táxi, o UBER com seu sistema inovador com preços e atendimento competitivos; o Airbnb, mexendo com as certezas do sistema tradicional de hospedagem, já que tem milhões de quartos, apartamentos e casas, disponíveis para hospedagem, sem ser dono de nenhuma delas.

Em um mundo COMPLEXO, a vida linear, rígida, hierarquizada, que segue um manual fixo, não existe mais, havendo, claro, algumas exceções onde há necessidade de certa linearidade, como por exemplo, na produção industrial...

Em um mundo AMBÍGUO, não há muita clareza quanto ao presente e futuro. Quem está ganhando e perdendo. As competências pessoais e profissionais valorizadas hoje servirão e permanecerão valorizadas no futuro? 

É o fluxo natural da vida, é a evolução dos tempos... Não vejo perplexidade nisso. Na antiguidade, o famoso filósofo Heráclito de Éfeso já dizia: “A única coisa que não muda é que tudo muda”. Então, estejamos atentos, ligados, conectados, atualizados... 

Pessoas/profissionais que resistem às mudanças inevitáveis ficam para trás. Empresas que não se atualizam, que não estão atentas e se antecipam aos acontecimentos e tendências, morrem e seus mercados são absolvidos por outras empresas mais “antenadas”, criativas e inovadoras.

Sem pânicos e sem mistérios... Aprender de forma continuada, investir em talentos, desenvolver competências, valorizar as pessoas e o potencial delas, pois toda inovação advém da capacidade criativa do Homem. Das múltiplas inteligências do homem. Do cérebro humano. Como afirma Miranda: “Todas as ciências, todas as artes e todas as disciplinas e tecnologias delas derivadas foram geradas pelas aptidões do mais antigo e sofisticado engenho colocado à disposição do homem: seu cérebro. As ciências, tecnologias e disciplinas só podem resolver problemas setoriais. A inteligência é a única panaceia universal”.

Hoje já se fala na 4ª Revolução que será provocada pela robótica, entre outros, mas isso será outro tema, em outro momento. No entanto, sabe-se que o homem, criado por Deus, está no centro de comando. Ou será que o homem cria/criará o robô para ser escravo dele?

Desejo ter deixado, com os queridos leitores, alguns insights com o objetivo de contextualização com a realidade... Desejo também que sirva de motivação e ânimo para pensar a sua empresa e a sua vida, como algo que precisa se reinventar, se renovar constantemente, com muita abertura interna para o novo. Encarar a mudança como algo necessário e positivo. Somos “mutantes”, por que não? Que nossas empresas também o sejam e que sempre estejam se atualizando na tecnologia, oferecendo novas roupagens e novos atrativos para os nossos clientes, encantando-os, fidelizando-os e valorizando o SER HUMANO acima da “máquina, da tecnologia e da robótica”.

Boa sorte para nós!
Abraço fraterno!

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