Gazeta da Torre
Fonte: Revista do Autismo
Todo 2 de abril comemora-se o Dia Mundial da
Conscientização do Autismo, data decretada pela ONU (Organização das Nações
Unidas), desde 2008, pedindo mais atenção ao transtorno do espectro autista
(nome "oficial" do autismo), cuja incidência em crianças é mais comum
e maior do que a soma dos casos de AIDS, câncer e diabetes juntos. No Brasil
estima-se que tenhamos 2 milhões de autistas, mais da metada ainda sem diagnóstico.
Um dos únicos consensos entre a comunidade médica em todo
o mundo é de que quanto antes o diagnóstico for feito e o tratamento iniciado,
melhor será a qualidade de vida da pessoa com autismo. A fim de auxiliar a
descoberta precoce e para que a sociedade comece a conhecer os sutis sinais do
autismo em bebês e crianças cada vez mais cedo, a editora M.Books lançou o
livro "Autismo — Não espere, aja logo!" (132 páginas, R$ 39), sem
linguagem técnica, de leigo para leigo, do jornalista Paiva Junior, pai de um garoto
que está no espectro do autismo e editor-chefe da Revista Autismo. O livro, que
tem prefácio do neuropediatra José Salomão Schwartzman e contra-capa com texto
do neurocientista Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia (EUA), poderá
ser encontrado no site do autor (PaivaJunior.com.br).
Para muitos, o autismo remete à imagem dos casos mais
graves, porém há vários níveis dentro do espectro autista. Nos limites dessa
variação, há desde casos com sérios comprometimentos do cérebro, até raros
casos com diversas habilidades mentais, como a Síndrome de Asperger (um tipo
leve de autismo) – atribuída inclusive aos gênios Leonardo Da Vinci,
Michelângelo, Mozart e Einstein. Mas é preciso desfazer o mito de que todo autista
tem “superpoderes”. Os casos de genialidade são raríssimos.
A medicina e a ciência, de um modo geral, sabem muito
pouco sobre o autismo, descrito pela primeira vez em 1943 e somente 1993
incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID 10) da Organização
Mundial de Saúde como um Transtorno do Desenvolvimento, que afeta a
comunicação, a socialização e o comportamento.
Outro mito é o de que o autista vive em seu próprio
mundo. Não. Ele vive em nosso mundo. Muitos autistas, porém, têm dificuldade em
interagir e se comunicar, por isso não estabelecem uma conversa, ou mantêm uma
brincadeira, e tendem a isolar-se — não porque querem, mas por não conseguirem.
Ao pensar que o autista não tem um mundo próprio, teremos mais chances de
incluí-lo em "nosso mundo" com o respeito que merecem, pois
preconceito se combate com informação. Para contribuir, procure saber mais
sobre o autismo e ajude a divulgar o 2 de abril.
Belíssima homenagem. Eles são realmente especiais. Valeu Gazeta da Torre.
ResponderExcluirPessoas magníficas que são do nosso mundo.
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