segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Coluna O LIMIAR DA EDUCAÇÃO - Setembro/2015



Acompanhar as mudanças que surgem, não é fácil. Nem tudo é tão simples quanto as operações básicas da matemática. Somar, subtrair, multiplicar e dividir costumam fazer parte de raciocínios lógicos e não raras vezes são aplicadas ao universo da convivência social.

De fato, muito da interação humana está mais em sintonia com as ciências exatas do que podemos imaginar. No contexto social, por exemplo, nos deparamos com a preocupação permanente de “como agregar valor” a algo importante e isto literalmente significa “somar”. Propagar boas ideias nada mais é do que “multiplicar” o foco, no objetivo de atingir mais e mais pessoas. A solidariedade é o interesse legítimo pela “divisão” de responsabilidades, quando nos colocamos no lugar do outro, desamparado e necessitado de ajuda, pois de certa forma (e esta é a forma pela qual poucos veem, infelizmente) prestar um auxílio é buscar para si a responsabilidade pelo bem-estar do próximo, com o objetivo de “subtrair”  tensão e dissabores.

Estamos falando aqui de como as ciências ditas “humanas” podem ser vistas, acompanhadas e até quantificadas. Pois bem!!! É justamente nesta análise que a EDUCAÇÃO, mais uma vez, está presente.

Ao se popularizar o pretexto de que o futuro será melhor se os investimentos forem aplicados em Educação, no presente, deveríamos estar, pelo menos, no início de um novo e substancial caminhar. Mas não é isso que vemos atualmente. Lixo nas ruas, depredação do transporte público, desrespeito às regras básicas da convivência social; tudo isso, enfim, traduz um estado embrionário de competência, que prova claramente a situação de uma consciência que ainda não despertou. Neste ponto como em muitos outros, a Estatística chega com dados alarmantes, números que servem para revelar comprometimentos e demandas de mudança.

Se não pudermos ser mais um no entendimento da melhoria coletiva, que sejamos os únicos. Se não conseguirmos multiplicar o resultado do nosso bom exemplo, que pelo menos ele seja um alívio de consciência, constante, motivando-nos a fazer mais, sempre mais. Quando a diminuição das desigualdades não for atingida naquela proporção desejada, que o compartilhamento de ações saudáveis nunca deixe de ocorrer, ainda que enfrentando dificuldades e contraditores.

A vida não é uma simples contagem do tempo. Nela, estão presentes decisões que são a razão do processo educacional. A trajetória enobrecedora, que pode não ser uma reta, depende do valor associado em cada etapa de construção. Esta é a lógica. Pense nisso!!!




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