segunda-feira, 13 de outubro de 2014

“Jardins venenosos” na Torre e Madalena

Redação Gazeta da Torre

O jardim chamado de Poison Garden (“O Jardim Venenoso”). 

Numa das áreas mais perigosas de nosso planeta, na lista dos estudiosos do assunto, está o jardim chamado de Poison Garden (“O Jardim Venenoso”).

Ele fica na Inglaterra, em Nirthumberland, e é propriedade da duquesa inglesa Jany Percy. Com grau de nocividade altíssimo, é lar de plantas que podem matar só de tocar a pele.
O Jardim Venenoso faz parte do complexo do The Alnwick Garden, um projeto ambicioso que custou mais de R$120 milhões. A parte perigosa, que é a que interessa, acolhe apenas plantas narcóticas ou venenosas (ou ambas, na maioria das vezes): são mais de 100 espécies.

A área, que é controlada pela duquesa, possui um portão preto, com uma caveira atravessada por ossos, traz um aviso que não deve ser levado na brincadeira: “Estas plantas podem matar”… O jardim foi inspirado em similares italianos, em Pádua, em que os Medicis brincavam de Farmville com a morte. O jardim recebe visitas monitoradas em que guias explicam a natureza mortal de vários vegetais.

As plantas venenosas são famosas. A cicuta, que foi usada na execução do filósofo Sócrates, é plantada nos limites do Poison Garden. Há também a beladona, a mandrágora, noz-vômica (de onde se tira a estricnina) e drogas conhecidas como a maconha, ópio e a coca. No local, os cientistas credenciados podem pesquisar e aprender mais sobre os efeitos de diversas drogas e venenos em nosso organismo.

As mais perigosas ficam abrigadas em gaiolas. Os guias contam histórias das plantas mortais e também oferecem dados científicos aos visitantes. Mas o alerta é sempre o mesmo: “Não as toque e nem mesmo as cheire.”

Já, aqui na Torre e Madalena, como se não bastassem os transtornos dos empreendimentos imobiliários, temos que conviver, agora, com áreas ocupadas por usuários de drogas, assaltantes e elementos que praticam atentados violentos ao pudor. São os imóveis e terrenos abandonados sem nenhum critério de responsabilidade por parte de seus proprietários. Podemos batizá-los de “jardins venenosos”. Áreas nocivas para moradores e frequentadores de nosso bairro.

O cruzamento entre a Rua Galvão Rapôso e a Rua Monsenhor Silva, é um exemplo do descaso. “Tá demais. Nesse terreno está acontecendo tudo de ruim que a gente possa imaginar. Minha família já foi assaltada ao passar por lá, o uso de drogas ocorre   todos os dias, é um inferno”, diz Glauco Duque, morador próximo ao terreno. Perguntado se já procurou os órgãos cabíveis, ele respondeu: “A lista é grande, não sei onde recorrer mais”.

Terreno no cruzamento entre a Rua Galvão Rapôso e 
a Rua Monsenhor Silva, na Madalena.
Outro descaso está no cruzamento entre a Rua Padre Anchieta e Rua José Bonifácio. Lá está situado um imóvel deteriorado, onde, também, serve de local para usuários de drogas e prática de sexo. “É de dar medo pegar ônibus próximo à parada ao lado dessa casa”, diz a estudante e moradora do edifício próximo ao local, Rafaela Nunes.

Imóvel no cruzamento entre a Rua Padre Anchieta e 
Rua José Bonifácio, na Torre.
Em meio a tantas situações e burocracias enfrentadas por nossos moradores e frequentadores do bairro, fica o registro dos fatos e a pergunta: Será que no grande pacote de impostos pagos pelos contribuintes é tolerável conviver com esses tipos de “jardins venenosos” em nosso bairro? 



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