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O jardim chamado de Poison Garden (“O Jardim Venenoso”). |
Numa
das áreas mais perigosas de nosso planeta, na lista dos estudiosos do assunto,
está o jardim chamado de Poison Garden (“O Jardim Venenoso”).
Ele
fica na Inglaterra, em Nirthumberland, e é propriedade da duquesa inglesa Jany Percy. Com
grau de nocividade altíssimo, é lar de plantas que
podem matar só de tocar a pele.
O Jardim
Venenoso faz parte do complexo do The Alnwick Garden, um projeto ambicioso que
custou mais de R$120 milhões. A parte perigosa, que é a que interessa, acolhe
apenas plantas narcóticas ou venenosas (ou ambas, na
maioria das vezes): são mais de 100 espécies.
A
área, que é controlada pela duquesa, possui um portão preto, com uma caveira
atravessada por ossos, traz um aviso que não deve ser levado na brincadeira:
“Estas plantas podem matar”… O jardim foi inspirado em similares italianos, em
Pádua, em que os Medicis brincavam de Farmville com a morte. O jardim recebe
visitas monitoradas em que guias explicam a natureza mortal de vários vegetais.
As
plantas venenosas são famosas. A cicuta, que foi usada na execução do filósofo
Sócrates, é plantada nos limites do Poison Garden. Há também a beladona, a
mandrágora, noz-vômica (de onde se tira a estricnina) e drogas conhecidas como
a maconha, ópio e a coca. No local, os cientistas credenciados podem pesquisar
e aprender mais sobre os efeitos de diversas drogas e venenos em nosso
organismo.
As mais
perigosas ficam abrigadas em gaiolas. Os guias contam histórias das plantas
mortais e também oferecem dados científicos aos visitantes. Mas o alerta é
sempre o mesmo: “Não as toque e nem mesmo as cheire.”
Já, aqui na
Torre e Madalena, como se não bastassem os transtornos dos empreendimentos
imobiliários, temos que conviver, agora, com áreas ocupadas por usuários de
drogas, assaltantes e elementos que praticam atentados violentos ao pudor. São
os imóveis e terrenos abandonados sem nenhum critério de responsabilidade por
parte de seus proprietários. Podemos batizá-los de “jardins venenosos”. Áreas
nocivas para moradores e frequentadores de nosso bairro.
O cruzamento
entre a Rua Galvão Rapôso e a Rua Monsenhor Silva, é um exemplo do descaso. “Tá demais. Nesse terreno está acontecendo
tudo de ruim que a gente possa imaginar. Minha família já foi assaltada ao
passar por lá, o uso de drogas ocorre
todos os dias, é um inferno”, diz Glauco Duque, morador próximo ao
terreno. Perguntado se já procurou os órgãos cabíveis, ele respondeu: “A lista é grande, não sei onde recorrer mais”.
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Terreno no
cruzamento entre a Rua Galvão Rapôso e
a Rua Monsenhor Silva, na Madalena.
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Outro descaso
está no cruzamento entre a Rua Padre Anchieta e Rua José Bonifácio. Lá está
situado um imóvel deteriorado, onde, também, serve de local para usuários de
drogas e prática de sexo. “É de dar medo
pegar ônibus próximo à parada ao lado dessa casa”, diz a estudante e
moradora do edifício próximo ao local, Rafaela Nunes.
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Imóvel no cruzamento
entre a Rua Padre Anchieta e
Rua José Bonifácio, na Torre.
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Em meio a
tantas situações e burocracias enfrentadas por nossos moradores e frequentadores
do bairro, fica o registro dos fatos e a pergunta: Será que no grande pacote de
impostos pagos pelos contribuintes é tolerável conviver com esses tipos de
“jardins venenosos” em nosso bairro?
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