Coluna CONSCIÊNCIA
CIDADÃ /Evalda Carvalho/Gazeta da Torre
A cada dois anos, o
processo democrático nos chama às urnas eletrônicas. Desta feita, estamos
diante de uma eleição geral. Vamos registrar nossa intenção de voto para
deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente.
Vivemos num país onde
temos direito a votar e isso por si só bastaria para considerar as eleições
como uma valiosa oportunidade de escolha popular, haja vista que os governos
Federal, Estadual e Municipal são eleitos pelo povo. Mas não é apenas essa
característica que marca o processo eleitoral.
Implícito no direito de
votar, temos a chance de estar inseridos na maior eleição informatizada do
mundo. É isso mesmo! Nenhum outro país possui um eleitorado que participa
ativamente de sistemas informatizados, desde a votação, a totalização dos votos
e a publicação célere dos resultados nos mais diversos meios de comunicação de
massa.
Pois é! É no Brasil que
você sabe quem foi eleito no mesmo dia da votação! Aliás, poucas horas depois
do encerramento da votação. E isso não é novidade. Há 14 anos, as urnas
eletrônicas funcionam em todas as seções eleitorais, do Oiapoque (Amapá) ao
Chuí (Rio Grande do Sul), captando eletronicamente, com segurança e sigilo, a
intenção de voto dos milhões de eleitores brasileiros.
Sistemas seguros,
imparcialidade na aplicação das leis eleitorais, transparência e competência em
cada fase do processo: essa é a Justiça Eleitoral, trabalhando para que no dia
5 de outubro a urna eletrônica esteja pronta para você votarem seus candidatos!
Desde que milhares de
pessoas trabalham direta e indiretamente para que as eleições aconteçam e
transcorram com ordem e tranquilidade, questionamos, então, o que falta, enfim,
para que as casas legislativas e o poder executivo tenham representantes cada
vez mais dignos do nosso voto? A resposta mais sensata indica que é justamente
pelo voto que tudo começa e, por isso, os eleitores têm grande responsabilidade
no processo eleitoral.
Há quem se arrependa de
ter votado em tal ou qual político, como existem também aqueles que não
desistem de determinado candidato, por considerá-lo cidadão de bem. Entre a
descrença e confiança, cabe provocar uma análise bastante oportuna sobre o
nosso papel de cidadão. Os políticos nada mais são que homens e mulheres
comuns, que têm famílias e participam do desenvolvimento social e econômico da
nação. Os políticos são pessoas como nós! Não adianta querer considerá-los uma
classe à parte da sociedade. Eles têm papéis e responsabilidades muito
semelhantes aos nossos, sob o ponto de vista do que se exige em respeito,
honestidade, educação e dignidade, em qualquer área de atuação. Não é possível
administrar um país ou uma casa, aprovar projetos e fazer leis sem esses
valores morais!
Então, antes de votar, é
prudente analisar não somente as propostas dos candidatos. Aproveite o ensejo e
faça uma profunda reflexão... tente
contabilizar quantas vezes você furou uma fila, desrespeitando o direito de
quem estava à sua frente; quando você verificou que, numa compra, recebeu troco
a mais e não devolveu 1 centavo; a mercadoria que a operadora do caixa de
supermercado deixou de registrar e você não lhe avisou para não ter que pagar;
as ocasiões nas quais você se omitiu diante de alguma injustiça; a propina que
deu ao guarda para se livrar de uma devida multa de trânsito; os erros de
colegas, amigos e parentes que você ajudou a ocultar; etc.
De fato, em muitas
ocasiões podemos promover mudanças positivas através de atitudes corretas. Faça
a diferença no dia 5 de outubro: vote consciente! Pesquise e analise, na certeza de que o cenário político deste país melhora
mediante a colaboração efetiva de cada um, em sua esfera de atribuições e
responsabilidades, atendendo, com excelência, exigências meramente morais.
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