O fato
é que os alemães foram melhores. Ponto. Não há que se discutir isto. Precisamos
de uma vez por todas entender que cada um tem a sua dose de responsabilidade
dentro de uma equipe. Se algo não deu certo todos são responsáveis. Todos sem
exceção. Ficar procurando subterfúgios para se eximir de culpa é covardia.
E por que eles foram
melhores? Porque se prepararam melhor em todos os aspectos. Planejaram o que
tinham que planejar. Desenvolveram quem tinham que desenvolver. Formaram uma
equipe. Um time na acepção da palavra. Não dependiam de um ou outro integrante da
equipe de forma isolada. Não dependiam de um “jeitinho” qualquer.
Tragam isto para a vida coorporativa. Não
podemos apenas ficar dependendo de um ou outro talento. Temos que formar mais e
mais talentos. Líderes e mais líderes. Cada pessoa dentro de uma empresa
deveria ter como obrigação primária formar um novo líder. Isto faz uma equipe
forte. Uma empresa forte, produtiva e rentável.
Além disso é preciso ter flexibilidade. Não
se monta uma equipe apenas com especialistas. Quanto mais flexíveis formos,
melhor seremos como profissionais.
Claro que é importante ser inovador. É
fundamental, eu diria. Mas é preciso que tenhamos o inovador visionário mas
também o inovador experimentador que alia uma característica com a outra, de
modo a promover uma mudança eficaz e realmente produtiva. Precisamos do
inovador que modifica as coisas que não estão dando certo e busca com
determinação aproveitar o que cada um tem de melhor para que o desempenho
coletivo seja o mais alto possível.
Não há mais espaço dentro das organizações,
sejam elas empresariais, governamentais, comerciais, industriais, do terceiro
setor ou seja lá de que tipo forem, para improviso. O improviso pode e deve
existir de forma pontual. Para dirimir um problema específico. Não como
estratégia para se chegar à excelência.
Muitos dizem que este ou aquele time ou
seleção chegaram a obter uma vitória pela participação única de um atleta.
Mentira. Não acredito nisto. A participação especial de um “gênio” melhora a
efetividade de uma equipe como um todo. Fortalece um grupo. Motiva e dá
segurança mas não ganha sozinho.
A Alemanha não ganhou apenas o jogo. Deu-nos
uma lição de planejamento, comprometimento, liderança, produtividade, humildade
e como se forma uma equipe de trabalho. Podemos aproveitar, entender e assimilar
ou dar uma desculpa. A escolha é nossa. Se fosse a sua empresa, o seu time, o
que você faria? Neste caso a escolha é sua. Pense bem, faça a escolha certa e
vença.
Airton
Carlini
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