terça-feira, 1 de abril de 2014

O nascimento da literatura infantil brasileira


Monteiro Lobato
O nascimento da literatura infantil brasileira se deu em um duelo de xadrez entre Monteiro Lobato e Toledo Malta. Durante a partida, Malta contou uma fábula na qual um peixe sai do mar, desaprende a nadar e, ao retornar às águas, morre afogado. Lobato perdeu a partida, mas o Brasil ganhou muitas boas histórias: a partir do relato do amigo, escreveu A História do Peixinho que Morreu Afogado, conto que originou A Menina do Narizinho Arrebitado, lançado em 1920.

A obra deu início ao gênero no País e é também o princípio das histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Edna Bueno, especialista em literatura infantil, define: "Monteiro Lobato inaugurou uma literatura infantil preocupada com uma linguagem própria para as crianças, antenada com seu universo; não um olhar de cima para baixo, mas um olho no olho".

O Brasil tem diversos outros autores célebres na área, destacando-se Ana Maria Machado, Lygia Bojunga, Ruth Rocha, Ziraldo, Bartolomeu Campos de Queirós, Tatiana Belink, Cecília Meireles, Pedro Bandeira e Mary França, entre incontáveis outros nomes relevantes.

As brasileiras premiadas

A literatura infantil tem uma espécie de "Prêmio Nobel": é o troféu Hans Christian Andersen, concedido a cada dois anos para os destaques do gênero pela International Board on Books for Young People, órgão filiado à Unesco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. A primeira edição do prêmio foi em 1956, e Eleanor Farjeon, escritora britânica, foi a agraciada.

Somente em 1982 o troféu saiu do eixo Europa-Estados Unidos, premiando a brasileira Lygia Bojunga. Ela é considerada uma espécie de sucessora de Monteiro Lobato. Em 2000, Ana Maria Machado repetiu o feito e trouxe o troféu mais uma vez para o Brasil. Na próxima premiação, em 2014, concorrerão os brasileiros Joel Rufino dos Santos (escritor) e Roger Mello (ilustrador).

Cartola - Agência de Conteúdo

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