quarta-feira, 6 de novembro de 2024

 Gazeta da Torre

A Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Pernambuco recebeu, na terça-feira (05), o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Alex Campos. Por sugestão do deputado Waldemar Borges, o gestor foi convidado para responder questionamentos sobre o modelo que será adotado em uma eventual concessão ao setor privado nas exportações externas aos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em Pernambuco, que está sendo treinado pelo Governo do Estado.

O parlamentar, que faz parte da bancada de oposição de Alepe, disse que o que procurava é que um serviço fundamental como a oferta d'água possa ser universalizado. “O que me move é procurar construir os caminhos que melhor atendam a essa preocupação”, falou. Waldemar Borges enfatizou que há três questões principais com os rumores da Compesa. “O primeiro é a questão do subsídio cruzado que o setor privado terá com os municípios deficitários e os superavitários. O setor privado vai buscar o lucro. E aqueles municípios que não podem pagar pelo serviço, como ficam?, indagou. O deputado alertou que essa relação tem que ser muito bem definida, muito bem equacionada e muito bem amarrada.

O parlamentar também falou sobre a governança do serviço. “Qual o poder efetivo que o Estado fará com que uma empresa privada não cumpra suas obrigações contratuais, colocando em risco a prestação do serviço? Outra preocupação que o parlamentar colocou foi sobre como ficaria a situação dos funcionários da empresa. “A Compesa é reconhecidamente um celeiro de profissionais de elevada qualidade. Dentro desse modelo, não se pode sacrificar esses servidores que têm dado a sua vida no prol da empresa”, finalizou.

Apesar da proposta de concessão de serviços à iniciativa privada, Alex Campos fez questão de garantir, durante a reunião do colegiado, que a alteração não representaria a privatização da Compesa. “Vamos manter 100% das cotas. Não estamos negociando ações. Estaremos fazendo apenas a concessão dos serviços”, frisou, reforçando que o objetivo principal é ampliar os investimentos para atender melhor a população. Será?

Waldemar Borges considerou que as mudanças sugeridas trazem apreensões. “Tenho preocupação e interesse em ver como vai ficar objetivamente essa equação financeira, quando se divide produção e tratamento de um lado, e a venda da água e o tratamento de esgoto de outro lado”, concluiu.

Fonte:Blog do Magno

- divulgação -

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