Gazeta da Torre
A Comissão de Administração Pública da Assembleia
Legislativa de Pernambuco recebeu, na terça-feira (05), o presidente da
Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Alex Campos. Por sugestão do
deputado Waldemar Borges, o gestor foi convidado para responder questionamentos
sobre o modelo que será adotado em uma eventual concessão ao setor privado nas
exportações externas aos serviços de abastecimento de água e de esgotamento
sanitário em Pernambuco, que está sendo treinado pelo Governo do Estado.
O parlamentar, que faz parte da bancada de oposição de
Alepe, disse que o que procurava é que um serviço fundamental como a oferta
d'água possa ser universalizado. “O que me move é procurar construir os
caminhos que melhor atendam a essa preocupação”, falou. Waldemar Borges
enfatizou que há três questões principais com os rumores da Compesa. “O
primeiro é a questão do subsídio cruzado que o setor privado terá com os
municípios deficitários e os superavitários. O setor privado vai buscar o
lucro. E aqueles municípios que não podem pagar pelo serviço, como ficam?,
indagou. O deputado alertou que essa relação tem que ser muito bem definida,
muito bem equacionada e muito bem amarrada.
O parlamentar também falou sobre a governança do serviço.
“Qual o poder efetivo que o Estado fará com que uma empresa privada não cumpra
suas obrigações contratuais, colocando em risco a prestação do serviço? Outra
preocupação que o parlamentar colocou foi sobre como ficaria a situação dos
funcionários da empresa. “A Compesa é reconhecidamente um celeiro de
profissionais de elevada qualidade. Dentro desse modelo, não se pode sacrificar
esses servidores que têm dado a sua vida no prol da empresa”, finalizou.
Apesar da proposta de concessão de serviços à iniciativa
privada, Alex Campos fez questão de garantir, durante a reunião do colegiado,
que a alteração não representaria a privatização da Compesa. “Vamos manter 100%
das cotas. Não estamos negociando ações. Estaremos fazendo apenas a concessão
dos serviços”, frisou, reforçando que o objetivo principal é ampliar os
investimentos para atender melhor a população. Será?
Waldemar Borges considerou que as mudanças sugeridas trazem apreensões. “Tenho preocupação e interesse em ver como vai ficar objetivamente essa equação financeira, quando se divide produção e tratamento de um lado, e a venda da água e o tratamento de esgoto de outro lado”, concluiu.
Fonte:Blog do
Magno
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