Provavelmente você não lembra do seu primeiro “Por que?”,
mas, no seu cérebro, ele foi o início de uma jornada cognitiva que passou pela
infância, adolescência e chegou a fase adulta.
Com inúmeros estímulos tecnológicos e menos tempo, muitas
vezes também temos menos tempo para questionar e aprender subestimamos a
importância do questionamento para o nosso cérebro e como isso nos ajuda a nos
desenvolver, enquanto indivíduos e espécie.
Os porquês do cérebro
Mais do que entender os porquês do mundo, é preciso criar
relações entre informações e fatos para compreender um mundo que muda a cada
instante. Segundo Livia Ciacci, neurocientista do SUPERA – Ginástica para o
cérebro, toda bagagem construída pelas experiências ao longo da vida vai se
tornando repertório aprendido que são as lentes pelas quais julgamos os novos
acontecimentos.
“Mas toda memória e aprendizado que já faz parte do nosso
repertório pode ser modulado – nós temos mecanismos fisiológicos que permitem
que o cérebro fortaleça, enfraqueça ou troque os conteúdos antigos por outros.
Questionar é exatamente usar o foco do pensamento para verificar se algum
conteúdo da bagagem pode ser melhorado ou atualizado. É usar a atenção e o
pensamento flexível para olhar para a mesma coisa, porém com olhos de
principiante”, detalhou a especialista.
Por que questionar?
Você já parou para pensar que tudo que temos a nossa
volta nasceu de uma dúvida? Construímos todo conhecimento científico da
humanidade porque ousamos questionar. Estamos sempre querendo saber como será o
próximo carro, o próximo smartphone, a próxima promoção do trabalho, a próxima
tecnologia. Hoje temos uma realidade de vida em sociedade que cria diferentes
tecnologias o tempo todo e muda muito rápido – exigindo que cada vez mais
tenhamos um comportamento questionador.
“É importante questionar porque é assim que incrementamos
o aprendizado em todas as suas esferas, é assim que evoluímos individualmente e
em grupo!”, lembrou Livia Ciacci.
Questionar para aprender – um cérebro principiante
No Japão há o termo “Shoshin” que significa “mente de
principiante”. Este conceito diz respeito a mente aberta e curiosa da infância
que explora as ideias sem a pretensão de “já conhecer sobre”. Este conceito
mostra a importância de nos abrimos a ouvir, questionar e aprender.
Ao mesmo tempo que é importante manter um repertório de
conhecimento rico e variado, acumular muita bagagem pode influenciar na maneira
como você julga novas informações. Os psicólogos citam esse fenômeno como a
“fixação funcional” – quando a familiaridade com assuntos ou usos das coisas
atrapalha o ato de questionar e visualizar outros pontos de vista ou outras
aplicações.
“A fase da vida em que aprendemos mais coisas e mais
rápido é na infância, quando ainda estamos livres de hábitos e associações
prévias. Assimilar novas informações pressupõe disposição para avaliá-las da
forma mais imparcial possível”, detalhou Livia Ciacci – neurocientista do
SUPERA Ginastica para o cérebro.
Questionar para ter mais reserva cognitiva
Ainda segundo Livia Ciacci, questionar significa estar
buscando mais (ou outras) respostas, e é isso que modula e modifica as conexões
entre os neurônios a favor do aprendizado.
Neste sentido, o treino cognitivo ou ginástica para o
cérebro oferece uma maior consciência dos próprios processos de aprendizado e
aumenta a capacidade de focar a atenção. “Começamos a perceber e controlar a
resposta automática e impulsiva, que a ínsula – uma área do lobo temporal –
naturalmente nos instiga a dar. E então questionamos, e refletimos sobre
atitude que provoca modificações estruturais nos aprendizados, levando a
mudanças nas características de quem somos e em como nos posicionamos no mundo.
Os desafios de raciocínio flexível e enigmas são super aliados para treinar a
mente de principiante, porque precisamos olhar as mesmas coisas de outro jeito
para conseguir resolver”, concluiu a especialista.
Para reflexão:
Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.
‘SÓCRATES’.
Você sabia:
Cerca de 75% da massa total do cérebro é composta por
água.
Resposta do desafio de Outubro:
Quais as capitais brasileiras mais faladas em Dezembro?
Resposta: Natal e Belém.
Desafio de Novembro:
Dois patos botam ovos todos os dias. Quantos ovos somam
no mês?
a)60 b)
62 c) Zero d) 2
Resposta na próxima edição:
Serviço:
Método Supera - Ginástica para o Cérebro
Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP
02-4270)
Unidade Madalena
Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.
Telefone: (81) 30487906
Unidade Boa Viagem
Telefone: (81) 30331695
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