Gazeta da Torre
O Brasil atravessa um período turbulento e quando
pensamos que as coisas podem melhorar um pouco, tudo se agrava.
O desemprego em índices alarmantes, a população que de
modo geral não se organizou financeiramente para enfrentar momentos de
desemprego, instabilidade, e mais, sofre, se vê sem alternativa e com isso
busca meios, sendo um deles através da prestação de serviços ou montando o próprio
negócio.
Com isso, temos no país hoje cerca de 18 milhões de
empresas, onde pouco mais de 16 milhões estão entre micro ou pequenas empresas.
Se considerarmos Recife, temos aproximadamente 154 mil
empresas, que corresponde a cerca de 1% do total nacional. Das 154 mil,
aproximadamente 140 mil estão entre micro ou pequenas empresas.
(números extraídos do http://empresometro.cnc.org.br)
É fundamental entender que entre abrir um negócio e ele
se firmar, há um ciclo, que requer paciência, conhecimento, organização e muito
foco.
Em momentos como esse, vemos no Brasil uma crescente
abertura de novos negócios. Mas como pode, isso, num momento de crise?
Isso vem para contrariar a lógica?
Na verdade não. É um ciclo natural e que se repete em
momentos de alta do desemprego e baixa da economia. As pessoas, por falta de
oportunidade, e devido à necessidade de se manterem e gerarem receita, buscam
meios.
Diferente de 2013, quando a abertura de novos negócios
também esteve em alta, numa proporção bem menor que o período que atravessamos,
mas ainda considerável, as pessoas que faziam parte desse ciclo enxergavam
oportunidades no momento de euforia da economia e viviam tal momento como a
oportunidade de realizar projetos, sonhos e objetivos de vida.
De uma forma ou de outra, é essencial que se tenha
cautela, entender que o negócio para se firmar precisa de um tempo para que o
dono entenda o seu negócio. Há sazonalidade?
O ponto escolhido foi o mais
adequado? O preço dos produtos/serviços está compatível com o bairro? E por aqui não é diferente, meu caro leitor do Gazeta da
Torre. Os bairros da Torre e Madalena viram um boom dos negócios nos últimos
tantos meses, mas quantos deles passaram por um estudo real?
Antes de abrir um negócio é fundamental que se pense,
estruture os detalhes, o negócio em si, desde o ponto, o público-alvo, como
chegar até ele, os produtos / serviços que serão oferecidos, tipo de empresa
que será aberta, os custos, formação de preço, capital de giro necessário, o
resultado que se espera atingir, financeiramente falando e em número de vendas
e mais, tempo de retorno do investimento, meses de alta e de baixa, como é esse
ciclo e claro, criar estratégias, metas para atingir tudo isso. O ideal é que
se faça um plano de negócio mesmo.
É sempre legal visitar negócios similares, conversar com
quem já é do ramo e abertamente entender como funciona, as dificuldades, os
pontos fortes e fracos, as ameaças e oportunidades. Isso se chama SWOT.
É importante gostar do negócio, pois será seu dia a dia
ou parte importante dele; é importante estar dentro do negócio, viver o negócio
e com isso buscar as melhorias, ajustes e tudo o que for necessário para que se
tenha o sucesso desejado.
Para os moradores do bairro e entorno, é importante
prestigiar os negócios do bairro, conhecer e movimentar, dar vida ao nosso
bairro e oportunidade para aqueles que estão firmes na luta.
Até a próxima pessoal!
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