terça-feira, 27 de outubro de 2015

Coluna O LIMIAR DA EDUCAÇÃO - Outubro/2015


Fazendo oposição ao caos, estão dois elementos que certamente poderão conceituar um grupo dentro do aspecto da emancipação social. Estamos falando de Direitos e Deveres.

Onde um começa e o outro termina exatamente não é fácil estabelecer, desde que os dois caminham juntos e quase sempre têm características comuns quando o assunto é Cidadania.

Via de regra, por trás de um direito há sempre um ou mais deveres, mas o fato é que o interesse comum tem como foco a garantia de se obter algo, em detrimento de obrigações a serem cumpridas. Como mudar isso?
A Educação surge, então, esclarecendo, ampliando o tema e atingindo todas as camadas da Sociedade. Mesmo semeando num campo ainda árido, o processo educacional dá passos e avança, à medida em que traz à tona conceitos importantes e práticos, que ensejam discussões, dentro e fora da escola.

Não é em vão que Cidadania está sendo tratada amplamente. A questão envolve Direitos e Deveres, ganha espaço nos telejornais, propaga-se nas redes sociais, invade as empresas, fazendo parte do dia a dia entre patrões e empregados, está presente no ambiente doméstico e tem deixado muita gente mais consciente de suas responsabilidades.

O que motiva uma pessoa a desprezar ou a negligenciar um dever e, ao mesmo tempo, lutar por um direito? É possível compreender que o dever precede, ou seja, vem antes do direito? De antemão, é prudente ter a consciência de que devemos fazer nossa parte, caso contrário, longe estaremos de conquistar e assegurar algo.

Então, para uma reflexão útil e vantajosa, pergunto: as escolhas, que você faz, levam em consideração as obrigações a serem cumpridas? Procura equilibrar o que tem a executar com o merecimento que possui? Sempre que se sente prejudicado(a), avalia o quanto de sua parte deixou a desejar? Na busca de soluções, você se apresenta aguardando a iniciativa alheia? Em havendo oportunidade de crescimento, qual é a sua postura diante da necessidade do próximo? No âmbito familiar, você colabora de alguma forma, ou espera sempre que alguém faça tudo em seu lugar? Ao administrar uma dificuldade, você se enxerga capaz de aprender lições e tomar boas resoluções, não pensando apenas em si mesmo? Nas tarefas coletivas, você sabe aguardar a sua vez?

Ocorre ressaltar que o direito tem a elasticidade suficiente para inverter, por exemplo, uma ordem de prioridades, haja vista que existem pessoas com mais necessidades do que outras, seja por uma alguma dificuldade de inclusão social, seja por situações circunstanciadas de maior atenção.

Outra coisa é certa: a legitimidade do direito é um diferencial. Quem faz a sua parte, facilmente sai da zona de conforto e, portanto, não se intimida com os deveres a cumprir!!!


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