Fazendo
oposição ao caos, estão dois elementos que certamente poderão conceituar um
grupo dentro do aspecto da emancipação social. Estamos falando de Direitos e
Deveres.
Onde
um começa e o outro termina exatamente não é fácil estabelecer, desde que os
dois caminham juntos e quase sempre têm características comuns quando o assunto
é Cidadania.
Via
de regra, por trás de um direito há sempre um ou mais deveres, mas o fato é que
o interesse comum tem como foco a garantia de se obter algo, em detrimento de
obrigações a serem cumpridas. Como mudar isso?
A
Educação surge, então, esclarecendo, ampliando o tema e atingindo todas as
camadas da Sociedade. Mesmo semeando num campo ainda árido, o processo educacional
dá passos e avança, à medida em que traz à tona conceitos importantes e
práticos, que ensejam discussões, dentro e fora da escola.
Não
é em vão que Cidadania está sendo tratada amplamente. A questão envolve
Direitos e Deveres, ganha espaço nos telejornais, propaga-se nas redes sociais,
invade as empresas, fazendo parte do dia a dia entre patrões e empregados, está
presente no ambiente doméstico e tem deixado muita gente mais consciente de
suas responsabilidades.
O
que motiva uma pessoa a desprezar ou a negligenciar um dever e, ao mesmo tempo,
lutar por um direito? É possível compreender que o dever precede, ou seja, vem
antes do direito? De antemão, é prudente ter a consciência de que devemos fazer
nossa parte, caso contrário, longe estaremos de conquistar e assegurar algo.
Então,
para uma reflexão útil e vantajosa, pergunto: as escolhas, que você faz, levam
em consideração as obrigações a serem cumpridas? Procura equilibrar o que tem a
executar com o merecimento que possui? Sempre que se sente prejudicado(a),
avalia o quanto de sua parte deixou a desejar? Na busca de soluções, você se
apresenta aguardando a iniciativa alheia? Em havendo oportunidade de
crescimento, qual é a sua postura diante da necessidade do próximo? No âmbito
familiar, você colabora de alguma forma, ou espera sempre que alguém faça tudo em
seu lugar? Ao administrar uma dificuldade, você se enxerga capaz de aprender
lições e tomar boas resoluções, não pensando apenas em si mesmo? Nas tarefas
coletivas, você sabe aguardar a sua vez?
Ocorre
ressaltar que o direito tem a elasticidade suficiente para inverter, por
exemplo, uma ordem de prioridades, haja vista que existem pessoas com mais
necessidades do que outras, seja por uma alguma dificuldade de inclusão social,
seja por situações circunstanciadas de maior atenção.
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