segunda-feira, 6 de março de 2017

AS PLANTAS MEDICINAIS no Mercado da Madalena

A utilização das plantas como medicamento provavelmente seja tão antiga quanto o aparecimento do próprio homem.A evolução da arte de curar possui numerosas etapas, porém, torna-se difícil delimitá-las com exatidão, já que a medicina esteve, por muito tempo, associada a práticas mágicas, místicas e ritualísticas.

A preocupação com a cura de doenças, ao longo da história da humanidade, sempre se fez presente. Sabemos que os alquimistas, na tentativa de descobrir o "elixir da vida eterna", contribuíram e muito na evolução da arte de curar.

Um grande avanço na terapia foi dado por Paracelso, que defendia a teoria da "assinatura dos corpos", segundo a qual as plantas e animais apresentavam uma "impressão divina" que indicava suas virtudes curativas.

De acordo com essa teoria, a semelhança da forma das plantas aos órgãos humanos determinam o seu efeito curativo sobre estes como, por exemplo, algumas hepáticas, apresentando formato parecido a um fígado, eram utilizadas para curar moléstias de tal órgão.

As plantas, pelas suas propriedades terapêuticas ou tóxicas, adquiriram fundamental importância na medicina popular.

A flora brasileira é riquíssima em exemplares que são utilizados pela população como plantas medicinais.

Toda planta que é administrada de alguma forma e, por qualquer via, ao homem ou animal exercendo sobre eles uma ação farmacológica qualquer é denominada de planta medicinal.
Segundo VON MARTIUS, as plantas medicinais brasileiras não apenas curam, mas realizam milagres.

As plantas medicinais sempre foram objeto de estudo na tentativa de descobrir novas fontes de obtenção de princípios ativos.

Através dos dados fornecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), constata-se que o uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos últimos anos, sendo que este uso tem sido incentivado pela própria OMS.

As plantas produzem substâncias responsáveis por uma ação farmacológica ou terapêutica que são denominadas de princípios ativos.

A fitoterapia é o tratamento das doenças, alterações orgânicas, por meio de drogas vegetais secas ou partes vegetais recém-colhidas e seus extratos naturais.

O conhecimento das propriedades medicinais das plantas, dos minerais e de certos produtos de origem animal é uma das maiores riquezas da cultura indígena. Uma sabedoria tradicional que passa de geração em geração.

Vivendo em permanente contato com a natureza, os índios e outros povos da floresta estão habituados a estabelecer relações de semelhança entre as características de certas substâncias naturais e seu próprio corpo.

O índio tem um profundo conhecimento da flora medicinal, e dela retira os mais variados remédios, que emprega de diferentes formas.

As práticas curativas das tribos indígenas estão profundamente relacionadas com a maneira que o índio percebe a doença e suas causas. Tanto as medidas curativas como as preventivas são realizadas pelo pajé, sendo estes rituais carregados de elementos mágicos e místicos que refletem o modo de ser do índio e o relacionamento deste com o mundo.
Segundo LELONG, na filosofia indígena as plantas são responsáveis pela cura devido à presença de um espírito inteligente.

O que os índios denominavam de espírito inteligente, hoje, graças aos estudos farmacológicos, sabe-se que nada mais é do que o princípio ativo, produzido pelos vegetais. A evolução do uso de plantas medicinais pelo homem está associada a sua evolução antropológica, da época em que era um simples nômade até tornar-se um espécime sedentário. Com a fixação de moradia, surgiram as mais variadas necessidades e outras se acentuaram, assim o uso ficou comprovado através da experimentação, observação e necessidade, através de erros e acertos.

Além do metabolismo primário, as plantas produzem também substâncias resultantes do metabolismo secundário. Este metabolismo secundário se diferencia do primário, basicamente, por não apresentar reações e produtos comuns à maioria das plantas, sendo portanto específico de determinados grupos.

Os compostos secundários podem ter utilidade, para o homem, medicinal ou tóxica e, para a planta, existe uma interação com o ambiente no sentido de proteção contra predadores ou como atrativo de polinizadores.

Plantas aromáticas são assim denominadas pois armazenam óleos essenciais em células secretoras individuais ou formando estruturas como dutos ou canais, tricomas glandulares e outras. Tais estruturas secretoras podem encontrar-se distribuídas por todo o vegetal.
Apesar de muitas plantas serem úteis ao homem, existem algumas que produzem substâncias que exercem efeitos tóxicos e por isso são denominadas de plantas tóxicas ou venenosas.

Sr. Antônio Lira do Box CapibaribeProdutos Naturais
Mercado da Madalena
Já em nosso bairro da Madalena, as plantas medicinais, com suas sementes e chás, podem ser adquiridas no Mercado da Madalena, Box Capibaribe Produtos Naturais de número 157, do Sr. Antônio José Lira. Há 6 anos no Mercado da Madalena, Sr. Antônio, apreciador de plantas, observou que através delas poderia obter alguma renda. Foi aí que iniciou sua busca a informações e orientações de sérios fornecedores.

Hoje, com autorização da Farmácia Globo, recebendo frequentes visitas da Vigilância Sanitária e informações de grandes fornecedores, tem condições de, com critérios, orientar os clientes que o visitam. Alguns chás e ervas que podem atuar bem em determinadas enfermidades. Mas Sr. Antônio alerta: “Muitas pessoas que procuram chás e ervas pensam que aumentando a dose podem ter um resultado mais rápido. É aí que se enganam. Os que me procuram com este pensamento alerto logo, avisando que aumentando a dose poderá consequentemente afetar outras áreas do corpo”.

Quanto aos seus campeões de vendas estão: a Granola, Linhaço, Açúcar Mascavo, Gelatina, Banana Verde e Maracujá em Pó, Mix de Fibras, Chia, dentre outros.

Entre sua clientela, hoje já formada, o Sr. Antônio recebe profissionais até da área de saúde, de acordo com ele, profissionais que acreditam nos efeitos que as plantas medicinais podem realizar.

“Recomendo os produtos naturais e sempre peço muito cuidado na escolha”, observa Sr. Antônio.

 Muitas vezes escutamos as pessoas recomendarem o uso de plantas medicinais dizendo: "Se bem não fizer, mal também não fará." Infelizmente não é isso que ocorre, porque o uso inadequado de plantas medicinais pode muitas vezes não realizar o efeito desejado.
O uso de plantas medicinais, quando efetuado com critérios, só tem a contribuir para a saúde de quem o pratica.

Esses critérios se referem à identificação da doença ou do sintoma apresentado, conhecimento e seleção correta da planta a ser utilizada, como alertou Sr. Antônio J. Lira, e uma adequada preparação.

As plantas medicinais devem ser adquiridas, preferencialmente, por pessoas ou firmas idôneas que possam dar garantia da qualidade e da identificação correta. O ideal seria que as pessoas e instituições que fazem uso das plantas medicinais, mantivessem o cultivo das espécies mais utilizadas.

Na preparação, deve-se observar cuidadosamente a dosagem das partes vegetais e sua forma de uso.

As misturas de plantas no chá devem se restringir a um número pequeno de espécie com indicações e uso semelhantes.

A forma de uso e a frequência também são importantes durante o tratamento. Não adianta ingerir um litro de chá de uma só vez, quando se deveria tomar a intervalos regulares de tempo durante o dia. Da mesma forma, uma planta recomendada exclusivamente para uso externo não deve ser administrada internamente.

O uso contínuo de uma mesma planta deve ser evitado. Recomenda-se por especialistas períodos de uso máximo entre 21 e 30 dias, intercalados por um período de descanso entre 4 e 7 dias, permitindo que o organismo desacostume-se e, também, para que o vegetal possa atuar com toda a sua eficácia.

A adição de mel a chás e xaropes só deve ser feita depois que estes fiquem mornos ou frios.
A dosagem dos remédios caseiros feitos com plantas medicinais variam de acordo com a idade e com o tipo de metabolismo de cada pessoa. O horário em que devem ser tomados os preparados fitoterápicos é muito importante para a obtenção dos efeitos desejados.
As informações sobre a dosagem de plantas medicinais são muito divergentes, principalmente quando se trata da medição de volumes com utensílios domésticos ou mesmo conversão de pesos em volumes e vice-versa. Recomenda-se que ao preparar decocções, infusões e macerações deve-se utilizar para material seco uma colher (chá) e para o vegetal fresco uma colher (sopa), ambos misturados em um litro de água.

Todo cuidado é pouco. Mas isso não impede de utilizarmos as plantas medicinais, desde que, estas sejam empregadas da maneira correta.


Fontes: DI STASI, L.C.Plantas Medicinais: Arte e Ciência. Um guia de estudo interdisciplinar. São Paulo. - HOEHNE, F.C. Plantas e Substâncias Tóxicas e Medicinais. São Paulo.  - MARTINS, E.R.; CASTRO, D.M.; CASTELLANI, D.C.; DIAS, J.E. Plantas Medicinais. Minas Gerais. Ed. Universidade Federal de Viçosa.  - MORGAN, R.Enciclopédia das Ervas e Plantas Medicinais. São Paulo.  - QUER, P.F. Plantas Medicinales. Barcelona. - SCHVARTSMAN, S. . Planta Venenosas. São Paulo. - SOUSA, M.P.; MATOS, M.E.O ; MATOS, F.J. de A; MACHADO, M.I.L.; CRAVEIRO, A.A. Constituintes Químicos Ativos de Plantas Brasileiras. Ceará. Edições UFC. - VIERA, L.S. Fitoterapia da Amazônia. São Paulo.


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