A utilização
das plantas como medicamento provavelmente seja tão antiga quanto o
aparecimento do próprio homem.A evolução da arte de curar possui numerosas
etapas, porém, torna-se difícil delimitá-las com exatidão, já que a medicina
esteve, por muito tempo, associada a práticas mágicas, místicas e
ritualísticas.
A preocupação
com a cura de doenças, ao longo da história da humanidade, sempre se fez
presente. Sabemos que os alquimistas, na tentativa de descobrir o "elixir
da vida eterna", contribuíram e muito na evolução da arte de curar.
Um grande
avanço na terapia foi dado por Paracelso, que defendia a teoria da
"assinatura dos corpos", segundo a qual as plantas e animais
apresentavam uma "impressão divina" que indicava suas virtudes
curativas.
De acordo com
essa teoria, a semelhança da forma das plantas aos órgãos humanos determinam o
seu efeito curativo sobre estes como, por exemplo, algumas hepáticas,
apresentando formato parecido a um fígado, eram utilizadas para curar moléstias
de tal órgão.
As plantas,
pelas suas propriedades terapêuticas ou tóxicas, adquiriram fundamental
importância na medicina popular.
A flora
brasileira é riquíssima em exemplares que são utilizados pela população como
plantas medicinais.
Toda planta
que é administrada de alguma forma e, por qualquer via, ao homem ou animal
exercendo sobre eles uma ação farmacológica qualquer é denominada de planta
medicinal.
Segundo VON
MARTIUS, as plantas medicinais brasileiras não apenas curam, mas realizam
milagres.
As plantas
medicinais sempre foram objeto de estudo na tentativa de descobrir novas fontes
de obtenção de princípios ativos.
Através dos
dados fornecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), constata-se que o uso
de plantas medicinais pela população mundial tem sido muito significativo nos
últimos anos, sendo que este uso tem sido incentivado pela própria OMS.
As plantas
produzem substâncias responsáveis por uma ação farmacológica ou terapêutica que
são denominadas de princípios ativos.
A fitoterapia
é o tratamento das doenças, alterações orgânicas, por meio de drogas vegetais
secas ou partes vegetais recém-colhidas e seus extratos naturais.
O
conhecimento das propriedades medicinais das plantas, dos minerais e de certos
produtos de origem animal é uma das maiores riquezas da cultura indígena. Uma
sabedoria tradicional que passa de geração em geração.
Vivendo em
permanente contato com a natureza, os índios e outros povos da floresta estão
habituados a estabelecer relações de semelhança entre as características de
certas substâncias naturais e seu próprio corpo.
O índio tem
um profundo conhecimento da flora medicinal, e dela retira os mais variados
remédios, que emprega de diferentes formas.
As práticas
curativas das tribos indígenas estão profundamente relacionadas com a maneira
que o índio percebe a doença e suas causas. Tanto as medidas curativas como as
preventivas são realizadas pelo pajé, sendo estes rituais carregados de
elementos mágicos e místicos que refletem o modo de ser do índio e o
relacionamento deste com o mundo.
Segundo
LELONG, na filosofia indígena as plantas são responsáveis pela cura devido à
presença de um espírito inteligente.
O que os
índios denominavam de espírito inteligente, hoje, graças aos estudos
farmacológicos, sabe-se que nada mais é do que o princípio ativo, produzido
pelos vegetais. A evolução do uso de plantas medicinais pelo homem está
associada a sua evolução antropológica, da época em que era um simples nômade
até tornar-se um espécime sedentário. Com a fixação de moradia, surgiram as
mais variadas necessidades e outras se acentuaram, assim o uso ficou comprovado
através da experimentação, observação e necessidade, através de erros e
acertos.
Além do
metabolismo primário, as plantas produzem também substâncias resultantes do
metabolismo secundário. Este metabolismo secundário se diferencia do primário,
basicamente, por não apresentar reações e produtos comuns à maioria das
plantas, sendo portanto específico de determinados grupos.
Os compostos
secundários podem ter utilidade, para o homem, medicinal ou tóxica e, para a
planta, existe uma interação com o ambiente no sentido de proteção contra
predadores ou como atrativo de polinizadores.
Plantas
aromáticas são assim denominadas pois armazenam óleos essenciais em células
secretoras individuais ou formando estruturas como dutos ou canais, tricomas
glandulares e outras. Tais estruturas secretoras podem encontrar-se
distribuídas por todo o vegetal.
Apesar de
muitas plantas serem úteis ao homem, existem algumas que produzem substâncias
que exercem efeitos tóxicos e por isso são denominadas de plantas tóxicas ou
venenosas.
Sr. Antônio Lira do Box CapibaribeProdutos Naturais Mercado da Madalena |
Já em nosso
bairro da Madalena, as plantas medicinais, com suas sementes e chás, podem ser
adquiridas no Mercado da Madalena, Box Capibaribe Produtos Naturais de número
157, do Sr. Antônio José Lira. Há 6 anos no Mercado da Madalena, Sr. Antônio,
apreciador de plantas, observou que através delas poderia obter alguma renda.
Foi aí que iniciou sua busca a informações e orientações de sérios
fornecedores.
Hoje, com
autorização da Farmácia Globo, recebendo frequentes visitas da Vigilância
Sanitária e informações de grandes fornecedores, tem condições de, com
critérios, orientar os clientes que o visitam. Alguns chás e ervas que podem
atuar bem em determinadas enfermidades. Mas Sr. Antônio alerta: “Muitas pessoas
que procuram chás e ervas pensam que aumentando a dose podem ter um resultado
mais rápido. É aí que se enganam. Os que me procuram com este pensamento alerto
logo, avisando que aumentando a dose poderá consequentemente afetar outras
áreas do corpo”.
Quanto aos
seus campeões de vendas estão: a Granola, Linhaço, Açúcar Mascavo, Gelatina,
Banana Verde e Maracujá em Pó, Mix de Fibras, Chia, dentre outros.
Entre sua
clientela, hoje já formada, o Sr. Antônio recebe profissionais até da área de
saúde, de acordo com ele, profissionais que acreditam nos efeitos que as
plantas medicinais podem realizar.
“Recomendo os
produtos naturais e sempre peço muito cuidado na escolha”, observa Sr. Antônio.
Muitas vezes escutamos as pessoas recomendarem
o uso de plantas medicinais dizendo: "Se bem não fizer, mal também não
fará." Infelizmente não é isso que ocorre, porque o uso inadequado de
plantas medicinais pode muitas vezes não realizar o efeito desejado.
O uso de
plantas medicinais, quando efetuado com critérios, só tem a contribuir para a
saúde de quem o pratica.
Esses
critérios se referem à identificação da doença ou do sintoma apresentado,
conhecimento e seleção correta da planta a ser utilizada, como alertou Sr. Antônio
J. Lira, e uma adequada preparação.
As plantas
medicinais devem ser adquiridas, preferencialmente, por pessoas ou firmas
idôneas que possam dar garantia da qualidade e da identificação correta. O
ideal seria que as pessoas e instituições que fazem uso das plantas medicinais,
mantivessem o cultivo das espécies mais utilizadas.
Na
preparação, deve-se observar cuidadosamente a dosagem das partes vegetais e sua
forma de uso.
As misturas
de plantas no chá devem se restringir a um número pequeno de espécie com
indicações e uso semelhantes.
A forma de
uso e a frequência também são importantes durante o tratamento. Não adianta
ingerir um litro de chá de uma só vez, quando se deveria tomar a intervalos
regulares de tempo durante o dia. Da mesma forma, uma planta recomendada
exclusivamente para uso externo não deve ser administrada internamente.
O uso
contínuo de uma mesma planta deve ser evitado. Recomenda-se por especialistas
períodos de uso máximo entre 21 e 30 dias, intercalados por um período de
descanso entre 4 e 7 dias, permitindo que o organismo desacostume-se e, também,
para que o vegetal possa atuar com toda a sua eficácia.
A adição de
mel a chás e xaropes só deve ser feita depois que estes fiquem mornos ou frios.
A dosagem dos
remédios caseiros feitos com plantas medicinais variam de acordo com a idade e
com o tipo de metabolismo de cada pessoa. O horário em que devem ser tomados os
preparados fitoterápicos é muito importante para a obtenção dos efeitos
desejados.
As
informações sobre a dosagem de plantas medicinais são muito divergentes,
principalmente quando se trata da medição de volumes com utensílios domésticos
ou mesmo conversão de pesos em volumes e vice-versa. Recomenda-se que ao
preparar decocções, infusões e macerações deve-se utilizar para material seco
uma colher (chá) e para o vegetal fresco uma colher (sopa), ambos misturados em
um litro de água.
Todo cuidado
é pouco. Mas isso não impede de utilizarmos as plantas medicinais, desde que,
estas sejam empregadas da maneira correta.
Fontes: DI
STASI, L.C.Plantas Medicinais: Arte e Ciência. Um guia de estudo
interdisciplinar. São Paulo. - HOEHNE, F.C. Plantas e Substâncias
Tóxicas e Medicinais. São Paulo. -
MARTINS, E.R.; CASTRO, D.M.; CASTELLANI, D.C.; DIAS, J.E. Plantas
Medicinais. Minas Gerais. Ed. Universidade Federal de Viçosa. - MORGAN, R.Enciclopédia das Ervas e Plantas
Medicinais. São Paulo. - QUER,
P.F. Plantas Medicinales. Barcelona. - SCHVARTSMAN, S. . Planta
Venenosas. São Paulo. - SOUSA, M.P.; MATOS, M.E.O ; MATOS, F.J. de A;
MACHADO, M.I.L.; CRAVEIRO, A.A. Constituintes Químicos Ativos de Plantas
Brasileiras. Ceará. Edições UFC. - VIERA, L.S. Fitoterapia da Amazônia.
São Paulo.
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