sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Coluna O LIMIAR DA EDUCAÇÃO - Agosto/2014 - Evalda Carvalho


Nas margens de uma sociedade cada vez mais exigente, está o amplo contrassenso da falta iniciativa para solucionar algumas questões de ordem prática. Claro que existem exceções e, graças a elas, é possível acreditar no potencial das pessoas, na capacidade de aprender e de contribuir para mudanças salutares em todas as camadas sociais.

O comum é esperar que o outro planeje, execute e avalie; reúna, delibere e compartilhe; racionalize os recursos, faça cronogramas e cumpra devidamente as metas. Mas, finalmente, qual o limite do nosso alcance, sob o ponto de vista colaborativo? Até onde vai minha área de atuação e a partir de que marco começa a responsabilidade do meu colega?

Muitas vezes nos deparamos com esse dilema no campo profissional, mas o foco aqui é abrangente, com o pretexto de incentivar a reflexão sobre uma proposta que, diga-se de passagem, não é nova, mas pode agregar valor aos desempenhos individual e coletivo. 

Que tal implementarmos no dia a dia uma receita de produtividade que tem como ingredientes: cooperação, motivação, respeito mútuo, solidariedade e otimismo? Na prática, tudo funciona de forma mais harmônica e equilibrada quando combatemos as falhas individuais e buscamos ampliar os valores morais que injetam saúde no coletivo, gerando resultados mais satisfatórios.

Seja no ambiente de trabalho, no lar ou em demais atividades onde haja algum compartilhamento de tarefas, a solicitude é uma virtude bastante proveitosa para aproximar pessoas. Quem já não se deparou em correria contra o tempo, precisando de ajuda para concluir uma atividade? Pois é, o fato é que ninguém é autossuficiente. Precisamos uns dos outros. Sequer nossas poucas habilidades atendem as demandas próprias e ainda nos sentimos, não raras vezes, na condição de humilhar aquele que não tem conhecimento sobre um determinado assunto.

A cooperação alia interesses comuns, equilibra a carga de trabalho e produz resultados mais breves, comparados com aqueles obtidos isoladamente. A motivação é um grande renovador de energias, sendo indispensável em qualquer empreendimento. O respeito mútuo é o que traduz a real importância dos valores de cada um. Quando se trabalha em equipe, a solidariedade deve existir como elemento fundamental, sem o qual fica complicado mensurar razoavelmente o crescimento e definir novas metas. Para abraçar constantes desafios, o otimismo deve gerar insumos de positividade para enfrentamento das dificuldades.

É oportuno observar que os aspectos acima descritos têm tudo a ver com a base educacional da pessoa, pois sempre vinculado a um desempenho particular, deve existir o fruto oriundo do trabalho colaborativo. Até um autodidata não está sozinho; ele obtém conhecimento de outrem. E ninguém sabe de tudo.


Como temos o poder de escolha, urge investir na educação moral, para que sejamos propulsores de progressos intelectual e emocional. Nada de ficar esperando. Façamos nossa parte com qualidade e nisso está também o auxílio que podemos ofertar à criatura que está ao nosso lado. Esse é o dever de todos. Pensem nisso!!! 


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