domingo, 10 de março de 2013

Os atletas da Olimpíada 2016 e os pedestres da Torre e Madalena


Com 47 provas -   24 masculinas e 23 femininas -, o atletismo é a modalidade que mais medalhas distribui em uma edição de Jogos Olímpicos: 141, entre ouros, pratas e bronze. Em Londres, elas foram divididas por 33 países. O Brasil não conquistou nenhuma. Um mau sinal para quem que vai sediar os próximos Jogos, em 2016. O atletismo, afinal, é a estrela máxima de uma Olimpíada.

"Não temos um programa organizado para identificar atletas no Brasil. Não temos treinadores capa-citados. Não temos base nas escolas. O COB tem as Olimpíadas Escolares, que é um bom programa. Mas elas deveriam ser o final de um processo de base. Primeiro deveriam ser oferecidos os esportes nas escolas, com estrutura e calendário organizado, para dali serem selecionados atletas bem treinados e talentosos para disputarem as Olimpíadas Escolares. O Brasil não tem isso", avalia Joaquim Cruz, há sete anos funcionário do Comitê Olímpico Americano (USOC), como membro da comissão técnica do atletismo olímpico e paralímpico.

O torcedor brasileiro - assim como patrocinadores - se perguntam: quem será a alegria da torcida brasileira nos Jogos do Rio, daqui a três anos? Será algum pedestre da Torre ou Madalena?

Na Torre e Madalena muitas calçadas estão deterioradas ou obstruídas com algum tipo de trambolho, impedindo a passagem, pedestre obrigado apresentar suas qualidades de atleta para conseguir ultrapassar os obstáculos, seja saltando, abaixando-se ou correndo para não ser atropelado, detectamos, através desses movimentos, existência de possíveis atletas na modalidade do atletismo.

O único problema: do cidadão deixar de exercer um direito constitucional: o de ir e vir, mas, em algum dia ser parado por algum representante do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
 
 
fonte: Flávia Ribeiro - adaptação Gazeta da Torre
 

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