Com 47 provas - 24
masculinas e 23 femininas -, o atletismo é a modalidade que mais medalhas distribui em uma edição de Jogos Olímpicos: 141,
entre ouros, pratas e bronze. Em Londres, elas foram divididas por 33 países. O
Brasil não conquistou nenhuma. Um mau sinal para quem que vai sediar os
próximos Jogos, em 2016. O atletismo, afinal, é a estrela máxima de uma
Olimpíada.
"Não temos um programa organizado para identificar
atletas no Brasil. Não temos treinadores capa-citados. Não temos base nas
escolas. O COB tem as Olimpíadas Escolares, que é um bom programa. Mas elas
deveriam ser o final de um processo de base. Primeiro deveriam ser oferecidos
os esportes nas escolas, com estrutura e calendário organizado, para dali serem
selecionados atletas bem treinados e talentosos para disputarem as Olimpíadas
Escolares. O Brasil não tem isso", avalia Joaquim Cruz, há sete anos funcionário
do Comitê Olímpico Americano (USOC), como membro da comissão técnica do atletismo olímpico e paralímpico.
O torcedor brasileiro - assim como patrocinadores - se
perguntam: quem será a alegria da torcida brasileira nos Jogos do Rio, daqui a
três anos? Será algum pedestre da Torre ou Madalena?
Na Torre e Madalena muitas calçadas estão deterioradas ou
obstruídas com algum tipo de trambolho, impedindo a passagem, pedestre obrigado
apresentar suas qualidades de atleta para conseguir ultrapassar os obstáculos,
seja saltando, abaixando-se ou correndo para não ser atropelado, detectamos,
através desses movimentos, existência de possíveis atletas na modalidade do
atletismo.
O único problema: do cidadão deixar de exercer um direito constitucional: o de ir e vir, mas, em algum dia ser parado por algum
representante do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
fonte: Flávia Ribeiro - adaptação Gazeta da Torre
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