terça-feira, 16 de outubro de 2012

Tecendo Moda


O algodão e o linho foram as primeiras fibras têxteis, de origem vegetal, que surgiram. De origem animal, a lã e a seda. Mas, antes de surgir o tecido propriamente dito, há 8 mil anos, houve um longo caminho percorrido pelo homem.


Tudo começou com o feltro... Pelos eram molhados e penteados, colocados em camadas numa esteira, que era enrolada e batida por uma vara. Assim, os pelos eram compactados, podendo ser cortados e costurados. A feltragem possibilitou mais liberdade de movimentos aos homens e mulheres das cavernas, que antes dispunham apenas das peles de animais para se vestir.

Atualmente há uma grande variedade de tecidos, tornando-se algumas vezes difícil defini-los ou diferenciá-los. Em relação à natureza da fibra, podem ser: Lã, seda, viscose e poliéster. De acordo com o tipo de ligamento dividem-se em: Tafetá, sarja e cetim.

Mas essas classificações não limitaram a criação. A tecnologia tão presente em nossas vidas achou seu espaço também no mundo têxtil.

Além de inovações como roupas que não amarrotam e são fáceis de secar, dentre outras, o mercado dispõe dos chamados tecidos inteligentes, que prometem atender necessidades das mais variadas. Bacteriostáticos, bactericidas, anti-chamas, com proteção solar, etc. Alguns deles até exigidos em fardamentos, presentes nos uniformes de trabalhadores fabris.

Importantes não só para confecção de artigos de vestuário, são também encontrados na decoração e nas artes. Quem não aprecia um toque de um belo tapete ou a suave transparência de uma cortina? E graças a pintores e escultores da antiguidade pudemos tomar conhecimento do tipo da indumentária utilizada na época.

Mas não basta ter um determinado tecido em mãos para criar algo bonito ou diferenciado. A criatividade conta bastante, desde a escolha do tecido até mesmo o que exatamente você decide fazer com ele. Algumas pessoas são capazes de visualizar a peça que será construída no momento em que olham determinada estampa ou tipo de fazenda. Mas infelizmente isso é para poucos mortais! A maioria das pessoas não compartilha desse nível de dinamismo imaginário.

Opções interessantes podem ser encontradas na Jurandir Pires do bairro da Madalena. Desde sarjas com estampas florais, passando pelo tradicional algodão, até rendas com aplicações de paetês. Tudo para construção de uma peça coringa do guarda-roupa ou simplesmente para dar uma renovada naquele vestido esquecido no cabide. Assim como serve para boa parte das coisas na vida, a máxima “um simples detalhe faz toda a diferença” também vale para a moda. A aplicação de um pequeno retalho feita no lugar certo contribui para o exclusivo, além da originalidade.

A escolha do tecido caminha lado a lado com o tipo de roupa a ser confeccionada. Levar em consideração a finalidade e a funcionalidade do que está sendo criado é uma boa dica para não errar. Respeitar as particularidades de cada corpo também não pode ser esquecido.

Estar na moda não significa usar aquele material ou padronagem que é tendência, mas acima de tudo, ter imaginação e ousadia para criar ou transformar algo com a sua cara. Desse jeito, pode apostar, vai dar pano pra manga!



*Texto de Cecília Falcão

Consultora de Imagem e Designer de Moda em formação

Confira também: www.todasvaocommaria.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário