A memória afetiva e composta por muitos elementos, e,
especialmente em dezembro, bastou virar o calendário para reascender nos
corações cheiros, gostos e sentimentos de Natais passados.
Seja pelas férias escolares, Natal ou só os muitos
panetones, o mês de dezembro é único e com ele emoções muitas vezes guardadas
por muito mais do que doze meses, mas afinal: o que significa para o nosso
cérebro estas muitas lembranças do último mês do ano.
Para a neurociência, é, de fato, o que parece: um
conjunto de coisas que criam no nosso cérebro uma espécie de condição propícia
para sair do lugar comum.
“A nostalgia associada ao fim do ano é um fenômeno
complexo e multifacetado, pois vários aspectos contribuem para um combo de
sentimentos nostálgicos, muitos deles ligados às experiências de dezembros
passados”, detalha a neurocientista parceira do SUPERA – Ginástica para o
cérebro, Livia Ciacci.
Memória
afetiva: De acordo com ela, consideramos os principais deles:
Memórias Afetivas – O final do ano muitas vezes é marcado
por reuniões familiares, celebrações festivas e tradições específicas,
religiosas ou não. Esses eventos criam memórias afetivas profundas que estão
ligadas a sentimentos de calor humano, pertencimento, esperança e alegria. Esse
tipo de ritual associado ao vínculo humano tem muita força para criar memórias
duradouras no cérebro, exatamente porque combina emoção, crenças e a repetição
das tradições (sejam elas de qualquer cultura).
Antecipação e Expectativas: A temporada de festas é
frequentemente marcada por uma sensação de antecipação e expectativa. A
antecipação de eventos felizes e a expectativa de um novo começo no próximo ano
podem criar um ambiente propício à nostalgia.
Simbolismo de Encerramento e Renovação: O fim do ano é
simbolicamente associado ao encerramento de um ciclo e ao início de um novo. O
corpo humano como um todo é organizado por ciclos, e esse simbolismo de
encerramento e renovação desperta reflexões sobre o tempo que passou e as
mudanças experimentadas. Isso é bastante positivo, pois a sensação de que os
fracassos ficaram no “eu do passado” permite que eu inicie um novo ano disposta
a começar “do zero” de novo.
Cheiros
e fim de ano
Cheiros específicos associados a época do fim do ano
podem ter um impacto significativo no processo de memorização de longo prazo.
Isso ocorre devido, segundo a neurocientista do SUPERA – Ginástica para o
cérebro, devido à conexão direta entre a região do cérebro responsável pelo
processamento olfativo, o bulbo olfatório, e áreas associadas à memória e às
emoções, como o hipocampo e a amígdala.
Essa ligação entre cheiro, memória e emoção é mais rápida
e, muitas vezes, mais forte do que com outros estímulos sensoriais. Inclusive
uma pesquisa da universidade de Rockfeller diz que 35% da nossa memorização vem
do olfato.
“No contexto das festas de fim de ano, os cheiros de
pinheiro, canela, maçã, laranja, panetone, peru assado entre outros aromas
característicos dessa época, ficam associados no cérebro às celebrações e
momentos especiais a partir da repetição de cada ano desde a infância. Quando
esses cheiros são percebidos novamente, eles desencadeiam automaticamente as
lembranças e emoções ligadas a esses eventos, contribuindo para uma sensação de
nostalgia e aprofundando a conexão emocional com os eventos de fim de ano”,
detalhou.
Memória, lembranças e a essência do que
somos
O ser humano é construído a partir das suas percepções
sobre a vida e de lembranças. As vivências moldam quem vamos nos tornando e
quais laços construiremos com quem nos cerca. Revisitar e contar as boas
memórias é excelente para mantê-las vivas, afinal, lembrar a felicidade é ser
feliz de novo. Além disso, olhar para trás com carinho, significa valorizar a
própria vida.
Toda essa magia acontece no cérebro, um órgão que precisa
de estímulos de qualidade para continuar saudável e capaz de proporcionar
tantas boas sensações e trocas com as pessoas que amamos. Exercitar o cérebro é
garantir que você continuará capaz não só de contar as histórias dos bons
tempos, mas também disposto a formar novas memórias tão lindas quanto as antigas.
Uma dica para os momentos em família que também exercita
a memória é fazer a chamada “decoração afetiva”. Que tal distribuir recordações
por toda casa, com fotos, objetos e uma playlist especial? Criar uma casa que
carrega memórias irá criar excelentes memórias!
Para
reflexão:
O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus
sonhos. “Eleonor Roosevelt”
Você
sabia:
O cérebro em repouso produz energia suficiente para
acender uma lâmpada de 25 watts.
Resposta
do desafio de Novembro:
Dois patos botam ovos todos os dias. Quantos ovos somam
no mês?
a) 60 b) 62 c) Zero d) 2
Reposta:
Letra “C”: Nenhum ovo, patos não botam
ovos, e sim patas.
Desafio
de Dezembro:
Quando eu tinha seis anos, a minha irmã tinha a metade da
minha idade. Agora que tenho 70 anos, com quantos anos minha irmã está?
Resposta na próxima edição:
Serviço:
Método Supera - Ginástica para o Cérebro
Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP
02-4270)
Unidade
Madalena
Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.
Telefone: (81) 30487906
Unidade
Boa Viagem
Telefone: (81) 30331695