Gazeta da Torre
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Izabel Carvalho, Consultora |
Ter a
conduta adequada nestas ocasiões é muito importante. Não que seja menos
importante portar-se bem entre amigos e parentes. Mas no ambiente corporativo o
resultado dos excessos pode prejudicar uma carreira. É nesse momento de
relaxamento onde as pessoas mostram quem realmente são, que um chefe pode, por
exemplo, confirmar a impressão que tem de um funcionário que ele pretende
promover. Qualquer falha no comportamento pode manchar a imagem pessoal e a da
empresa.
A etiqueta social
não é uma “frescura” como muitos pensam. Ela é necessária para o bom convívio
em sociedade, para impor limites. Não importa o lugar, a situação, o
comportamento deve ser sempre pautado pelo respeito e pela boa educação.
O conceito
de etiqueta está intimamente ligado à cortesia e à prática de boas maneiras.
Não existem regras rígidas, mas está ligada à tradição de cada sociedade. Mesmo
o homem da pré-história já havia aprendido a cooperar e se organizar
socialmente, até como forma de garantir sua sobrevivência.
Mas, foi na
França que surgiram as normas de etiqueta como forma de padronizar o
comportamento de um grupo social. Nessa época eram distribuídos aos nobres
“etiquettes” fixados nos convites contendo as instruções de como se portar, o
lugar a ser ocupado na mesa, entre outras.
Bom mesmo é
pensar em etiqueta como uma extensão da ética, como normas de comportamento de
respeito ao outro, mais do que os cerimoniais e a forma correta de segurar
talheres, etc. Mais importante é ser gentil com os caixas de supermercado,
evitar uso de celular em ambientes fechados, ceder a vez a uma senhora na fila,
não se exibir, corresponder a um favor recebido, retornar uma ligação e um
e-mail, não ocupar duas vagas de estacionamento, nunca esquecer de dizer “bom dia”, “por favor” e “muito obrigado”.
Saber impor-se sem grosseria.
Mas é
importante entender que a festa de confraternização é uma continuação da rotina
da empresa e as pessoas precisam ter isso muito claro. Melhor comportar-se bem
para não se preocupar com o “day after” (a ressaca moral, que é pior que a
ressaca da bebida).
Nestes
eventos não costumam permitir que se levem parentes e/ou amigos; então é melhor
evitar constrangimentos.
Apresentar-se
com um visual alegre valorizando o estilo de cada um, mas que seja também
adequado na cor, comprimento, transparência etc. Denota extremo mau gosto usar
roupas inadequadas mesmo que aquele colega maravilhoso, paquerado o ano
inteiro, for presença confirmada. Ter cuidado com os palavrões e comentários,
lembrar-se que todos os chefes, diretores e colegas também estarão por lá.
É
recomendado que quanto mais alto for o cargo do executivo, menos tempo essa
pessoa permaneça nessa confraternização. Isso porque sua presença tende a
inibir os funcionários menos graduados.
Os presentes
de “amigo secreto” devem ser escolhidos com critério, levando-se em conta o
poder aquisitivo do presenteado para não gerar constrangimento. O que for
sorteado com o nome do chefe deve escolher algo que obedeça à faixa de preço
estipulada para os presentes dos demais funcionários.
Não atrasar
porque pode deixar os organizadores ansiosos e é sinal de pouco caso. Pior
ainda se o atrasado for o chefe da equipe. Ter discrição na hora de comer e
esperar as pessoas hierarquicamente superiores servirem-se antes. Beber com
moderação!
Ser
agradável e procurar falar de amenidades. Falar mal de chefes e colegas, bem
como criticar a organização nesta circunstância é expressamente errado. Evitar
contar estórias catastróficas e ficar falando de doenças porque em dias de
festa as pessoas procuram alegria e diversão.
As
confraternizações são sempre uma ótima oportunidade pra você melhorar seu
network. Não deixe escapar esta chance comportando-se como se estivesse na
última festa da sua vida. Não esqueça: mesmo sendo dia de festa é uma extensão
do ambiente de trabalho!
São apenas
algumas dicas porque a dica mais importante é ter bom gosto e bom senso. Em
qualquer situação uma pessoa inconveniente torna sempre o ambiente desagradável.
Não queira ser lembrado(a) por isso.
Izabel Carvalho, Consultora – Gazeta da Torre
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