Sandra Pernambuco Escola Internacional de Ballet
- Há 18 anos promovendo arte-educação e realizando sonhos!
- Metodologia Vaganova
- Escola Internacional de Ballet
- Certificada pelo CID&Bolshoi
MATRÍCULA ➡ (81) 9 9618‑9475.
Sandra Pernambuco Escola Internacional de Ballet
- Há 18 anos promovendo arte-educação e realizando sonhos!
- Metodologia Vaganova
- Escola Internacional de Ballet
- Certificada pelo CID&Bolshoi
MATRÍCULA ➡ (81) 9 9618‑9475.
Gazeta da Torre
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FOB - USP |
USP tem o melhor desempenho da América Latina,
impulsionada pelos cursos de Odontologia, Engenharia de Petróleo, Antropologia
e Agricultura.
A USP está entre as melhores universidades do mundo em 45
das 54 áreas específicas avaliadas no QS World University Ranking by Subject, divulgado no dia 22 de março.
Desse total, 12 áreas específicas foram classificadas
entre as 50 melhores: Odontologia (14ª posição); Engenharia de Petróleo (24ª);
Antropologia (27ª); Agricultura e Silvicultura (28ª); Engenharia de Minas
(30ª); Enfermagem (36ª); Línguas Modernas (41ª); Ciência Veterinária (42ª);
Arquitetura (44ª); Sociologia (44ª), Engenharia Civil e de Estruturas (45ª); e
Direito (47ª).
Em 26 áreas específicas a Universidade ficou entre a 51ª
e a 100ª posição; em cinco áreas, entre as 150 melhores; e, em duas áreas,
entre as 200 melhores.
As áreas específicas são agrupadas em cinco grandes áreas
e a USP está entre as 100 melhores na classificação geral de todas as cinco:
Ciência Social e Administração (45ª), Artes e Humanidades (49ª), Ciências da
Vida e Medicina (51ª), Ciências Naturais (52ª) e Engenharia e Tecnologia (68ª).
Liderança na América Latina
Na edição deste ano do ranking, foram avaliados mais de
15 mil cursos de 1.594 universidades do mundo todo. Impulsionada principalmente
pela boa classificação dos cursos de Odontologia, Engenharia de Petróleo,
Antropologia e Agricultura, a USP foi a instituição da América Latina com
melhor desempenho no ranking.
Publicado desde 2011 pela Quacquarelli Symonds,
organização britânica de pesquisa especializada em instituições de ensino
superior, o ranking avaliou as universidades de acordo com quatro indicadores
(reputação acadêmica, reputação entre empregadores, citações científicas e
índice H), adaptados de acordo com cada área específica.
Fonte:Jornal da USP.
- divulgação -
Gazeta da Torre
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Escritora Clarice Lispector |
Comparada a Virgínia Woolf e James Joyce, considerada
hermética, permeada por experimentação linguística, entrelinhas e
"silêncios", com enredo praticamente inexistente e quebra das regras
de pontuação — romance iniciando com vírgula e terminando com dois pontos, por
exemplo — a obra de Clarice Lispector (1920-1977) não é de fácil leitura.
Ainda assim, a escritora, cujo nascimento completou 100
anos no dia 10 de dezembro/2022, é uma das mais citadas na internet — mesmo
que, paradoxalmente, muitos dos textos e frases atribuídos a ela não sejam
seus.
Em seu livro Para amar Clarice - Como descobrir a
apreciar os aspectos inovadores de sua obra, a escritora e professora de
literatura Emilia Amaral escreveu que Clarice Lispector "viveu e escreveu
sob os signos da fascinação e paradoxo: adorada por muitos, eleita como objeto
de várias tendências críticas, ao mesmo tempo avessa a diferenciações de
gênero, entre outras categorias classificatórias. Bastante citada, adulterada,
popularizada por um viés pseudofilosofante, a escritora é simultaneamente
considerada hermética".
Nascida Chaya (ou Haya, para alguns) Pinkhasovna
Lispector, em Chechelnyk, na Ucrânia, ela chegou ao Brasil ainda bebê, em 1922,
com sua família que fugia para o Brasil devido à perseguição aos judeus depois
da Revolução Russa de 1917.
Os Lispector chegaram a Maceió, de onde mudaram para
Recife, em 1924, e daí para o Rio de Janeiro, em 1935, cidade em que se
estabelecem definitivamente.
No Brasil, os membros da família aportuguesaram seus
nomes. O pai Pinkhas ou Pinkhouss passou a ser Pedro, e a mãe Marian ou Mania
transformou-se em Marieta. Das filhas, Leah virou Elisa; Tcharna, Tânia; e
Chaya, Clarice.
Casada com um diplomata brasileiro, a escritora morou
fora do país de 1944 a 1959 (Itália, Suíça, Inglaterra e Estados Unidos),
quando se separou e retornou ao Brasil, onde viveu até sua morte, em 9 de
dezembro de 1977, um dia antes do seu aniversário de 57 anos.
Em relação à obra de Clarice, Noeli Lisbôa, mestre em
Teorias do Texto e do Discurso, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), diz que nos romances praticamente não há enredo.
"De tal modo que a escritora afirma em Água Viva:
'gênero não me pega mais', porque ela rompe realmente com a estrutura dos
gêneros literários", explica. "O que me interessa realmente na
Clarice é o questionamento que ela faz da linguagem, de seus limites, de sua
incapacidade de expressar a vivência humana. Há duas frases dela que são
expressivas disso: 'Viver não é relatável' e 'A realidade não tem sinônimos'. A
obra dela me parece extremamente importante, porque é inovadora exatamente
neste questionamento que faz da linguagem."
Segundo Amaral, autora do livro sobre Clarice, o que se
destaca em sua obra é a interioridade das personagens, seus movimentos de
alienação e de busca de transcendência.
"A palavra 'clariceana' quer ser a coisa que ela
representa, daí a linguagem ser toda permeada por entrelinhas, por meio das
quais se pretende ir além do dito", explica, em entrevista à BBC News
Brasil. "Trata-se de uma literatura metalinguística, que se indaga enquanto
se realiza, conquistando tanto pelo processo do escrever quanto pelo produto: o
texto."
Para o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Letras
da UFRGS, Antônio Marcos Vieira Sanseverino, na obra Clarice, há um voltar-se
para dentro de si, para a experiência interior, para o impacto das coisas no
mundo na subjetividade de suas personagens.
"Tal experiência interior, radicalmente posta, é
desagregadora, pois revela a estranheza de cada um, aquilo que não corresponde
aos papeis sociais vividos na rotina", explica. "Em Clarice, é uma
experiência de linguagem, ou de busca de uma linguagem capaz de dar conta dessa
estranheza."
O professor Arnaldo Franco Jr., da Universidade Estadual
Paulista (Unesp), diz que Clarice Lispector está entre os grandes criadores no
campo da literatura.
"Sua obra, marcada pelo hibridismo de gêneros, pela
experimentação linguística, pela afirmação de uma ótica feminina contribuiu
para ampliar os valores temático-formais do sistema literário brasileiro",
explica.
"Pode-se dizer que, a partir da tradução de seus
textos, ela afetou também literaturas de outros países. Ela faz uma literatura
que perturba o leitor, instalando uma perspectiva crítica em relação aos
esquematismos, que coisificam o viver e alienam o ser humano do contato
vigoroso consigo próprio, com o outro, com a vida."
De acordo com ele, talvez a grande marca da obra de
Clarice Lispector seja a afirmação da liberdade de criar sem subordinação a
normas, critérios e parâmetros idealizados do que deva ser o texto literário.
"Junto dessa afirmação, que afeta os planos temático
e formal de sua literatura, afirma-se, também, uma desconfiança permanente em
relação à linguagem, aos jogos de poder e hierarquia estabelecidos entre o eu e
o outro, a valores e práticas idealizados socialmente", acrescenta.
Citações
Com essa complexidade toda de sua obra, muitos se
perguntam por que ela é uma das campeãs de citações na internet. Há várias
hipóteses.
"Isso ocorre porque há trechos de Clarice que,
retirados do contexto, podem ser lidos como mensagens edificantes, lições de
vida que, na maioria das vezes, dão a impressão de simplificá-la", explica
Franco Jr. "Mas em vez disso, em geral, a adulteram e criam equívocos a
respeito de sua arte."
De acordo com o coordenador do Programa de Pós-Graduação
em Letras da UFRGS, Antônio Marcos Vieira Sanseverino, há dois tipos de leitura
para essa enxurrada de citações. "Na apresentação da nova edição do
romance Água Viva, é contado que Cazuza teria lido a obra umas 111 vezes",
diz. "Como Clarice traz para primeiro plano de sua obra, uma experiência
de linguagem que nos leva a colocar em xeque os padrões, sejam quais forem,
quem busca se realizar fora do lugar social pré-determinado de família, de
classe social, de gênero, tende a se encontrar na obra dela."
O segundo tipo de leitura, diz ele, é o das frases
feitas, retiradas do contexto, que ganham a feição de máximas, provérbios,
ditos. "Ela tem, de fato, frases lapidares", diz. "Assim, parece
que há uma busca de epigramas 'clariceanos', que sirvam para etiquetar uma
vivência. Daí a autoridade da escritora, com a aura do mistério e de suas
epifanias, em contribuir para a citação."
Para Franco Jr., a popularidade de Clarice na internet é
um fenômeno que afeta a obra dela e, também, outros escritores e poetas, como,
por exemplo, Caio Fernando Abreu, Carlos Drummond de Andrade e Luís Fernando
Verissimo.
"As pessoas recortam trechos que as impactaram e
lançam nas redes sociais", diz. "Descontextualizados, esses trechos
acabam funcionando como máximas, 'ensinamentos' ou autoajuda. Qualquer obra
literária está sujeita isso. Talvez uma outra razão para a escolha da obra de
Clarice para este tipo de procedimento esteja no fato de que se trata de uma
literatura marcada pela cogitação existencial."
A proliferação de citações de textos ou frases de Clarice
Lispector, sejam dela mesmo ou atribuídas erradamente a ela, pode ser, no
entanto, uma faca de dois gumes para a divulgação e conhecimento de sua obra.
"É bom e ruim ao mesmo tempo", diz Franco Jr.
"O aspecto positivo está na própria divulgação do nome e da obra literária
de Clarice Lispector, pois isso pode atrair novos leitores, gente que buscará
ler os contos, os romances, as crônicas."
O lado negativo, segundo ele, diz respeito às distorções
que isso pode gerar, como descontextualização e perda do sentido crítico dos
textos, redução da obra à condição de texto de autoajuda, atribuição de falsa
autoria a textos que ela nunca escreveu.
"Esse aspecto negativo cria episódios
constrangedores, com pessoas citando textos falsos que ela nunca escreveu, por
exemplo", explica. "E a atribuição de falsa autoria, a depender das
circunstâncias, pode resultar em processo jurídico."
Para Lisbôa, da UFGRS, é sempre ruim quando textos são
atribuídos equivocadamente a determinados autores porque isso não contribui em
nada para o conhecimento da obra de ninguém. "Quando é uma obra boa, isso
se caracteriza como uma injustiça ao verdadeiro autor; quando é uma obra ruim
se configura uma injustiça com aquele a quem ela é atribuída."
Fonte: BBC News
- divulgação -
Gazeta da Torre
Começo falando para você que não tem dívidas, sugerindo
que vá até o final, pois assim poderá ajudar alguém importante para você a sair
dessa situação, e claro, quem não tem dívidas, ao ler, compreenderá um pouco
mais o desafio de quem está nessa jornada.
Trago de cara um dado alarmante, que de vez em quando
revisito, e do qual ninguém quer fazer parte, mas, infelizmente, é a nossa
realidade: 60% dos brasileiros gastam mais do que ganham. Isso mesmo: para mais
da metade da população, a receita não é suficiente ou até pode ser, mas não vem
sendo bem administrada. Isso se deve a vários motivos: um ou mais cartões de
crédito mal utilizados, padrão de vida incompatível, falta de planejamento
financeiro, compras por impulso e tantas outras “razões”.
Antes de começar a falar sobre quitação de dívidas, acho
importante que você entenda a diferença entre endividamento e inadimplência.
Vou usar dois exemplos bem práticos para explicar isso. Se você usou o seu
cartão de crédito esse mês, significa que você tem dívidas. Quando você passa o
cartão na maquineta do estabelecimento ou faz uma compra on-line, você está
gerando uma dívida. Se você não pagar essa dívida (no caso, é a fatura do
cartão), aí você está inadimplente. Se você tem um financiamento imobiliário,
está endividado por 10, 15, 20 anos, o tempo acordado no contrato, claro,
dívidas como a do financiamento de um imóvel ou um carro são dívidas “boas”, no
sentido que, se você assumiu ela, é por acreditar que tem fôlego e
tranquilidade para pagar e seguir mês a mês com o objetivo de realizar o sonho
de ter a casa própria ou o carro e mais adiante quitar. Se você atrasa essas
parcelas, aí está inadimplente. Se você paga a fatura do seu cartão de crédito
e as parcelas do financiamento imobiliário em dia, costumamos dizer que é uma
“dívida controlada” porque estão no fluxo do seu orçamento mensal.
Outro ponto interessante para reflexão é que dinheiro
está mais ligado à mente do que ao bolso, por isso o pensamento de “ganho
pouco, então estou endividado” não é o mais legítimo. No meu dia a dia, vejo
clientes que ganham 10, 15, 20, 40, 50 mil ou mais e estão endividados, mas não
só no sentido de imóvel e carro, mas sim, no sentido de empréstimos tomados,
porque não conseguiram pagar as suas despesas do dia a dia. Sabemos também de
vários jogadores de futebol, ganhadores de reality show, artistas… que ganharam
muito dinheiro ao longo da vida e conseguiram acabar com tudo. E não preciso
nem dizer, junto com os problemas financeiros vem outras dores de cabeça e
reflexos também, no relacionamento, na saúde, no trabalho, emocionais e muito
mais.
Por outro lado, tem também vários exemplos de clientes
que tem um orçamento mais enxuto, mas, com planejamento e cautela, pés no chão,
conseguem se organizar e realizar muitos sonhos dentro daquilo que podem.
Conseguem perceber que o dinheiro está mais ligado ao
nosso comportamento e escolhas do dia a dia?
Se você está com as contas atrasadas, gastando mais do
que ganha, consumindo reserva para honrar com os compromissos financeiros,
precisa virar o jogo!
A primeira atitude para quem está no buraco é parar de
cavar. Então, pare já de contrair novas despesas. Isso pode doer, mas é por uma
fase, até que as coisas estejam organizadas. Priorize pagamentos no débito ou
espécie e, se o dinheiro não der para o mês todo, viva com o básico. Repito: é
só uma fase. Importante você entender bem as suas dívidas, por isso anote tudo
num papel ou planilha: a quem você deve (cartão, banco, parente, amigo…),
quanto deve e detalhes o acordo que foi feito, valor da parcela, quantidade de
parcelas, juros envolvidos e outros eventuais detalhes. É extremamente
importante que você tenha essa visão clara da situação que se encontra. Isso
ajuda inclusive no seu planejamento e a ter clareza do que deve ser priorizado
nesse processo de reestruturação financeira.
Dados os primeiros dois passos acima, é hora de agir.
Virar esse jogo só depende de você, mas exige tempo e dedicação. Procure todas
as instituições ou pessoas que você deve e seja transparente quanto a sua
situação. Tente renegociar com todas elas, mas CUIDADO: só aceite um novo
acordo se realmente puder honrar.
Caso contrário, vira aquela bola de neve e fica ainda
mais difícil, além da sua credibilidade, que fica comprometida caso não cumpra
com o que foi acordado. É muito importante que você esteja atento não somente
ao valor das parcelas, mas também à taxa de juros, ao custo efetivo total
envolvido. No geral, vejo as pessoas só de olho na parcela, se cabe no bolso e
esquecem dos juros, que podem ser absurdos.
Com isso, realmente o ideal é priorizar quitar as dívidas
que têm os juros mais altos. Mas nem sempre vai ser possível, porque pode
acontecer de uma dívida com um amigo ou familiar tirar o sono porque você não
se sente à vontade quando encontra essa pessoa. Nesses casos, termina sendo
priorizado esse pagamento.
Para quem tem algum patrimônio, bem ou gera renda, é
ainda mais viável sim quitar dívidas e viver organizado financeiramente. Requer
tempo, estratégia e disciplina. É fundamental reorganizar e adequar as
despesas, e para muita gente, claro, procurar possibilidades de gerar novas
receitas para ajudar nessa fase.
E sem dúvidas, é extremamente válido a mudança de
mentalidade financeira. Ao longo da vida, passamos por várias fases: apertos,
mais abastança, ganhos, perdas… e o mais importante é buscar e manter a
inteligência financeira, a melhor percepção quanto ao momento que se vive e a
busca pelo equilíbrio.
Abraço e até a próxima!!!
Gazeta da Torre
Professora é aprovada em certificação na escola do Teatro
Bolshoi
A filha da bailarina e coreógrafa Sandra Pernambuco,
Julia Pernambuco, atual coordenadora pedagógica e professora do Ballet Sandra
Pernambuco, Recife-PE, esteve durante outubro/2022 em Joinville-SC,
participando de um processo seletivo na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e
foi aprovada. O processo consiste em certificar professores aptos a darem aula
pelos métodos Vaganova, técnica a qual a Escola de Teatro Bolshoi domina.
Agora Julia Pernambuco se tornou uma das únicas
professoras certificadas pela Escola do Teatro Bolshoi a lecionar a metodologia
Vaganova do Ballet clássico.
A professora Julia, que tem 19 anos, passou por duas etapas avaliativas, sendo uma oral e outra prática, que consistiu em dar aula para os alunos do Bolshoi Brasil. A mesma é estudante de Licenciatura em Dança na UFPE, já participou duas vezes do DEP (Dance Exchange Program) no Joffrey Ballrt School e Broadway Dance Center e já fez aulas com grandes nomes da Dança clássica, como Cecília Kerche.
Gazeta da Torre
Promovido pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) da
USP, seminário sobre a nova ferramenta digital e seus impactos na educação
acontece no dia 21, das 9 às 17 horas, com transmissão ao vivo pela internet
Não sabemos se aconteceu exatamente como visto em 2001:
Uma Odisseia no Espaço, mas é bem provável que o assombro pela tecnologia entre
os primatas tenha sido mesmo bem próximo do que as telas mostraram. Desde a
aurora da humanidade, um fascínio quase religioso e um pavor pela própria
existência da espécie se misturam a cada invenção ou avanço que promete mudar o
mundo como nós o conhecemos. Ficamos entre o deslumbramento de chegar até
Júpiter a bordo da Discovery One e o terror do abandono no espaço sideral
arquitetado pela malícia do supercomputador HAL 9000.
A tecnologia da vez que chega para solavancar as emoções
atende pelo nome pouco charmoso, mas coerente com o mundo de siglas em que
habitamos, de ChatGPT (do inglês Chat Generative Pre-trained Transformer, ou
transformador pré-treinado gerador de bate-papo). Em termos básicos, trata-se
de uma inteligência artificial (IA) capaz de oferecer respostas para os
usuários no formato texto, simulando um bate-papo. A partir de um banco de
dados vastíssimo, estimado em 45 terabytes, o ChatGPT calcula as respostas mais
prováveis para virtualmente qualquer pergunta permitida por sua programação, de
matemática e física quântica até questões existenciais e cultura erudita
(ilegalidades e similares ficam de fora). Em segundos, a IA consegue entregar
textos curtos, objetivos, coerentes e gramaticalmente corretos sobre
praticamente qualquer coisa, que assombram pela eficiência e abrangência.
Seja no campo do ensino ou da pesquisa, para professores
ou estudantes, as inovações que o ChatGPT pode trazer, mesmo que ainda não
muito claras, parecem inevitáveis. É por isso que o Instituto de Estudos
Avançados (IEA) da USP realizará no dia 21 de março, das 9 às 17 horas, o
evento ChatGPT: Potencial, Limites e Implicações para a Universidade. No
formato on-line – com transmissão ao vivo pelo site do IEA -, a programação
reunirá pesquisadores e especialistas da USP e de outras instituições nacionais
para discutir as transformações que a nova tecnologia poderá trazer não só para
o ensino superior, mas para todo o sistema educacional. A coordenação é do
professor Glauco Arbix, do Departamento de Sociologia da Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
Financiado pela Microsoft e desenvolvido pela empresa
OpenAI, sediada na Califórnia e criada por Elon Musk e Sam Altman, o ChatGPT
foi aberto para o público em novembro de 2022 e causou sensação. Até o início
de março, a plataforma registrava 120 milhões de usuários ativos e a alta
demanda motivou a companhia a lançar uma versão paga do serviço, com assinatura
de US$ 20 mensais. Desde então, o novo serviço vem alimentando tanto a euforia
dos devotos da tecnologia quanto os horrores apocalípticos de quem teme a
obsolescência da humanidade diante das máquinas. Entre os extremos, uma
catarata de dúvidas a respeito dos impactos que a novidade trará (na verdade,
já vem trazendo) em múltiplos setores da sociedade e a expectativa de uma
revolução na maneira como lidamos com o conhecimento.
“É surpreendente que um processo dessa natureza consiga
gerar artefatos capazes de traduzir textos, de responder perguntas, de gerar
poesias”, afirma Cozman. “O desempenho de modelos de linguagem como o GPT de
fato surpreendeu a própria comunidade acadêmica da área e gerou extraordinário
interesse na sociedade.”
Para o professor Glauco Arbix, todo esse buzz também se
justifica. A chegada do ChatGPT representa de fato um salto no desenvolvimento
da inteligência artificial. Sendo uma plataforma extremamente amigável, que se
comporta de um modo que parece muito inteligente e muito humano, a tecnologia
inspirou grandes expectativas em áreas como saúde, indústria, marketing e
educação.
“O impacto é generalizado, é um ponto de inflexão no ramo
da IA, em especial em uma área chamada de processamento de linguagem natural”,
explica Arbix. “Existem sistemas que estão evoluindo rapidamente, mas, de
repente, esse novo recurso surgiu e se mostrou superior. Ele impressiona e abre
novas possibilidades.”
Processamento de linguagem natural é um ramo das
pesquisas em IA que investiga maneiras de as máquinas compreenderem e
manipularem a linguagem humana. É o tipo de estudo que permite a existência de
atendentes virtuais no Whatsapp ou assistentes que simulam conversações, como a
Alexa. No caso do ChatGPT, seu sistema envolve ainda uma técnica chamada large
language model (LLM), que se baseia em machine learning e deep learning,
possibilitando o processamento de uma quantidade gigantesca de dados, vindos
sobretudo, mas não apenas, da internet. A novidade utiliza também uma
tecnologia chamada transformer – que corresponde ao T da sigla GPT –, um
sistema transformador que gera textos a partir de treinamento.
“Ele se comporta como se fosse um sistema humano, apesar
de não ser”, continua Arbix, que sublinha o potencial da nova tecnologia para a
área da educação. “’E como é muito simples de usar, significa, do ponto de
vista educacional, possibilidades imensas. É possível testar hipóteses, simular
cenários, ampliar a busca por moléculas em um sistema bioquímico e organizar
testes clínicos”, elenca. Dentre outras possibilidades já mapeadas e testadas
por pesquisadores e usuários, a ferramenta pode ainda resumir livros em
segundos, escrever breves dissertações e elaborar poemas ao gosto literário de
seu interlocutor.
“O ChatGPT gera uma situação nova para todos nós, ele
questiona nossos métodos de avaliação, de acompanhamento, de aula, de pedir
exercícios e passar lição de casa”, diz Arbix. Mas o professor não enxerga o
advento da tecnologia apenas no âmbito das preocupações e lembra também as
possibilidades positivas que ela pode trazer. “Há um possível risco dos métodos
tradicionais de avaliação, mas, ao mesmo tempo, um aluno que está com
dificuldades poderia ter uma evolução mais rápida, por exemplo. É uma situação
nova do ponto de vista educacional, que precisa ser bem tratada.”
Talvez o principal medo que tomou conta dos educadores
com a chegada do ChatGPT se refira à facilidade com que os estudantes podem
deixar trabalhos, deveres de casa, redações e provas nas mãos da máquina. Uma
lista de exercícios de matemática que representaria horas de dedicação ou
partes inteiras de um estudo de história ou geografia, por exemplo, poderiam
ser executadas em poucos minutos, com as perguntas certas. Com isso, os métodos
básicos de avaliação como os conhecemos simplesmente virariam fumaça. Foi essa
perspectiva de ruína educacional que levou o Departamento de Educação da cidade
de Nova York a proibir o uso da tecnologia nas escolas, em uma tentativa de
combater as “colas”.
Mas não foi só isso que trouxe preocupação. O plágio
acadêmico é outra sombra projetada pela ferramenta. Como ainda não existe
nenhum software que permita distinguir o que poderia ter sido escrito pela
máquina e por um ser humano, a autoria dos textos fica comprometida. E mais:
como o ChatGPT não cita as fontes das quais se utiliza para produzir suas
respostas, é impossível, pelo menos por enquanto, identificar as referências
usadas em seus textos. Apesar de a tecnologia ter tirado de algum lugar as
informações que oferece, seus autores permanecem desconhecidos, o que gera não
apenas questões problemáticas quanto a direitos autorais, mas permite também
que dados falsos sejam apresentados como verdadeiros, sem possibilidade de
checagem pelo próprio serviço.
Vale lembrar que, apesar de suas respostas serem
coerentes e gramaticalmente bem formuladas, isso não significa que estejam
sempre corretas. Vários testes feitos por usuários mostraram o serviço
inventando pessoas, biografias e instituições, falhando na identificação de
datas e sendo enganado por perguntas mais malandras. Não que isso invalide todo
o projeto, já que a própria OpenAI alerta os usuários para a possibilidade de
erros e a defasagem das informações. O que é preciso, conforme declara Arbix, é
não perder de vista as limitações da novidade para o uso na educação.
“Você pode imaginar que um sistema dessa dimensão acabe
gerando equívocos”, comenta. “O ChatGPT é um sistema que não tem compromisso
com a verdade, seu objetivo não é esse. Suas respostas podem ser verdadeiras,
mas também podem não ser. Porque ele faz conexões, usa estatística avançada
para prever as palavras. É uma potencialização dos sistemas de tradução. A
máquina não faz a mínima ideia do que está falando, ela não sabe, não pensa,
não sente. Ela escreve uma sucessão de palavras transformadas pelos algoritmos.
Está longe de ser um texto que tem as relações de um texto humano. O ChatGPT
faz um trabalho que impressiona, mas ele ainda é uma máquina.”
Para além do plágio e da cola, o que está no radar do
professor são as questões mais complexas que a chegada da tecnologia oferece.
Como saber se o ChatGPT poderia ser considerado coautor de um trabalho
acadêmico? Pode parecer coisa de ficção científica, mas esse é um tema que já
entrou em pauta no exterior. No início deste ano a conceituada revista Nature
rejeitou a possibilidade de coautoria, respondendo ao fato de outras
publicações terem recebido artigos nos quais a tecnologia já apareceu
creditada.
“Nós julgamos importante manter as relações de rigor que
sustentam as bases do ensino acadêmico e científico, o que significa exigir dos
alunos que digam em seus trabalhos e dos pesquisadores que registrem em suas
bibliografias as partes nas quais o ChatGPT foi usado. Isso é uma medida de garantia
da integridade”, adianta Arbix.
Para Virgilio Almeida, professor do Departamento de
Ciências da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que
também participará do evento promovido pelo IEA no dia 21, o seminário ocorre
na hora certa, em sintonia com discussões que tomam contam de uma série de
instituições de ensino superior ao redor do globo. “Se, por um lado, a
ferramenta de IA pode trazer preocupações referentes a avaliações de alunos,
ela pode também ser útil tanto no processo de aprendizado quanto de ensino. E
pode ser uma boa assistente nas tarefas mais administrativas de pesquisa”,
declara Almeida. “O importante é começar a definir regras e políticas para o
uso do ChatGPT no ambiente acadêmico.”
Naomar de Almeida Filho, titular da Cátedra Alfredo Bosi
de Educação Básica do IEA e professor do Instituto de Saúde Coletiva da
Universidade Federal da Bahia (UFBA) – outro participante do evento -, chama a
atenção para o impacto da chegada do ChatGPT na sala de aula tradicional. Para o
acadêmico, é importante questionar as transformações que a nova ferramenta pode
causar em modelos assentados no que chama de “processos anacrônicos de
avaliação”.
“Na minha opinião, essa tecnologia vai simplesmente
desafiar o velho modelo, obrigando a escola a enfrentar um dilema: assimilar ou
interditar. E nem sou otimista”, reflete Almeida Filho. “Todas as ferramentas
digitais para a metapresencialidade, equivocadamente chamada de EaD, e a
imersão pedagógica mediada por tecnologias já estão disponíveis há mais de uma
década. Nem por isso se verifica uma apropriação criativa mais generalizada no
campo da educação em geral, menos ainda na educação superior. Infelizmente,
acredito que nossos sistemas escolares adotarão restrições normativas e
procedimentos regulatórios que se tornarão obstáculos ao uso pleno, criativo e
crítico da IA na educação. Para que isso aconteça, será preciso desenvolver o
que chamo de ‘competência tecnológica crítica’”.
Com tantas incertezas, os debates do dia 21 têm a
pretensão de contribuir para a elaboração de um documento que ofereça
diretrizes para a USP lidar com o ChatGPT, explica Arbix. A ideia é apresentar
referências à comunidade acadêmica e padronizar a relação com a nova
tecnologia, evitando que seu uso ou proibição – que o professor considera um
equívoco – aconteça de forma individual.
“Nossa ideia é explicar os potenciais e limitações,
cumprir nosso papel de educador”, afirma o docente. “Nossa preocupação é fazer
a integração da tecnologia ao sistema de ensino, fazer a aprendizagem trabalhar
junto à tecnologia, como forma de aumentar nossas capacidades. É humano mais
máquina, não é o robô no lugar do trabalhador. É o robô trabalhando junto,
aumento do rigor, resolvendo problemas, melhorando a segurança.”
Conforme relata Arbix, a ansiedade com a chegada de uma
nova tecnologia não é novidade na história da educação e até mesmo o livro foi
alvo de ataques quando da popularização da imprensa. “Nos séculos 16 e 17
várias universidades condenaram o uso do livro, dizendo que ele colocava nas
mãos de pessoas não treinadas um conhecimento que poderia ser perigoso”, conta
o docente. “Lembre-se também das máquinas de calcular, do laptop, do
smartphone. Você não vai colocar o gênio de volta na lâmpada, ele já escapou.
Você não pode deletar a tecnologia. Temos que aproveitar a oportunidade para
repensar. Muita coisa pode mudar.”
Além de apresentar para o público o que é o ChatGPT, o
evento que acontece no dia 21, das 9 às 17 horas (a programação completa e a
lista de participantes podem ser vistas http://www.iea.usp.br/eventos/chatgpt-potencial-limites-implicacoes-universidade)
trará discussões sobre as possibilidades da nova ferramenta no ambiente
universitário e as perspectivas de seu uso na educação em geral. A transmissão,
ao vivo e sem necessidade de inscrição, será pelo site do IEA (http://www.iea.usp.br/aovivo).
Fonte:Jornal da USP
Gazeta da Torre
Há riscos para a prática de atividade física só aos
finais de semana? É o que muita gente se pergunta e a resposta é a de que sim,
há riscos, principalmente lesões musculares e ósseas, responde o Professor do
Centro de Prática Esportiva da USP, José Carlos Farah. “Quando se pratica
atividade física uma vez por semana, nosso corpo não tem tempo para se adaptar
aos estímulos que o exercício fornece. E também, com o tempo de recuperação
muito longo, de um domingo para outro, por exemplo, esse único estímulo não é
suficiente para provocar as adaptações necessárias para a melhora da saúde.”
Além do mais, a intensidade da prática, muito alta em um único dia, pode levar
às lesões.
Se o praticante está se iniciando numa modalidade
esportiva, a dica é de que deve começar com intensidade leve e ir aumentando
gradativamente até a moderada, de preferência de duas a três vezes por semana
nessa fase inicial. Já um praticante experiente pode realizar atividade física
de quatro a seis vezes por semana, sempre com um dia de descanso, “intercalando
as intensidades de dia forte, dia fraco, dia médio”. Farah aconselha ainda que
se consulte um profissional de educação física e um médico para avaliação das
condições de saúde.
Ainda segundo o colunista, alguns estudos recentes
mostram evidências que os riscos de lesões cardíacas não são significativos,
quando se compara uma pessoa que faz atividade física num final de semana
àquela que faz de forma contínua, mas são estudos preliminares. “Agora, os
riscos de lesões musculares e ósseas são um fato, como já dito, e são muito
grandes. Por outro lado, as diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia e
do Conselho Federal de Educação Física estabelecem que a atividade física deve
ser realizada de forma regular e contínua, e sempre obedecendo os limites
individuais. Há o consenso mundial que 150 minutos por semana de atividade
física moderada é bom para a saúde, ou 75 minutos de intensidade alta.” Um
tempo dividido na semana e não em um dia só.
*José Carlos
Farah, professor da Escola de Educação Física e Esporte da USP e diretor
técnico do Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp).
Fonte: Jornal da USP
- divulgação -
Gazeta da Torre
A estimativa é que o dinheiro que passa por essas
empresas, que têm sede no exterior, na maioria em países não tributários ou
pela internet, chegue a R$12 bilhões este ano. Além de invadir as redes, os
sites de apostas patrocinam clubes de futebol e se enraízam em transmissões de
TV e campeonatos diversos. Com o olhar para esse montante não arrecadado, o
governo federal pretende taxar esses empreendimentos. O deputado federal Felipe
Carreras, relator do PL 13756/18 que prevê a regulamentação das casas de
apostas, destaca os principais benefícios.
Felipe Carreras também comenta sobre diálogo com o
ministro da Fazenda Fernando Haddad sobre o assunto.
Em 2018, durante o governo Michel Temer, a operação foi
legalizada, no entanto, foi estabelecido um prazo de quatro anos para que o
Ministério da Fazenda tornasse as apostas esportivas regulamentadas. Esse prazo
venceu em dezembro. De acordo com o economista
Mesmo sem regulamentação, essas empresas não trabalham de
forma ilegal, porém, com a falta de fiscalização, existe grande possibilidade
de manipulação de resultados e lavagem de dinheiro por parte das casas de
apostas.
Com o alto rendimento dessas empresas, o governo federal
não deixou passar despercebido. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já
afirmou que as casas de apostas serão tributadas. A estimativa é de arrecadar
entre R$2 bilhões e R$6 bilhões por ano com a cobrança sobre essas empresas.
Fonte:CBN Recife.
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Sandra Pernambuco Escola Internacional de Ballet
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Será dirigido por Guel Arraes e Flávia Lacerda com participação dos atores Selton Mello e Matheus Nachtergaele |
Selton Mello e Matheus Nachtergaele anunciaram em seus
perfis no Instagram que estarão no filme "Auto da Compadecida 2".
'João Grilo & Chicó, vinte e cinco anos depois,
juntos, mais uma vez', escreveu Selton. Segunda parte do filme baseado na obra
de Ariano Suassuna ainda não tem data de lançamento.
O filme será dirigido por Guel Arraes e Flávia Lacerda,
com produção da Conspiração e H2O Films. Mais uma vez, o roteiro será baseado
na obra de Ariano Suassuna ainda não tem data de lançamento.
A trama segue as aventuras de João Grilo e Chicó. Eles
são dois sujeitos simples que vivem no interior do país e enganam um grupo de
pessoas em uma pequena cidade paraibana. Mas quando eles morrem, devem ser
julgados antes de entrarem no paraíso.
"Fazer o Chicó novamente, ao lado de João Grilo, que
nunca imaginei reviver! Nosso time é de craques, faremos o Auto 2 à altura é
uma emoção gigante, a memória de Ariano Suassuna. O Brasil esperava e merecia
da grandeza do nosso filme do peito e celebrando a memória de Ariano Suassuna.
O Brasil esperava e merecia este presente", comentou Selton Mello em seu perfil no instagram.
O primeiro filme, lançado em 2000, foi o longa brasileiro
mais assistido no país naquele ano. Antes, ele foi lançado na TV em formato de
minissérie em 1999.
Fonte:G1.
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Gazeta da Torre
Uma data de reflexão, questionamentos, luta e resistência
Hoje comemorar o 8 de Março é um momento de agradecer às
nossas antepassadas pela luta que travaram num mundo tão mais difícil que o
atual. É também o momento de refletir que o pouco que avançamos não pode ser
perdido. A geração que atualmente vai às ruas, meninas de 16, 17, 18 anos,
compreende muito bem seus direitos e vão continuar a luta das antepassadas.
Elas vão certamente avançar. O dia 8 de Março talvez chegue a ser contado nas
escolas como um passado que abriu as portas do futuro.
*Eva Alterman Blay, Professora Emérita da USP e coordenadora do Escritório USP Mulheres
Gazeta da Torre
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Professora Eva Blay |
Apesar da forte presença das mulheres em todas as
esferas, ainda falta muito para que exista uma equidade de gênero.
Para Eva Blay, Professora Titular Sênior da USP e Coordenadora
do USP MULHERES/ONU, a violência é o principal desafio. Vários instrumentos
foram criados, como a Delegacia da Mulher, o incentivo à denúncia, mas continua
sendo um problema muito difícil de lidar e resolver. Na opinião da professora,
para mudar essa cultura, precisamos mudar muitas coisas, sobretudo, ensinar aos
homens, desde pequenos, que eles precisam respeitar as mulheres.
Na questão política, o Brasil ainda está atrasado em
termos de equidade. Se comparado a outros países da América Latina, temos muito
menos mulheres representantes. Eva Blay conta que, na base dos partidos, há um
número elevado de mulheres inscritas. No entanto, na hora de obter uma legenda,
essas mulheres não têm condições de enfrentar a burocracia interna. Dessa
forma, fica difícil chamar a atenção do eleitor e, principalmente, da eleitora.
O que depois se reflete em pouca representatividade feminina.
Fonte:Jornal da USP
- divulgação -
Gazeta da Torre
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Laiz Carvalho, economista |
A despeito do empenho do setor corporativo por mais ações voltadas à contratação de pessoas negras, a inclusão ainda depende de outros esforços que possibilitem a esta parcela expressiva da população ter mais condições de construir carreiras e evoluir em espaços historicamente restritos a poucos.
“Quando se fala na população negra brasileira, é aquela que vem de um ambiente socioeconômico mais desfavorecido. Então, não se trata somente de aumentar o porcentual de pessoas negras na instituição de uma hora para a outra. É importante que o ambiente de trabalho seja preparado para recebê-las, mas eu não vejo isso acontecendo tanto”, alerta Laiz Carvalho, economista para o Brasil do BNP Paribas – um dos mais tradicionais bancos europeus. Ela é primeira mulher negra a assumir o posto de economista-chefe em uma instituição financeira no País.
Laiz esclarece que as principais áreas do setor financeiro pelas quais passou (Compra e Venda de Ativos, Gestão de Fundos e Econômica) ainda são espaços muito restritos e masculinizados, mas que, felizmente, vem se transformando aos poucos. “O mercado, como um todo, percebe que sem a diversidade não há diálogo. Ainda há muitos desafios, com muitas piadas e preconceito, mas faz parte do meu trabalho sempre ‘trazer esta noção à mesa’ quando presencio este tipo de coisa. Para as mulheres pretas e pardas dentro do mercado financeiro, o ambiente acaba ficando bem mais difícil.”
Ela participa da primeira entrevista de uma série especial do Mês da Mulher, comandada pela jornalista Raquel Landim, nova entrevistadora do Canal UM BRASIL, uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Laiz frisa que, apesar da falta de CEOs negras no ramo financeiro, no qual ela atua, não há uma grande preocupação dos negócios em formar mais líderes para os altos cargos, somente para atrair as pouquíssimas que já os ocupam. “[É quase como:] ‘Eu preciso de uma CEO negra para amanhã’, mas sabemos que, talvez, só haja uma ou duas atualmente neste mercado”, exemplifica. “Ainda falta uma curva de aprendizado para que a gente consiga tanto receber estas pessoas quanto desenvolvê-las de modo que, quando surgir a oportunidade, elas estejam prontas.” Para tanto, a economista enfatiza que, além de criar um ambiente adequado para que estas pessoas se desenvolvam, é essencial que o mercado vá além da busca apenas por estagiários(as) ou trainees – que também são importantes –, de forma que abra as portas para que profissionais em outros níveis de carreira também sejam preparados(as) para postos-chave na organização.
Políticas afirmativas
No bate-papo, Laiz ainda comenta a importância de políticas afirmativas para pessoas negras e em situação econômica menos favorecida, com as quais ela teve contato quando entrou na universidade. Contudo, em relação a este ponto, ela demonstra que ainda há muito trabalho a ser feito pelo setor corporativo: quando estes profissionais conseguem ter acesso a mais cargos nas empresas, muitas vezes sofrem discriminação e críticas veladas, como se não estivessem ali pelo mérito, mas simplesmente pela cota. “Não é abertamente falado, mas você ouve isso sendo cochichado nos corredores”, diz.
A economista reforça que essa discriminação gera dois problemas: o primeiro, quando isso parte de quem contrata, ou seja, quando o(a) líder não tem noção da desigualdade existente no Brasil e pensa que o(a) funcionário(a) negro(a) ou mais pobre está sendo empurrado(a) pelos Recursos Humanos (RH) – o que já gera uma relação de trabalho estressada logo de início. O segundo reflexo é sobre a população minorizada. “Eu conheço muitas mulheres, principalmente negras, que não se candidatam para vagas afirmativas, temendo este tipo de reação [não ser reconhecida pelo mérito]”, esclarece.
“A cota, ou ação afirmativa, veio para ser temporária, enquanto não chegamos a ponto em que as oportunidades sejam iguais para todos. Precisamos acelerar isso, com as ações afirmativas, e educar tanto quem já está na empresa quanto as pessoas minorizadas para que entendam que, se estão ali e passaram pelos processos seletivos, é porque as empresas as consideram boas e capazes, mas que não teriam tal oportunidade de outra forma”, defende a economista. “Ações afirmativas são o ponto-chave para que o mercado tenha ‘caras’ mais parecidas com a composição socioeconômica do Brasil.”
Rede de apoio
A economista-chefe é fundadora da Black Swan, plataforma
de apoio a mulheres negras no mercado financeiro. “Com este grupo, percebi que
as histórias das mulheres se cruzam em vários pontos: algumas eram mais velhas,
mas estavam estagnadas vendo todos ao seu redor sendo promovidos; temos também
as mulheres mais jovens entrando neste mercado e que precisam de ajuda; e ainda
as que conseguiram chegar longe, mas passando por várias coisas que não
deveriam ter enfrentado. O grupo, de início, era de empoderamento; depois,
também se tornou um hub de vagas”, explica. Atualmente, são 175 mulheres
integrantes.
*LAIZ CARVALHO
- Economista para o Brasil do BNP Paribas, um dos mais tradicionais bancos
europeus. Primeira mulher negra a assumir o posto de economista-chefe em uma
instituição financeira no Brasil. Fundadora da Black Swan, plataforma de apoio
a mulheres negras no mercado financeiro. Foi economista-chefe do Brasilprev
Seguros e Previdência S/A. Graduada e mestre em Economia pela Universidade de
São Paulo (USP).
Fonte: UM Brasil
- divulgação -
Gazeta da Torre
Há um paradoxo na sociedade em torno do envelhecimento:
por um lado, trata-se de uma conquista, pois as pessoas estão vivendo por mais
tempo; por outro, isso traz ao idoso o receio de ser visto como “descartável”
ou “inútil”, um aspecto cultural presente em todo o mundo.
“Isso passa a ser
um problema quando pensamos nas questões inerentes: desemprego, preconceito e
invisibilidade. As pessoas estão, ao mesmo tempo, felizes com o envelhecimento,
mas preocupadas com o que isso pode trazer”, afirma Fran Winandy, consultora e
especialista em diversidade etária e etarismo, em entrevista ao Canal UM
BRASIL, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São
Paulo (FecomercioSP).
Fran destaca que, atualmente, o tempo ao longo do qual as
pessoas vivem como idosas (a partir dos 60 anos) representa um grande período
da vida. E mesmo que as estatísticas apontem a média de cerca de 76 anos de
vida para um brasileiro, na prática, este dado é muito maior.
O papel das empresas em relação a isso é lutar contra o
etarismo, destaca a consultora. “Dentro das organizações, existe a ideia de que
somos um país jovem, mas não somos. Nos Estados do Rio de Janeiro e de Santa
Catarina, já há mais pessoas acima dos 60 anos do que abaixo dos 14. As
empresas não estão planejando para a longevidade, para o envelhecimento”,
pondera.
A especialista explica que é fundamental “olhar para
dentro” e fazer um balanço no que concerne à discussão etária, bem como à forma
de atuar contra o preconceito presente no ambiente corporativo, de maneira a
inserir pessoas mais velhas no quadro de empregados.
“Quando falamos em
diversidade etária, estamos falando em representatividade, pois os clientes são
formados por todas as faixas etárias. Como ter empatia com o consumidor acima
dos 50 anos, se não há ninguém dentro da organização que se coloque no lugar
dele, que pense como ele e que desenhe produtos e serviços para ele? Sem isso,
acontece uma representação estereotipada do idoso”, ressalta.
Fonte: UM Brasil
- divulgação -
Sandra Pernambuco Escola Internacional de Ballet
*Ballet Infantil, Ballet Adulto, Natação Infantil, Jazz,
Dança, Dança Contemporânea, Hidroginástica, Flamenco, Pilates, Ginástica
Rítmica, Dança do Ventre e Power Dance.
Na equipe: LEILA RODRIGUES
Licenciada em Educação Física pela UFPE, Bacharelada em
Educação Física pela UNICESUMAR, e Pós Graduanda em Psicomotricidade Institucional, Clínica e TEA pela Faveni, Leila Rodrigues atuou em grupos de pesquisa de
promoção à saúde e qualidade de vida para a terceira idade e no Programa de
Desporto Especial.
Recreadora há 6 anos, atuando também como Personal
Trainer e Acqua Kids, começou sua trajetória na área de Natação Infantil e
Hidroginástica ainda na graduação.
INFORMAÇÕES