sábado, 22 de dezembro de 2018

Um LIVRO de presente - Ele representa muito mais do que um simples elemento retrô

Gazeta da Torre

Fim de ano é época de confraternização, dar presentes, estar com quem nos agrada. Também é momento de dar vazão à sensibilidade com ações solidárias, expressões de afeto, exemplos de valores morais e exercício de gratidão. E, nesse sentido, não poderia faltar a ajuda que podemos ofertar através do conhecimento.

Vivemos num tempo em que o saber é ferramenta ou, mais do que isso, agente indispensável à tomada de decisão. A informação gera poder e faz diferença em todos os aspectos, pois está relacionada a esclarecimento, cultura, percepção, conteúdo e conhecimento.

Não poucas vezes, vemos a internet e todas as demais fontes de recursos digitais substituírem o papel. Nada contra o avanço tecnológico, que é, de fato, necessário. Também é prudente constatar que, em se tratando de questões ambientais, o menor consumo de papel poupará a Natureza, sob o ponto de vista de extração de celulose.

No entanto, é com bastante preocupação que hoje nos deparamos com uma ameaça de extinção que afeta, diretamente, a Educação: o livro impresso está desaparecendo, lamentavelmente.

Até parece um paradoxo. Enquanto a tecnologia ajuda o homem a solucionar problemas de grande complexidade, com vistas a um futuro melhor, alguns valores estão sendo perdidos ou relegados no presente. Não defendo, sob hipótese alguma, o livro como um item digno de museu. Nada seria mais medíocre, injusto e mesquinho, do que associar ao livro apenas o caráter de importância histórica. O livro é muito mais do que isso!

O cenário atual é deveras preocupante e – por que não dizer? – intrigante. Livrarias estão fechando. Vivemos uma crise cruel no mercado de livros. Isso não quer dizer apenas que a situação de pequenas e médias editoras está difícil. Por trás desse caos, com efeito cascata na economia, resultando em desemprego e encolhimento de empresas, existe um outro impacto não menos importante: o desaparecimento do livro pode reduzir o acesso à Educação, diante de restrições ao uso de recursos tecnológicos em muitas instituições de ensino no nosso país.

Que possamos alcançar a importância do livro impresso, não apenas para os autores, editoras ou livrarias. Ele representa muito mais do que um simples elemento retrô, pois ultrapassa limites geográficos, culturais, sociais e intelectuais.

Além dessa provocação de reflexão, fica a dica: dê um livro impresso de presente! Valorize-o! Pense nisso!

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