Fim de ano é época de confraternização, dar presentes,
estar com quem nos agrada. Também é momento de dar vazão à sensibilidade com
ações solidárias, expressões de afeto, exemplos de valores morais e exercício
de gratidão. E, nesse sentido, não poderia faltar a ajuda que podemos ofertar
através do conhecimento.
Vivemos num tempo em que o saber é ferramenta ou, mais do
que isso, agente indispensável à tomada de decisão. A informação gera poder e
faz diferença em todos os aspectos, pois está relacionada a esclarecimento,
cultura, percepção, conteúdo e conhecimento.
Não poucas vezes, vemos a internet e todas as demais
fontes de recursos digitais substituírem o papel. Nada contra o avanço
tecnológico, que é, de fato, necessário. Também é prudente constatar que, em se
tratando de questões ambientais, o menor consumo de papel poupará a Natureza,
sob o ponto de vista de extração de celulose.
No entanto, é com bastante preocupação que hoje nos
deparamos com uma ameaça de extinção que afeta, diretamente, a Educação: o
livro impresso está desaparecendo, lamentavelmente.
Até parece um paradoxo. Enquanto a tecnologia ajuda o
homem a solucionar problemas de grande complexidade, com vistas a um futuro
melhor, alguns valores estão sendo perdidos ou relegados no presente. Não
defendo, sob hipótese alguma, o livro como um item digno de museu. Nada seria
mais medíocre, injusto e mesquinho, do que associar ao livro apenas o caráter
de importância histórica. O livro é muito mais do que isso!
O cenário atual é deveras preocupante e – por que não
dizer? – intrigante. Livrarias estão fechando. Vivemos uma crise cruel no
mercado de livros. Isso não quer dizer apenas que a situação de pequenas e
médias editoras está difícil. Por trás desse caos, com efeito cascata na
economia, resultando em desemprego e encolhimento de empresas, existe um outro
impacto não menos importante: o desaparecimento do livro pode reduzir o acesso
à Educação, diante de restrições ao uso de recursos tecnológicos em muitas
instituições de ensino no nosso país.
Que possamos alcançar a importância do livro impresso,
não apenas para os autores, editoras ou livrarias. Ele representa muito mais do
que um simples elemento retrô, pois ultrapassa limites geográficos, culturais,
sociais e intelectuais.
Além dessa provocação de reflexão, fica a dica: dê um
livro impresso de presente! Valorize-o! Pense nisso!
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