Por Evalda Carvalho - Escritora e Colaboradora do Gazeta da Torre
Ano Novo! Vida nova? Nem sempre! A chegada de um novo ano não significa
necessariamente que tudo vai acontecer lindo e maravilhoso. Quisera que, ao
menos, houvesse uma continuidade do cenário do último mês vivido, onde a
solidariedade prevaleceu e revelou que, de fato, é possível enxergar o próximo
e exercitar a sensibilidade também ao longo dos demais meses.
Mas, afinal, o que faz um Ano ser, realmente, Novo? Um raciocínio lógico
pode equacionar a questão, haja vista que por si só a sequência da cronologia
do tempo não faz o que compete a cada um de nós. Para vivenciarmos um novo
período de 365 dias, temos que investir em mudanças positivas e melhorias
íntimas. Ver as horas passando com os braços cruzados é extrema perda de
oportunidades; é jogar no lixo o precioso motivo de viver, que é amadurecermos
e sermos criaturas cada vez melhores.
Quando o Ano dito “Novo” se alia a reflexões construtivas, não deixa de
ser um convite à quebra de rotinas improdutivas, maus hábitos e tudo quanto
impede a aproximação das pessoas de forma saudável.
O que conquistamos nesta vida sem esforço? Esse é um dos aspectos mais
intrigantes, pois mexe com cada criatura. Por um lado, há quem considere o
trabalho de crescimento pessoal como um projeto a longo prazo, que não importa
muito e que só deve ocorrer quando todas as condições estiverem favoráveis.
Para quem pensa assim, a vida é apenas a soma dos dias, meses e anos. Por outro
lado – e felizmente! – existem aquelas pessoas que percebem o quanto vale à
pena cada esforço para se tornar melhor, mais humano e sensível às questões
sociais. Estas são verdadeiras vitoriosas da indiferença, sobreviventes dos
valores educacionais e incansáveis precursores de um mundo mais equilibrado moralmente.
A Educação está aí meio, cuja presença marcante é fácil de sentir nas
atitudes de gentileza e otimismo; no interesse pelo desenvolvimento da ciência,
que contribui para condições de vida mais digna; nas discussões sobre o meio
ambiente e as maneiras responsáveis de deixá-lo habitável; nas questões sociais
que tentam mitigar as desigualdades; nos assuntos onde a sustentabilidade é
vista como aliada para construção de um futuro mais proveitoso para as próximas
gerações.
A garantia de que 2015 será, realmente, “novo” está na postura de cada
um, na realização de projetos individuais e coletivos, inovação, elaboração,
construção; aproveitamento de tudo o quanto pode ser transformado e
reutilizado; busca de uma vida verdadeiramente saudável. Na basta desejar, é
necessário mudar!
O tempo segue sempre em sentido único, sem opção de retorno. A nossa
vida é, portanto, uma estrada que precisa ser trabalhada. O bom disso é que só
depende de nós. E os resultados? Estes beneficiam quem tiver a honra de pertencer
ao nosso ciclo de convivência, perto ou um pouco mais distante.
Pense nisso! Faça, você mesmo, um feliz 2015 !
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