Foi durante a pandemia de COVID-19 que muita gente aproveitou o maior tempo em casa para consumir mais pela internet.
Já se vão dois anos que novos hábitos de consumo foram
instalados em definitivo e muita gente não quer saber de abandoná-los.
Mais do que apenas consumir por um site ou aplicativo, a
sensação de receber algo em casa e a necessidade de comprar novamente pode
denunciar mudanças na motivação para comportamentos específicos.
Compras online e o sistema de recompensas
Para entender como as compras online influenciam nosso
cérebro, precisamos entender que o nosso órgão mais importante, o cérebro,
possui diversas substâncias químicas que são liberadas para equilibrar os
comportamentos e também permitir que sejamos adaptáveis.
A neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro,
Livia Ciacci explica que a motivação é a condição gerada pelo cérebro que
determina a organização, priorização e realização de comportamentos específicos
para um objetivo.
“No cérebro, de forma mais simples, podemos entender os
sistemas de recompensas em dois momentos. Primeiro a busca, que chamamos de
motivação, que é se movimentar para atingir aquele objetivo. Segundo é a
recompensa propriamente dita, a sensação de prazer causada pelo alcance do
objetivo.”
A dopamina e o prazer no cérebro
É comum encontrarmos pessoas e textos dizendo que a
dopamina é o neurotransmissor do prazer. A especialista explica que isso não é
correto por dois motivos:
• A
dopamina não atua sozinha no nosso cérebro. No circuito da motivação também
estão os neurotransmissores glutamato e o gaba. Na sensação de prazer ainda
entram em jogo a serotonina, ocitocina e noradrenalina;
• A
dopamina é a molécula do desejo, da vontade, e não do prazer em si.
Esses neurônios e todo o balé de moléculas químicas são cruciais para que aconteça o “reforço por recompensa”.
“Por exemplo, se eu acesso um site cheio de fotos de
roupas, objetos, pessoas felizes usando os produtos, cupons de desconto ou
assisto vídeos de pessoas abrindo pacotes, estou estimulando as áreas dos
desejos, que serão responsáveis por criar o comportamento de busca do prazer,
que no caso é realizar a compra. Se eu realizo a compra e a experiência é
realmente prazerosa (a entrega é rápida e o produto é bom), as áreas de
recompensa aprendem que aquele comportamento é bom, e fica mais fácil
repeti-lo”, detalhou a neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro,
Livia Ciacci.
Quando o consumo pode ser prejudicial?
Até aí tudo bem, porque é esse circuito que permite que o
cérebro avalie cada experiência, aprenda e repita os comportamentos que “deram
certo”. O problema, segundo a especialista, está quando há excesso, quando o
comportamento de compra se torna repetitivo a ponto de atrapalhar as outras
áreas da vida da pessoa.
“Muitas pessoas, quando estão em momentos de angústia,
depressão ou mesmo tédio, buscam a realidade virtual como uma forma de
enfrentamento ou de procrastinação das dificuldades da vida – e quando
encontram oportunidades muito atraentes de consumo online, podem exagerar ou
chegar a um comportamento compulsivo. Geralmente esses internautas já trazem
consigo uma baixa capacidade de enfrentamento e autocontrole”, alertou a
especialista.
Ela destaca ainda que, o ideal, para manter o cérebro saudável,
é manter a variedade e novidade de estímulos e se motivar por diferentes
condições naturais: Estudos e aprendizado, relacionamentos e socialização,
viagens e autocuidado, por exemplo.
O controle inibitório no cérebro
Identificar que
algo está errado é o primeiro passo para uma mudança que pode resultar em uma
vida mais plena e feliz. Embora o cérebro goste muito do prazer rápido, é a
disciplina que o levará a alcançar grandes e palpáveis objetivos.
Se as compras por impulso são um problema; trabalhar a
inibição ou o controle inibitório será fundamental para controlar respostas
impulsivas e automáticas.
“Uma prática que contribui para este desenvolvimento é a
ginástica para o cérebro, que trabalha o controle inibitório, ajuda a regular
as melhores posturas de acordo com o meio social e ainda faz uma projeção
futura que auxilia na flexibilidade mental. Quando possuo controle inibitório,
estou dando direcionamento aos meus desejos. Tudo isso pode acontecer na nossa
cabeça várias vezes por dia. A grande diferença estará no valor que eu atribuo
àquele objetivo em especial – esse valor vai alimentar a motivação, e a
motivação vai nos colocar em movimento para colocar o plano em prática”,
concluiu.
Treino do cérebro como estratégia
A Ginástica para o cérebro é um conjunto de atividades sistematizadas com base nos pilares: novidade, variedade e desafio crescente. Com a prática os alunos desenvolvem habilidades cognitivas, como memória, raciocínio e criatividade; socioemocionais, como flexibilidade, autocontrole, autoconfiança e desenvolvem habilidades éticas. No Brasil, o SUPERA Ginástica para o Cérebro é a empresa pioneira neste tipo de serviço e oferece um curso de desenvolvimento cognitivo para todas as idades.
Para reflexão:
Quanto mais tempo você parar pensando que tem um problema, menos tempo você terá para encontrar uma solução. “Autor desconhecido”
Você sabia:
O esforço é justamente o que nos prepara para o próximo obstáculo a ser enfrentado. Quem se recusa a fazer este esforço termina sem condições de vencer a batalha seguinte, e jamais consegue realizar grandes voos.
Resposta do desafio de Maio:
Qual cor é elétrica?
Resposta: Rosa choque
Desafio de Junho:
Qual o meio de transporte que não faz curva?
Reposta do desafio na próxima edição.
Serviço:
Método Supera - Ginástica para o Cérebro
Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP
02-4270)
Unidade Madalena
Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.
Telefone: (81) 3236-2907
Unidade Boa Viagem
Telefone: (81) 30331695
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