Gazeta da Torre
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O Sr Antônio com sua burrinha na Prévia de 2017 do Bloco CUMÊRO MÃE |
Entre os blocos carnavalescos que animavam o carnaval da
Madalena, destacamos o “Língua Ferina”, que nasceu na área do Mercado da
Madalena por volta de 1958, do entusiasmo de um grupo de foliões: Antônio
Tibúrcio (Sapataria Trovão), Zé Targino, Antônio Conrado, Cosmo, Zé do Pão,
Bebê, entre outros. Na época, o porta-estandarte era de papelão, onde
apresentava o desenho de uma mulher com a língua que chegava até os pés,
fazendo jus ao nome. Em sua comissão de frente, o destaque era o Arlindo de
Souza Leão, que saía fantasiado de baiana, com direito à maquiagem e depilação
nas pernas, um verdadeiro sucesso entre os presentes. A orquestra era afinada,
causava a maior animação entre os foliões que faziam levantar a poeira (naquele
tempo, as ruas não eram asfaltadas, o piso era de barro).
Pela lei da natureza, com o passar dos anos, o bloco foi
perdendo seus fundadores, motivo principal que causou o apagar das luzes do
bloco “Língua Ferina”. O fim de uma grande história que ficou marcada nas vidas
das pessoas que a presenciaram.
Naquele tempo, existiam muitos espaços para os blocos de
rua desfilarem sem causar problemas referentes à mobilidade, à densidade
populacional e o número de veículos era pequeno. Hoje, com o crescimento
populacional e um drástico aumento na frota de veículos, os desfiles dos blocos
de rua ficaram inviáveis. Atualmente, uma pequena interrupção no fluxo de
trânsito pode acarretar grandes engarrafamentos em questão de minutos.
Infelizmente é a realidade.
Mas, como diz o título da música “O show tem que continuar”,
do Grupo Fundo de Quintal, em 2011, em um bate-papo na mesa do Restaurante João
da Carne de Sol, Socorro Teixeira, Érico Teixeira e Gustavo, resolveram fundar
o bloco “CUMÊRO MÃE AGORA TÔ AQUI”, onde a ideia era circular o bloco na área
interna do Mercado da Madalena e, consequentemente, renascer e tornar vivas as
tradições de carnavais passados com algumas mudanças de estilo.
É claro que as dificuldades foram grandes como ainda são
hoje, mesmo com ajuda de alguns comerciantes do bairro. Nos primeiros anos o
estandarte foi confeccionado pela fundadora Socorro com ajuda da filha. Já
Érico e Gustavo ficaram com a função de levantar dinheiro para os custos do
bloco, vendendo cervejas nas prévias de carnaval. Nada fácil, mas atitude
bastante significativa para o bloco sobreviver.
Neste ano de 2018, o bloco “CUMÊRO MÃE AGORA TÔ AQUI”,
irá circular no Mercado da Madalena no dia 3 de Fevereiro. As informações sobre
vendas de camisas e outros assuntos referentes ao bloco estarão disponíveis no
Box Nathur, da comerciante Socorro, Mercado da Madalena.
VENHA PARTICIPAR!
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