segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O LIMIAR DA EDUCAÇÃO - Dezembro/2013


Como é simples trocar de perfume, experimentar um novo creme dental, testar uma receita diferente, usar mais hidratante do que o habitual, remover a sujeira das lentes dos óculos com um produto específico, incrementar os itens da geladeira, mudar a posição dos móveis da sala, fazer propaganda de botas durante o inverno, consertar um produto útil para o lar, comprar uma agenda. Estas tarefas são simples, mas nem todo mundo faz.

Trocar de médico, só por indicação de alguém; proteger mais a pele se o dia estiver escaldante; estudar para concurso se o salário justificar o esforço; caminhar com o cachorro se ele conseguir ser a melhor companhia para o momento; dar um presente se for possível receber outro em troca. Estas tarefas têm condicionantes, porém são mais praticadas.

Se repararmos detidamente nas mudanças exequíveis da nossa vida, veremos um contrassenso entre o que é possível fazer e não é feito e o que não deve ser, mas resulta muitas vezes repetido.

Falo em mudanças comuns, que são importantes, como também e sobretudo daquelas estruturais, que mexem com a autoestima, ampliando o olhar para dentro de nós mesmos, a fim de verificar o que pode e deve ser corrigido, melhorado e desenvolvido.

Nesse contexto, com treinamentos e exercícios, é possível tirar fotos de qualidade; fazer uma lista de compras com produtos sustentáveis; doar algo útil; reduzir o consumismo e intensificar o interesse pelo bem-estar alheio; olhar um idoso e se ver naquelas condições daqui a algum tempo; cuidar do corpo e da alma; promover paz e combater a guerra. Estas são apenas algumas citações de mudanças vantajosas!

O fato é que a deseducação está presente quando só exigimos mudanças no outro e conosco permanece o orgulho, afastando-nos do dever de solidariedade com o próximo. Para combater essa precariedade social, é preciso coragem e disposição. Não basta simplesmente dizer ou apontar o certo, é imprescindível ter, no âmago, a consciência de que se está fazendo o correto.

O desafio é não esperar! Façamos hoje o que está ao nosso alcance. O tempo não para. Na cronologia, mais um ano se encerra e outro se inicia. E, verdadeiramente, teremos um “Ano Novo” se o fizermos novo, com novas resoluções, mudanças de dentro para fora, qualificando a vida e, consequentemente, nosso ciclo de convivência. Nada acontece se não dermos o primeiro passo. Vamos dispor cada vez mais de coragem no enfrentamento das vicissitudes da vida. Podemos ser otimistas, ao invés de lamentarmos o que não temos. Podemos doar precioso tempo para criaturas necessitadas; perdoar e pedir perdão; adicionar gentileza aos atos, positividade aos pensamentos e controle às verbalizações; agir e não apenas reagir; contribuir para o aprendizado mútuo. Afinal, só é possível dar sugestão profícua para melhorar o sabor do pavê alheio depois do sucesso da nossa receita. Pense nisso!!!

Texto da escritora e colaboradora do Gazeta da Torre,  Evalda Carvalho.


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