Trocar de
médico, só por indicação de alguém; proteger mais a pele se o dia estiver
escaldante; estudar para concurso se o salário justificar o esforço; caminhar
com o cachorro se ele conseguir ser a melhor companhia para o momento; dar um
presente se for possível receber outro em troca. Estas tarefas têm
condicionantes, porém são mais praticadas.
Se repararmos
detidamente nas mudanças exequíveis da nossa vida, veremos um contrassenso
entre o que é possível fazer e não é feito e o que não deve ser, mas resulta
muitas vezes repetido.
Falo em
mudanças comuns, que são importantes, como também e sobretudo daquelas
estruturais, que mexem com a autoestima, ampliando o olhar para dentro de nós
mesmos, a fim de verificar o que pode e deve ser corrigido, melhorado e
desenvolvido.
Nesse
contexto, com treinamentos e exercícios, é possível tirar fotos de qualidade;
fazer uma lista de compras com produtos sustentáveis; doar algo útil; reduzir o
consumismo e intensificar o interesse pelo bem-estar alheio; olhar um idoso e
se ver naquelas condições daqui a algum tempo; cuidar do corpo e da alma;
promover paz e combater a guerra. Estas são apenas algumas citações de mudanças
vantajosas!
O fato é que
a deseducação está presente quando só exigimos mudanças no outro e conosco
permanece o orgulho, afastando-nos do dever de solidariedade com o próximo.
Para combater essa precariedade social, é preciso coragem e disposição. Não
basta simplesmente dizer ou apontar o certo, é imprescindível ter, no âmago, a
consciência de que se está fazendo o correto.
O desafio é
não esperar! Façamos hoje o que está ao nosso alcance. O tempo não para. Na
cronologia, mais um ano se encerra e outro se inicia. E, verdadeiramente,
teremos um “Ano Novo” se o fizermos novo, com novas resoluções, mudanças de
dentro para fora, qualificando a vida e, consequentemente, nosso ciclo de
convivência. Nada acontece se não dermos o primeiro passo. Vamos dispor cada
vez mais de coragem no enfrentamento das vicissitudes da vida. Podemos ser
otimistas, ao invés de lamentarmos o que não temos. Podemos doar precioso tempo
para criaturas necessitadas; perdoar e pedir perdão; adicionar gentileza aos
atos, positividade aos pensamentos e controle às verbalizações; agir e não
apenas reagir; contribuir para o aprendizado mútuo. Afinal, só é possível dar
sugestão profícua para melhorar o sabor do pavê alheio depois do sucesso da
nossa receita. Pense nisso!!!
Texto da escritora e colaboradora do Gazeta da Torre, Evalda Carvalho.
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