domingo, 16 de junho de 2013

Bairro da Torre: DOCE e PIMENTA

Existem inúmeras práticas sexuais que, sob algum aspecto, divergem do socialmente aceito como “normal”. Tais práticas, embora não sejam vistas como patológicas, fogem do que é descrito como aceitável pela maioria das pessoas. Assim, conceituam-se como desvios sexuais as situações em que as manifestações de um ou de vá­rios dos aspectos sociais da sexualidade não acompanha as da maioria das pessoas; em outras palavras, seriam desvios as manifestações incomuns.

O uso de acessórios ou brinquedinhos faz parte da sexualidade humana pelas fantasias, fetiches e pela busca do prazer. Cada vez mais aceitos e utilizados eles ajudam em muito a resposta sexual, no desejo, excitação e auge da excitação sexual. Existem muitos mitos, medos e preconceitos quanto ao uso de acessórios. Os terapeutas sexuais os indicam pelo seu grande potencial de intimidade, descoberta e resgate da própria resposta sexual ou dos parceiros, independente da orientação sexual.

A  Gazeta da Torre visitou a Doce e Pimenta Distribuidora de produtos eróticos que há três anos funciona no bairro da Torre. Trabalhando no varejo e atacado sua lista de produtos ultrapassa os mil itens. “Por incrível que pareça não temos um único perfil definido de clientes, são solteiros, casados, namorados, heterosexuais, homosexuais, jovens e idosos”, comenta Paulo Pessoa, gerente da loja.
Alguns dos produtos comercializados na Doce & Pimenta Distribuidora
localizada na Rua José Bonifácio, 506 Torre - f. 3039.3042
A variedade de produtos na loja é de impressionar. Podemos encontrar géis excitantes tensificadores, géis excitantes vibradores, acessórios com formato ou sem formato com 16 velocidades e a prova d”água, gloss labial térmico, potes de colágeno para firmeza dos seios e bumbum, tem até boneca inflável que geme e com a parte íntima de cyber skim (textura semelhante ao da parte íntima da mulher).

Casos curiosos também surgem com frequência. “Há casos que o casal leva uma boneca inflável, com a compra decidida pela mulher, para satisfazer o seu parceiro na fantasia com duas parceiras. E casos de compra de acessórios por casais, para satisfazer a parceira na fantasia com dois parceiros”, formas encontradas para não existir a terceira pessoa, relata Paulo.
De acordo com as informações recebidas, as mulheres aparecem com mais freqüência do que os homens para a compra dos produtos.  A psicóloga clínica Suzy Maurício em entrevista a Gazeta de Alagoas declarou que a mulher, hoje, é protagonista e atuante, conhecedora de seu corpo, permitiu-se descobrir a si mesma na esfera sexual (desejo e prazer) as relações afetivas mudaram e a primeira vez acontece antes do casamento, em muitos casos. Mudou a forma de encarar e atuar numa relação sexual, sendo homens e mulheres atuantes, muito aquém da questão de gênero.

Muita gente ainda morre de vergonha, enquanto outras morrem mesmo é de curiosidade. Mas as sex shops, ou butiques eróticas, povoam o imaginário de homens e mulheres que desejam sair da rotina e criar novas formas de obter prazer sozinhos ou acompanhados. Paulo Pessoa conclui que trabalhando com muita seriedade, usando de palavras coerentes e nada ofensivas ou apelativas, faz com que as pessoas se sintam mais confortáveis e à vontade para escolher os produtos desejados.
Como afirma Samanta Fonseca, Psicóloga, Terapeuta Sexual e Grafóloga pela USP e Diretora do Centro de Orientação e Desenvolvimento da Sexualidade: “Respeitando-se as crenças, religiões e conceitos pessoais, a utilização de acessórios sexuais é comum, aceitos mundialmente e quando utilizados de forma adequada levarão ao aumento da fantasia, imaginação, desejo, excitação e com certeza um maior prazer sexual”.

Redação Gazeta da Torre

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