O uso de acessórios ou brinquedinhos faz parte da sexualidade humana pelas fantasias, fetiches e pela busca do prazer. Cada vez mais aceitos e utilizados eles ajudam em muito a resposta sexual, no desejo, excitação e auge da excitação sexual. Existem muitos mitos, medos e preconceitos quanto ao uso de acessórios. Os terapeutas sexuais os indicam pelo seu grande potencial de intimidade, descoberta e resgate da própria resposta sexual ou dos parceiros, independente da orientação sexual.
A Gazeta da
Torre visitou a Doce e Pimenta Distribuidora de produtos eróticos que há três
anos funciona no bairro da Torre. Trabalhando no varejo e atacado sua lista de
produtos ultrapassa os mil itens. “Por incrível que pareça não temos um único
perfil definido de clientes, são solteiros, casados, namorados, heterosexuais,
homosexuais, jovens e idosos”, comenta Paulo Pessoa, gerente da loja.
Alguns dos produtos comercializados na Doce & Pimenta Distribuidora localizada na Rua José Bonifácio, 506 Torre - f. 3039.3042 |
Casos curiosos também surgem com frequência. “Há
casos que o casal leva uma boneca inflável, com a compra decidida pela mulher,
para satisfazer o seu parceiro na fantasia com duas parceiras. E casos de
compra de acessórios por casais, para satisfazer a parceira na fantasia com
dois parceiros”, formas encontradas para não existir a terceira pessoa, relata
Paulo.
De acordo com as informações recebidas, as mulheres
aparecem com mais freqüência do que os homens para a compra dos produtos. A psicóloga clínica Suzy Maurício em
entrevista a Gazeta de Alagoas declarou que a mulher, hoje, é protagonista e
atuante, conhecedora de seu corpo, permitiu-se descobrir a si mesma na esfera
sexual (desejo e prazer) as relações afetivas mudaram e a primeira vez acontece
antes do casamento, em muitos casos. Mudou a forma de encarar e atuar numa
relação sexual, sendo homens e mulheres atuantes, muito aquém da questão de
gênero.
Muita
gente ainda morre de vergonha, enquanto outras morrem mesmo é de curiosidade.
Mas as sex shops, ou butiques eróticas, povoam o imaginário de homens e
mulheres que desejam sair da rotina e criar novas formas de obter prazer sozinhos
ou acompanhados. Paulo Pessoa conclui que trabalhando com muita seriedade,
usando de palavras coerentes e nada ofensivas ou apelativas, faz com que as
pessoas se sintam mais confortáveis e à vontade para escolher os produtos
desejados.
Como
afirma Samanta Fonseca, Psicóloga, Terapeuta Sexual e Grafóloga pela USP e
Diretora do Centro de Orientação e Desenvolvimento da Sexualidade: “Respeitando-se
as crenças, religiões e conceitos pessoais, a utilização de acessórios sexuais
é comum, aceitos mundialmente e quando utilizados de forma adequada levarão ao
aumento da fantasia, imaginação, desejo, excitação e com certeza um maior
prazer sexual”.Redação Gazeta da Torre
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