segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Demência e doença de Alzheimer, tem diferenças? Entenda

 
A demência e a Doença de Alzheimer são frequentemente mencionadas juntas, o que pode gerar confusão sobre o que cada termo significa e se eles são sinônimos. Compreender a diferença entre demência e a Doença de Alzheimer é importante para identificar sintomas, buscar diagnósticos precisos e adotar estratégias adequadas de cuidado, principalmente para as pessoas idosas, que são as mais afetadas por essas condições.

Demência é um termo genérico utilizado para descrever um conjunto de sintomas que afetam funções cognitivas, como a memória e a linguagem, de forma progressiva e significativa. Pode ser causada por diversas doenças ou condições que resultam em danos ao cérebro, como a Doença de Alzheimer, demência vascular, demência com corpos de Lewy, demência frontotemporal, entre outras.

Os prejuízos para as funções cognitivas causados pelas demências, geram também comprometimento para a funcionalidade, com a redução da capacidade de realização de atividades de vida diária, sejam elas simples ou complexas, a depender do grau de acometimento.

A Doença de Alzheimer é uma das causas mais comuns de demência, sendo responsável por cerca de 60% dos casos. Trata-se de uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta o cérebro, levando à perda gradual da memória e de outras funções cognitivas. Embora a Doença de Alzheimer seja mais comum em pessoas idosas, ela não é decorrente do processo de envelhecimento considerado natural.

A Doença de Alzheimer é caracterizada pelo acúmulo de placas beta-amiloide e emaranhados de proteína TAU no cérebro, que danificam e destroem as células nervosas. Isso resulta em uma deterioração lenta e contínua das funções cognitivas, começando geralmente com a perda da memória recente, seguida de confusão, desorientação, dificuldades na fala e na escrita, e alterações no comportamento.

A principal diferença entre demência e a Doença de Alzheimer é que a demência é um termo mais abrangente, referindo-se a um grupo de sintomas que podem ser causados por várias doenças, enquanto a Doença de Alzheimer é uma condição específica que provoca demência. Em outras palavras, a Doença de Alzheimer é apenas uma das várias causas possíveis de demência.

Outra diferença é que os sintomas de demência podem variar dependendo da causa subjacente. Por exemplo, na demência vascular, os sintomas podem surgir de forma abrupta após um derrame ou em decorrência de pequenos vasos sanguíneos danificados no cérebro, o que pode resultar em declínios cognitivos que diferem dos observados na Doença de Alzheimer.

Além disso, a progressão da Doença de Alzheimer costuma ser mais lenta e previsível, começando com sintomas leves que se agravam gradualmente ao longo dos anos. Já outras formas de demência podem ter um curso mais variável, com períodos de estabilidade seguidos de declínios súbitos.

Um diagnóstico diferencial preciso é fundamental para garantir que a pessoa idosa receba o tratamento e o apoio adequados. Embora não haja cura para a Doença de Alzheimer ou outras formas de demência, intervenções precoces podem ajudar a gerenciar os sintomas, melhorar a qualidade de vida e prolongar a autonomia do indivíduo. O tratamento pode incluir medicamentos, terapias cognitivas e comportamentais, além de suporte psicológico tanto para a pessoa afetada quanto para seus cuidadores.

Exames clínicos, avaliações cognitivas, exames de imagem cerebral e análises laboratoriais são utilizados para a investigação e distinção entre a Doença de Alzheimer e outras formas de demência. Esse diagnóstico detalhado é essencial para planejar os cuidados a longo prazo e envolver a pessoa idosa e sua família no processo de tomada de decisões sobre o tratamento e o manejo da doença.

Entender as diferenças entre demência e Doença de Alzheimer é importante não apenas para profissionais de saúde, mas também para familiares e cuidadores que lidam diariamente com pessoas idosas afetadas por essas condições. O conhecimento sobre essas diferenças pode contribuir para uma abordagem mais empática e informada, facilitando a adaptação às necessidades específicas da pessoa idosa e promovendo um ambiente de cuidado mais adequado.

Ao reconhecer que a Doença de Alzheimer é uma das causas mais comuns de demência, mas não a única, é possível buscar um diagnóstico mais preciso e, consequentemente, um cuidado mais direcionado. Dessa forma, podemos melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas que vivem com demência e de seus familiares, proporcionando o suporte necessário para enfrentar os desafios dessa condição.

Assinam este texto:

Profª Gabriela dos Santos – Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Gerontologia pela Universidade de São Paulo (USP), Graduada em Gerontologia pela USP. Membro do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo da Universidade de São Paulo.

Profa. Dra. Thais Bento Lima da Silva. Gerontóloga (USP). Mestra e Doutora em Neurologia Cognitiva e do Comportamento, pela Faculdade de Medicina da (USP). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer- Regional São Paulo. É parceira científica do Método Supera.

Para reflexão:

Como disse o filósofo NORBERTO BOBBIO.

 “SOMOS O QUE RECORDAMOS”

Não se pode falar sobre o que não conhece.

Não se pode fazer o que não sabe.

Não se pode nada que não esteja na memória.

A MEMÓRIA NO FAZ ÚNICOS

Você sabia:

Com cerca de 1,2kg, o cérebro de Albert Einstein era um pouco menor que a média. Poucas horas depois de sua morte, seu cérebro foi retirado, cortado em 240 partes e preservado em jarros com formaldeído.

Resposta do desafio de Agosto.

Como podemos tirar 1 de 4 e ficarmos com 5?

Resposta: Em algarismo romano: IV exclui-se o número IV, reposta cinco em algarismo romano V.

Desafio de Setembro.

São dois vizinhos. Um não vai à casa do outro. Os dois não e vêem por causa de um morrinho.

Você sabe quem somos?

Resposta na próxima edição:

Serviço:

Método Supera - Ginástica para o Cérebro

Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP 02-4270)

Unidade Madalena

Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.

Telefone: (81) 30487906

Unidade Boa Viagem

Telefone: (81) 30331695

Haddad: até 600 sites de bets serão banidos do país nos próximos dias

 Gazeta da Torre

Até 600 sites de apostas online, as chamadas bets, poderão ser banidos do Brasil nos próximos dias se estiverem irregulares em relação à legislação aprovada pelo Congresso Nacional, disse hoje (30) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O bloqueio dos sites deverá ser feito pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “A primeira providência será banir do espaço brasileiro as bets não regulamentadas. Há cerca de 500 ou 600 sites de apostas que vão sair do ar nos próximos dias, porque a Anatel vai bloquear no espaço brasileiro o acesso a esses sites”, disse o ministro.

Em entrevista à rádio CBN, o ministro recomendou que os apostadores façam o resgaste imediato do dinheiro para evitar perdas.

"Se você tem algum dinheiro em casa de aposta peça a restituição já, porque você tem o direito de ter seu valor restituído. Já estamos avisando todo mundo”, alertou.

Durante a entrevista, o ministro disse ainda que o governo vai coibir o mau uso das apostas, limitando as formas de pagamento e regulamentando a publicidade das empresas. Além disso, o ministério deverá fazer um acompanhamento das apostas por CPF.

"Vamos acompanhar CPF por CPF a evolução da aposta e do prêmio para evitar duas coisas: quem aposta muito e ganha pouco está com dependência psicológica do jogo e, quem aposta pouco e ganha muito, está geralmente lavando dinheiro. Temos que coibir o problema, o agravamento de questões de saúde pública e a questão do crime organizado que usa a bet para lavar dinheiro.”

No caso da publicidade das bets, o ministro ressaltou que ela está "completamente fora de controle” e que amanhã (1º) vai se reunir com entidades do setor para discutir o assunto.

“Assim como tem regulação de fumo e de bebida alcoólica, temos que ter o mesmo zelo em relação aos jogos”, afirmou.

Arcabouço

Durante a entrevista, o ministro destacou que está pedindo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que mantenha as despesas do governo dentro do arcabouço fiscal.

“Esta é uma preocupação do Ministério da Fazenda bastante incisiva. Inclusive estamos pedindo ao presidente para recolocar algumas questões. Para nós, é essencial manter as despesas dentro do arcabouço fiscal. Para nós, é uma questão importante.”

“Nada contra pensar em um programa [de governo], aperfeiçoar um programa, mas tem de ser dentro do arcabouço”, reforçou o ministro. “O mantra da Fazenda é diminuir o imposto fiscal e melhorar condições macroeconômicas para as famílias e as empresas investirem.”

Para Haddad, o arcabouço fiscal é o “caminho para reequilibrar as contas públicas e continuar crescendo com baixa inflação” e extremamente necessário. “Se sairmos desse roteiro, vamos repetir o erro de 2015 a 2022, quando a economia não cresceu e o gasto público disparou. Não foi bom para a economia brasileira esse período. Temos que inverter a lógica”.

Segundo o ministro, quanto mais as regras fiscais forem respeitadas, maior será o espaço para o Banco Central voltar a cortar os juros.

Fonte: Agência Brasil

- divulgação -

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

As várias faces dos incêndios no Brasil

 Gazeta da Torre

Professor Marcos Buckeridge

Os incêndios que estamos acompanhando em 2024 são, em parte, devidos a eventos naturais e, em parte, por ação dos seres humanos, apresenta Marcos Buckeridge, professor do Instituto de Biociências da USP. A questão se as mudanças climáticas têm a ver com o que está acontecendo não é uma pergunta com resposta simples. Isto porque os incêndios que vemos acontecer no Brasil (e no mundo) fazem parte de um processo que se repete constantemente. Só no Cerrado brasileiro, já se sabe, a partir de análises do carvão armazenado em solos profundos, que há incêndios se repetindo há mais de 30 mil anos. Sempre há incêndios, esteja ou não o ser humano presente, pois o material produzido no Cerrado por uma ou mais estações secas fica na superfície e, se a região for propensa a ter tempestades elétricas, a ignição ocorre naturalmente.

Há também a regra do 30-30-30, ou seja, temperatura acima de 30 graus num momento em que a umidade seja menor do que 30% e vento acima de 30 km/h. Portanto, uma vez que condições como estas estejam vigentes, basta a ignição, que pode ser um raio ou uma bituca de cigarro atirada de um automóvel trafegando por uma estrada ao atravessar, digamos, uma região de plantação de cana. O ponto principal está, portanto na ignição. Não temos (ainda) como controlar as tempestades elétricas, mas não atirar a bituca de cigarro é algo muito fácil de evitar. Esses dois meios de ignição são acidentais. Há um terceiro, que está relacionado à psicologia. Segundo me contou um bombeiro que combate incêndios em São Paulo, algumas pessoas têm problemas psicológicos, ou seja, são incendiárias e precisam de tratamento. Outros são realmente criminosos e causam incêndios para prejudicar outras pessoas ou por dinheiro.

Os grandes incêndios ocorrem quando o sistema fica muito tempo sem queimadas. Nesses casos, uma vez que o incêndio é iniciado, se espalha muito rápido e é extremamente difícil de controlar. Foi por isso que os ocupantes das regiões de Cerrado, muito antes dos europeus, foram desenvolvendo técnicas de queima controlada, atuando para diminuir a biomassa e com isso evitar os grandes incêndios.

O bioma que queima mais fácil é o Cerrado, pois há muita palha (gramíneas secas). Mas este tipo de fogo é rápido e não permite ao calor penetrar muito no solo. Isto é importante, pois muitas plantas do Cerrado desenvolveram sistemas com órgãos subterrâneos que brotam depois do fogo. Se a penetração do calor for muito profunda, pode matar grande parte das plantas, e o Cerrado irá rebrotar somente com as sobreviventes, demorando muito mais para regenerar. Por isso, quando não há queimadas controladas (como fazem os povos originários há muito tempo), grandes incêndios ocorrem e é aí que o desastre é muito grande, com perda de plantas, animais e danos até aos microrganismos do solo, sem falar dos moradores da região. No Pantanal, há fisionomias de Cerrado, e também raios, o que serve como ignição e leva aos incêndios. As matas ciliares, cheias de árvores e com jeito de floresta, no período seco acabam queimando também.

Já na Mata Atlântica e Amazônia, queimar é bem mais difícil por causa da umidade que raramente cai abaixo de 30%. Mas se a seca for muito forte, podemos ter queimadas em florestas também. Aí o desastre é maior ainda, pois a recuperação demora bem mais. Pode durar décadas até que a floresta se regenere.

Em regiões onde temos fragmentos de florestas, como no Estado de São Paulo, o problema é que as queimadas que pegam a cana podem invadir fragmentos de florestas, causando a perda do pouco que nos resta.

Já aprendemos que há uma ordem nos compostos que vão queimando e que tudo depende de quanta energia há no processo de queima. Isso é importante, pois há fogos que são rápidos e outros mais demorados. Se pegar fogo em troncos de árvores, principalmente as que têm resinas, pode queimar por muito tempo e impedir ações efetivas para deter o incêndio.

Conforme as plantas vão queimando, primeiro saem os materiais voláteis, que vão reagindo e se transformando em outras moléculas, muitas delas substâncias prejudiciais à saúde, inclusive cancerígenas. Os materiais que exigem mais energia para queimar acabam mandando material mais grosso (partículas maiores) para a atmosfera e, dependendo das correntes de ar, podem sair lá da Amazônia ou mesmo da Bolívia e chegar ao Sudeste do Brasil. Se não chover, todo esse material fica suspenso no ar e aí é que se forma essa grande “nuvem de fumaça” que estamos vendo em vários lugares do Brasil. Quem sofre, nesse caso, são os nossos pulmões, os dos outros animais e até as plantas, que podem ter seus processos fisiológicos alterados por compostos presentes na fumaça.

Em 2019, tivemos um episódio de “chuva preta” que escureceu o céu de São Paulo em plena luz do dia e trouxe material particulado na direção da cidade. Agora, este mesmo fenômeno está ainda mais amplo e sendo visto em Porto Alegre. O material particulado que veio parar em São Paulo carregou desde partículas pequenas até pedaços de plantas. Esses materiais vão caindo onde chove e transferindo a poluição do ar para a água.

Até agora falei do fogo como algo que tem parte natural e parte humana no caso da ignição. Mas as atividades humanas vão mais longe. O aumento de temperatura devido às mudanças climáticas globais vem se tornando um fator importante na ampliação dos focos de incêndio no Brasil e no mundo.

Para entender esse lado da ação humana, é útil compreender como as variações climáticas podem se combinar na forma de uma “tempestade perfeita” (caso do Rio Grande do Sul, por exemplo). O papel do aumento de temperatura relacionada às ações humanas vem ficando cada vez mais importante e se tornando o vilão dos vilões do clima. Um exemplo é que a ciência já aponta para o fato de que o aumento de temperatura no Cerrado poderia ter potencial para eliminar o “ponto de orvalho”, que é o que umedece tudo de manhã. Sem umidade no solo, perde-se uma das últimas barreiras para atenuar os efeitos da queimada e, com isto, a perda de biodiversidade pode ser enorme.

Em locais como a Amazônia e a Mata Atlântica, o “ponto de orvalho” ainda não seria afetado, a não ser nas bordas dessas florestas. E se pegar fogo numa onda de seca muito forte, como esta de 2024 – ou, pior ainda, como a de 2013/2014, quando não choveu no verão – aí teremos incêndios de dimensões ainda maiores do que os que estamos vendo agora.

Tudo isso se relaciona com a situação de “tempestade perfeita”: clima “adequado” para o fogo (30-30-30), raios, psicologia social e mudanças climáticas. Esta é a condição incendiária que estamos vivendo em 2024 no Brasil.

Não bastassem os problemas apontados acima, podemos ter consequências igualmente catastróficas na nossa economia. Isto porque incêndios de grandes proporções podem afetar negativamente a nossa agricultura, atividade de grande importância econômica para o Brasil. Aí tem vários ângulos pelos quais podemos olhar. O material particulado age negativamente (diretamente) sobre as plantas, causando efeitos tóxicos.

Ainda sabemos pouco sobre como as substâncias produzidas pela queimada podem agir. Há inúmeras hipóteses. Uma delas é que compostos como etileno, que é um hormônio vegetal, possam causar “confusão” na produção de frutos e no “amadurecimento” da cana no campo. O material particulado também tapa o Sol e diminui a fotossíntese. Se esse material ficar muito tempo suspenso no ar e as plantas “perderem” várias semanas de fotossíntese, pode até haver impacto na produção agrícola de plantas como soja, milho e cana, os carros-chefes do sistema de produção agrícola brasileiro.

No meu laboratório temos trabalhado com plantas de soja cultivadas em alto CO2 em combinação com seca e alta temperatura. Já vimos que o efeito do CO2, que parecia benéfico, quando combinado com os dois estresses, torna a produção de sementes negativa. Juntando tudo isso com a fumaça e menos fotossíntese, é possível que a produção possa ser, sim, afetada. Se não for neste ano será no próximo, ou ainda no outro ano, já que, com as mudanças climáticas, a situação tende a ficar cada vez pior.

Se a situação piorar muito, as preparações que fizermos poderão se tornar o que chamamos “enxugar gelo”, já que não teremos como controlar os incêndios, o que pode criar uma situação realmente caótica. Apesar dos frequentes alertas, os governos têm dado resposta muito lenta com planos que atenuem os efeitos catastróficos que temos presenciado.

O que está acontecendo em setembro de 2024 é mais um alerta que se junta ao que tivemos com o evento no Rio Grande do Sul em maio deste mesmo ano. Um alerta de que os piores efeitos das mudanças climáticas já estão começando a nos cercar.

Fonte: Jornal da USP

- divulgação -

terça-feira, 17 de setembro de 2024

A calistenia é a terceira modalidade com mais interesse no mundo

 Gazeta da Torre

Fazer exercícios físicos ao ar livre está virando moda em todo o mundo, e é a calistenia que está em alta. Um método utilizado para a prática de exercícios físicos com apenas o peso do próprio corpo como resistência, podendo ser realizada sem a necessidade de utilização de equipamentos ou infraestrutura. O próprio termo “calistenia”, tem origem grega e é a união das palavras kallos, que significa beleza, e sthenos, que significa força. Remetendo ao ideal grego de exaltação do corpo atlético.

Essa modalidade ganhou muita popularidade durante a pandemia, período no qual as academias estavam fechadas, devido ao distanciamento social, e por poder ser realizada ao ar livre e sem a necessidade de equipamentos a prática se difundiu. A calistenia, desde então, ganhou muitos praticantes, e, mesmo com o fim da pandemia, os adeptos não param de surgir. Atualmente, é a terceira modalidade esportiva com mais interesse no mundo, segundo uma revista acadêmica do The American College Sport of Medicine.

Para o professor da Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP) da USP, Carlos Roberto Bueno Júnior, a prática promove diversos benefícios para a saúde. “A calistenia desenvolve, em certa medida, o aumento da força, da massa muscular, também melhora a capacidade cardiorrespiratória e pode reduzir a gordura corporal e a pressão arterial.” Além disso, Bueno também afirma que a calistenia ajuda em questões de saúde mental: “A modalidade promove benefícios  psicológicos como melhora da autoestima e da autoimagem, além da socialização, quando feita em grupo”. O professor ressalta que o impacto da prática na saúde depende do volume e da intensidade do treino.

No contexto brasileiro no qual, segundo o IBGE, aproximadamente 40% da população é sedentária, a calistenia se apresenta como uma forma acessível e barata de praticar atividades físicas, pois não necessita da infraestrutura de uma academia e pode ser praticada ao ar livre, sem a necessidade de pagar por uma mensalidade.

Porém, o professor alerta que, caso seja realizada de maneira inadequada, existem riscos de saúde relacionados à prática. “Se praticada de forma não adequada há riscos de lesões ósseas, musculares e articulares. Além disso, de forma geral, acelera o trabalho cardíaco, e caso o praticante tenha predisposição a problemas cardiovasculares é preciso o acompanhamento com um profissional de educação física.” Portanto, o professor ressalta que é recomendado o acompanhamento profissional ou, ao menos, buscar instruções de um profissional antes de praticar a calistenia.

Bueno ainda destaca a importância de investimentos na prática da atividade física, seja pelos governos ou empresas privadas, pois uma vez que a população pratica atividade física constantemente se torna mais saudável e há menos gastos com saúde pública. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) e fornecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no site do Conselho Federal de Educação Física (Confef) afirmam que para cada US$ 1 investido no esporte, são economizados cerca de US$ 3 nas ações de saúde. Logo, o investimento em práticas de atividades físicas, como a calistenia, podem trazer benefícios à saúde pública, além de trazer pontos positivos na questão financeira, segundo o professor Carlos Bueno.

Fonte:Jornal da USP

- divulgação -

Cadeiradas nos eleitores

 

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Os 7.3 de Gereré!

O aniversariante Gereré
 Aconteceu no domingo (15), a festa de comemoração de mais um ano de vida do nosso amigo e colaborador Humberto, o famoso Gereré. O aniversário foi comemorado no trailer da Laura (Av. Beira Rio, Madalena).

Chegar aos 73 anos esbanjando saúde não é para qualquer um. Então, nada mais justo do que festejar a data do jeitinho que ele mais gosta: rodeado de amigos e bebidas!

Comemorar o aniversário é o mesmo que agradecer por mais um ano de vida e dar boas-vindas a todas as coisas boas que poderão surgir dali em diante.

Valeu, Gereré!

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Eleição municipal: propostas dos candidatos incluem segurança pública?

 Gazeta da Torre

Apontada frequentemente como um dos principais temas de preocupação da população brasileira em pesquisas de opinião, a segurança pública foi se tornando, ao longo da última década, uma pauta cada vez mais central nos pleitos eleitorais. As disputas para as prefeituras e as câmaras de vereadores que acontecerão neste ano não devem ser diferentes: a tendência é que os índices de criminalidade estejam na ponta da língua dos candidatos, assim como as soluções para reduzi-los. Mas considerando que a Polícia Civil e a Polícia Militar estão vinculadas ao estado e que a Polícia Federal responde ao governo do país, as propostas que têm sido apresentadas em âmbito municipal fazem sentido?

De acordo com pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil, as campanhas municipais costumam articular temas de maior apelo social e nem sempre as medidas sugeridas estão de acordo com as competências das prefeituras. Consequentemente, as verdadeiras atribuições municipais, muitas vezes fragilizadas, deixam de ser amplamente debatidas.

"O apelo político, aliado ao desconhecimento da população sobre as atribuições institucionais dos municípios, cria um terreno fértil para a propagação de informações ilusórias durante as campanhas eleitorais. Isso resulta em promessas focadas no aumento de policiamento, repressão ao crime organizado e combate à violência urbana, frequentemente à custa de discussões mais amplas das causas sociais da criminalidade sobre as quais os municípios poderiam atuar com mais força", diz o sociólogo José Lenho Silva Diógenes, pesquisador da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Em abril, pesquisa feita em municípios cearenses pelo Instituto Opnus indicou a segurança pública como o terceiro tema que deveria ser prioridade para os futuros prefeitos e prefeitas, atrás apenas da saúde pública e da geração de emprego e renda. Na cidade de São Paulo, um levantamento realizado em junho pela Genial Pesquisas e pelo Instituto Quaest mostrou que a violência é o problema mais citado pelos moradores. A segurança pública tem aparecido, em diferentes partes do país, como um assunto que muitas vezes desperta mais preocupação na população do que outros como educação e transporte.

Para diferentes pesquisadores, não há dúvidas de que o tema estará novamente no centro da pauta nas próximas disputas eleitorais. E embora críticos da abordagem que tem sido dada pelas campanhas em geral, eles são unânimes em apontar que a segurança pública merece sim ser discutida nos pleitos que vão eleger prefeitos e vereadores. Consideram que os municípios podem adotar diversas medidas vinculadas ao tema e promover uma abordagem integrada e multissetorial, que inclui ações de prevenção no âmbito da educação, da saúde e do planejamento urbano.

"Segurança pública não é um problema só de polícia. Pelo contrário, você tem uma série de políticas preventivas que podem e devem ser realizadas pelo município e que, exatamente por isso, é preciso entender um pouco melhor como que determinadas vulnerabilidades deságuam em violência", diz Ludmila Ribeiro, pesquisadora do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

"Se você pensar a questão da violência contra mulher e certos casos de furtos e roubos, como os de celular em áreas de grande concentração de pessoas, são crimes que estão muito relacionados com políticas de prevenção que o município pode e deve adotar", acrescenta.

Fonte:Agência Brasil

- divulgação -

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Setembro Lilás: “Despertando a Sociedade para a Saúde do Cérebro” debate a prevenção

Evento gratuito, organizado pelo SUPERA – Ginástica para o Cérebro, chega à sua 6a edição com a participação de especialistas sobre o tema.

Neste Setembro Lilás, mês de conscientização à Doença de Alzheimer, acontece o evento “Despertando a Sociedade para a Saúde do Cérebro”, que chega à sua 6a edição híbrida, 100% gratuita, no próximo dia 14 de setembro, das 8h30 às 12h, com a participação de renomados profissionais da área no Brasil, que vão debater temas importantes relacionados ao envelhecimento saudável.

Organizado pelo SUPERA – Ginástica para o Cérebro e a Associação Brasileira de Gerontologia (ABG), o evento conta com o apoio da Prefeitura de São Paulo, Gaialzheimer, Federação Brasileira das Associações de Alzheimer (Febraz), Associação dos Bolsistas Jica (ABJICA), Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO) e Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), com patrocínio de Biolab, Tena, Knight, Grupo Boticário, Senior Concierge e Duarte Cuidadores.

Dentre os temas do encontro destacam-se:

  “A Doença de Alzheimer é Genética? O que dizem as pesquisas”, com a Dra. Jerusa Smid, Médica Neurologista GNCC-HC-FMUSP;

  “Avanços e Tratamentos na Doença de Alzheimer: o que diz a ciência?”, com a Dra. Sonia Brucki, Coordenadora do GNCC – HC- FMUSP GNCC-HC-FMUSP;

  “Plano Nacional de Demência: Estigmas e Mitos Relacionados às Demências, como Combatê-los”, com a Professora Dra. Elaine Mateus da FEBRAZ – SP e Dr. Leandro Minozzo, Médico Geriatra da FEEVALE;

•  “Direitos da Pessoa com Demência”, com a Advogada Alexsandra Manoel Garcia;

•  “A Estimulação Cognitiva como Fator de Proteção Contra Declínio Cognitivo”, com a Professora Mônica Yassuda  Neuropsicóloga GNCC-HC-FMUSP e EACH-USP e a Professora Thais Bento Lima Gerontóloga e Docente GNCC-HC-FMUSP e EACH-USP;

  “Diálogo entre Cuidadores: Alzheimer – Amor e Acolhimento”, com a Professora Thais Bento Lima Gerontóloga e Docente GNCC-HC-FMUSP e EACH-USP e a Jornalista adjunta Folha de São Paulo, Silvia Haidar.

Os moderadores do evento serão o Diretor do SUPERA Online e organizador do evento Luiz Carlos de Moraes e a jornalista Lilian Liang.

Conscientização

De acordo com dados divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNADC- do IBGE, em dez anos o número de pessoas com 60 anos ou mais passou de 11,3% para 14,7% da população. Em números brutos, esses dados representam um aumento de cerca de 9 milhões de idosos no Brasil, sendo que cerca de 1,76 milhão de pessoas com mais de 60 anos vivem com alguma forma de demência no País (Fapesp 2023). Existem, portanto, muitos desafios com o envelhecimento da população brasileira.

“A 6ª edição do evento vem com muita força, com grandes nomes da ciência e do tratamento às doenças demenciais e à Doença de Alzheimer em nosso País. O SUPERA reforça o seu papel de protagonista na conscientização e prevenção, em parceria com a Associação Brasileira de Gerontologia e demais apoiadores, sempre com o objetivo de trazer ao debate as melhores práticas relacionadas à saúde da pessoa idosa”, afirma Luiz Moraes.

A profa. dra. Thais Bento Lima, gerontóloga e parceira científica do SUPERA – Ginástica para o Cérebro alerta que boa parte das pessoas não têm consciência de sua condição demencial e esses números tendem a aumentar. “Com o aumento da incidência de declínio cognitivo no Brasil, é cada vez mais necessário serviços e profissionais especializados em demências para que pacientes, cuidadores familiares e cuidadores formais possam ter maior qualidade de vida e suporte para lidar com o avanço do quadro clínico da doença”, afirma.

Ela esclarece que a Lei, sancionada no dia 4 de junho deste ano de 2024, para a Política Nacional de Cuidado às Pessoas com Doença de Alzheimer e outras demências, que estava em tramitação desde 2020, traz diretrizes discutidas pela sociedade civil e alinhadas com as recomendações de governança e evidências cientificas da OMS (Organização Mundial de Saúde) e da ADI (Alzheimer’s Disease International).

“Os destaques da Nova Lei são o melhor diagnóstico e tratamento pelo SUS, a capacitação de profissionais de saúde, mais suporte para cuidadores e os programas de amparo a idosos em entidades de longa permanência. Esta lei é fruto do protagonismo e mobilização vigorosa da ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer)”, explica a dra. Thais.

As diretrizes do Plano Nacional em Demência incluem ações de prevenção de novos casos de demência. Cientificamente, sabe-se que um dos fatores neuroprotetores mais importantes é a realização de exercícios intelectuais, popularmente conhecidos como exercícios de ginástica cerebral. Estes exercícios ilustram as metas e as ações estabelecidas pela OMS para a redução de risco de demências.

Sobre o evento

O objetivo é conscientizar a população sobre demências, principalmente sobre a Doença de Alzheimer, com a participação dos maiores especialistas em saúde do cérebro do Brasil! O evento é totalmente gratuito e será presencial no Teatro Gazeta em São Paulo com transmissão online!

👉 INSCREVA-SE:  

https://cadastro.metodosupera.com.br/lp-2024-despertando-a-sociedade-6-edicao

Vamos lá, anote na agenda:

📅 Data: 14 de setembro

Hora: 8h30 às 12h

🚩 Local: Teatro Gazeta SP

Para reflexão:

Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados. “Mahatma Gandhi”

Você sabia:

As redes neurais artificiais (RNAs), que são modelos computacionais inspirados pelo sistema nervoso central, precisam de 40 minutos para processar o que o cérebro leva apenas um segundo.

Resposta do desafio de Julho.

Estou no início da rua, no fim do mar e no meio da carga.

Quem sou eu?

Resposta: A letra R

Desafio de Agosto.

Como podemos tirar 1 de 4 e ficarmos com 5?

Resposta na próxima edição.

Serviço:

Método Supera - Ginástica para o Cérebro

Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP 02-4270)

Unidade Madalena

Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.

Telefone: (81) 30487906

Unidade Boa Viagem

Telefone: (81) 30331695