segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

A interessante escultura La Mujer Que Nunca Hizo Nada

 Gazeta da Torre

Uma crítica direta à visão equivocada de que mulheres que trabalham dentro de casa não exercem atividades produtivas

A escultura conhecida como La Mujer Que Nunca Hizo Nada fica em Zaragoza, na Espanha, e foi criada pelo artista José Luis Fernández em 2001. A obra se tornou um símbolo da valorização do trabalho doméstico não remunerado, um tema que vem sendo discutido há décadas por pesquisadores de economia, sociologia e estudos de gênero. A figura feminina representada carrega objetos como vassouras, baldes e até uma máquina de lavar empilhados sobre as costas, enquanto segura as mãos de duas crianças, uma imagem que sintetiza a rotina pesada enfrentada por muitas mulheres que se dedicam integralmente ao cuidado da casa e da família.

O título, “A Mulher Que Nunca Fez Nada”, é uma crítica direta à visão equivocada de que mulheres que trabalham dentro de casa não exercem atividades produtivas. Estudos da Organização Internacional do Trabalho e da ONU Mulheres mostram que o trabalho doméstico e de cuidado, quando somado, representa bilhões de horas diárias de esforço no mundo inteiro, sendo majoritariamente realizado por mulheres. Apesar disso, esse trabalho raramente aparece nas estatísticas econômicas e estatais, o que reforça sua invisibilidade.

Desde sua instalação, a escultura passou a ser compartilhada como um alerta sobre a desigualdade na divisão das tarefas domésticas e sobre a falta de reconhecimento do papel vital que cuidadoras exercem na sociedade. Para muitos visitantes, ela funciona como um convite à reflexão sobre o valor real do cuidado e sobre a importância de enxergar além do que é considerado “trabalho formal”.

Fonte:ONU

- anúncio -

Programação especial da Paróquia da Torre para este tempo tão bonito!

 Gazeta da Torre

Celebrações de Natal e Ano Novo

Missas, mutirão de confissões e momentos de oração para vivermos bem esse tempo de graça.

Atenção: no mutirão de confissões do dia 18/12 haverá distribuição de fichas, em quantidade limitada.

Paróquia da Torre

“Atividade física tem impacto bastante positivo tanto na prevenção como no tratamento do câncer de próstata”, diz especialista

 Gazeta da Torre

Hábitos saudáveis, diagnóstico precoce e combate ao sedentarismo aumentam as chances de cura e melhoram a qualidade de vida dos pacientes

A coluna Corpo e Movimento é dedicada à importância da atividade física na prevenção do câncer de próstata, que todo ano é alvo da campanha Novembro Azul. Esse tipo de câncer é o mais prevalente na população masculina, o segundo em mortalidade, e quanto mais precoce o seu diagnóstico maior a chance de cura da doença. Uma boa notícia é que hábitos de vida saudáveis, como alimentação, controle de estresse e a prática da atividade física podem ajudar – e muito.

Segundo José Carlos Farah, Professor de Educação Física (USP), com especialização em Fisiologia do Exercício, a relação da prática da atividade física com câncer de próstata é que pessoas sedentárias têm uma maior chance de ficarem doentes do que as não sedentárias. “A atividade física tem impacto bastante positivo na prevenção como no tratamento desse câncer. Na prevenção, atua no combate ao sedentarismo, que leva à obesidade, que é um fator de risco para o câncer de próstata. No tratamento, atua na recuperação muscular causada pela quimioterapia e no fortalecimento do sistema imune.”

Ele encerra a coluna com recomendações para a prática da atividade física. “Na prevenção, são as recomendações padrão, que é começar devagar e progredindo gradualmente, e qualquer atividade física ajuda, qualquer uma que gostemos de fazer. Agora, no tratamento, é o médico oncologista que libera de forma gradual a atividade física, e a depender do caso.”

Fonte: Rádio USP

- anúncio -

IBGE divulga mais pontos negativos do ponto de vista da saúde em Pernambuco

 Gazeta da Torre

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mapeou 1.081.579 pessoas em Pernambuco morando em favelas e comunidades urbanas. O IBGE também identificou a relação dessas populações com questões como acesso à saúde, educação e infraestrutura.

Do ponto de vista da saúde, em Pernambuco há 19 vezes menos equipamentos de saúde funcionando dentro de favelas e comunidades urbanas do que fora delas. No total, são apenas 260 espaços para atender a mais de 1 milhão de pessoas. Na educação, o número de escolas também é considerado pelo IBGE como deficitário: são 747 unidades. O dado chama a atenção quando comparado com a quantidade de igrejas e outros tipos de estabelecimentos religiosos, que segundo o Censo 2022, chegam a 3.330 nessas áreas.

A arborização em favelas e comunidades urbanas também foi um ponto observado pelo IBGE. Em Pernambuco, 25,5% residiam em trechos de vias com arborização, mas observando apenas o Recife, esse percentual é de 26,56%. Um dos menores entre as grandes concentrações urbanas do Brasil - situação semelhante a das capitais Salvador, Maceió, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

Já do ponto de vista de acessibilidade, em 2022, somente 0,9% dos moradores em favelas viviam em trechos de vias com rampas para cadeirantes na calçada. E olhando apenas para o Recife, 345 mil moradores sofriam diretamente com problemas viários e de drenagem por falta de pavimentação - número que só é maior em São Paulo. Além disso, pouco mais de 626 mil moradores de favelas e comunidades urbanas na capital pernambucana viviam em trechos sem bueiro ou boca de lobo.

Quanto à divulgação do IBGE, já era de se esperar. Pernambuco tem a pior cobertura da atenção básica à saúde do Nordeste, aponta levantamento do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS).

Fonte: CBN

- anúncio -

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Indústria da beleza e as redes sociais intensificam movimentos “antiaging”

 Gazeta da Torre

Cobrança por uma aparência perfeita afeta mais as mulheres e pode gerar grandes problemas de saúde às pessoas

A busca pela juventude eterna é um fenômeno histórico, que ultrapassa gerações. Conhecido também como antiaging, a busca pela aparência jovial molda rotinas e escolhas de cada indivíduo, podendo ser prejudicial à vida das pessoas. A autocobrança e a rejeição do processo do envelhecimento, principalmente após os 60 anos, pode acarretar graves problemas como a depressão.

O crescimento da indústria da beleza e as redes sociais intensificam esse pensamento. Egídio Dórea, médico e coordenador do programa USP 60+ da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, comenta que as plataformas digitais afetam diretamente essa dinâmica. “Hoje em dia, principalmente com as redes sociais, a propaganda de cremes, cirurgias e até dietas milagrosas prometem parar o envelhecimento. Essa obsessão cresceu muito com a pressão das plataformas virtuais por uma imagem perfeita, sem rugas ou cabelos brancos, mas isso sempre tem um custo.”

Desigualdade entre gêneros

Dados divulgados pela Precedence Research mostram que, em 2024, o mercado global de produtos antiaging movimentou mais de US$ 50 bilhões. Os índices comprovam o crescimento dessa indústria, pautada em padrões de beleza e em uma suposta juventude eterna.

O fenômeno afeta de forma diferente cada gênero. Enquanto homens mais velhos são vistos como charmosos, devido a cabelos grisalhos, por exemplo, as mulheres enfrentam diversos obstáculos. “Mulheres com rugas são pressionadas a ‘se cuidar’. A sociedade internalizou que a juventude é o padrão, e isso gera insegurança, baixa autoestima e até discriminação etária. Quantas vezes ouvimos que uma mulher de 50 anos ‘parece ter 30’ como elogio? Isso reforça que envelhecer é algo a ser escondido”, defende o médico.

O envelhecimento natural

No sentido contrário, movimentos pró-aging têm ganhado espaço na mídia. Diversas personalidades e empresas têm aderido a esse movimento, em prol de um envelhecimento natural e saudável. O #GreyHairDontCare, por exemplo, celebra cabelos brancos, reafirmando a importância e beleza do processo de envelhecimento.

Segundo Dórea, envelhecer de forma autêntica e natural pode trazer enormes benefícios às pessoas. “O movimento pró-aging defende que a velhice traz sabedoria, experiência e autenticidade. Uma sociedade que valoriza todas as idades lucra com diversidade: no mercado de trabalho, idosos trazem perspectivas únicas; na cultura, suas histórias enriquecem. Além disso, reduzir a pressão por juventude eterna alivia o estresse e promove saúde mental.”

Rádio USP

- anúncio -

2 de dezembro é Dia Nacional do Samba; batida, memória e história

 Gazeta da Torre

O samba não é só um ritmo, é arquivo de dores e alegrias, cartografia de migrações, gramática de resistência e instrumento de política cultural

O samba não é só um ritmo, é arquivo de dores e alegrias, cartografia de migrações, gramática de resistência e instrumento de política cultural. Comemorado no Brasil em 2 de dezembro, o Dia Nacional do Samba marca muito mais do que um gênero musical, sintetiza a presença afro-brasileira no que se transformou na identidade cultural do país.

A comemoração em 2 de dezembro tem origem legislativa local ainda na década de 1960 e associação simbólica a nomes e episódios da história do gênero. Uma versão recorrente faz referência a iniciativas de homenagem a Ary Barroso que ocorreram naquela data; outra identifica comemorações institucionais e eventos de divulgação do samba realizados em torno de 2 de dezembro, data que acabou se consolidando nacionalmente como o Dia do Samba. Essa oficialização é, na prática, um processo de difusão cultural sustentado por rádios, museus e movimentos de sambistas.

Cartola, Clara Nunes, Noel Rosa, Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Ary Barroso, Dona Ivone Lara, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Martinho da Vila e tantos outros foram vozes e criadores que traduziram a diversidade do samba.

Rádios, shows, rodas de rua e programações em museus e centros culturais costumam marcar 2 de dezembro. Escolas de samba, velhas guardas e artistas realizam eventos comemorativos; Em muitas cidades a data serve também para debates sobre políticas culturais, direitos dos artistas e preservação de patrimônios imateriais. Celebrar o dia Nacional do Samba é reconhecer que uma parte essencial da cultura brasileira é obra coletiva, histórica e em aberto.

Vídeo gravado no Pagode do Didi , Recife

Fonte: TVT News

- anúncio -