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quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Esporte melhora o desempenho escolar e a saúde mental dos estudantes

 Gazeta da Torre

Existe alguma relação entre a prática da atividade física e o rendimento escolar? Segundo José Carlos Farah, professor de Educação Física e coordenador das atividades esportivas da Raia Olímpica da USP, a resposta para essa pergunta é positiva. “Há muitos anos não era comum associar bom desempenho escolar às práticas esportivas. Muito pelo contrário, os alunos mais estudiosos eram sempre vistos como aqueles que não traziam muito apreço ou jeito pelos esportes, ou, ao contrário, alunos bons nos esportes eram ruins nos estudos. Algumas pesquisas recentes mostram que a prática regular de esportes leva os alunos a obterem melhores resultados nos estudos, ajudando a aumentar a atenção, a concentração e, consequentemente, o desempenho escolar. Então, a resposta é sim. A prática esportiva tem influência sobre o rendimento escolar em qualquer nível”.

O colunista prossegue: “A prática é tão importante que todas as universidades ranqueadas no mundo têm um esporte em lugar de destaque nos seus currículos e é muito desenvolvido até em nível de competição. Exemplo de Cambridge, Oxford, Stanford e tantas outras.  A prática esportiva, além de desenvolver os aspectos fisiológicos já bem conhecidos, atua diretamente nos neurotransmissores, desenvolvendo e aumentando os níveis de concentração e atenção em sala de aula.  Isso porque os exercícios físicos estimulam a liberação desses neurotransmissores, que aumentam nossa capacidade no foco e a atenção, que são elementos importantes para aprendizado. Também a prática regular ajuda muito a diminuir os sintomas de ansiedade e depressão, muito comuns na vida acadêmica. Todos esses fatores levam a uma boa saúde mental dos nossos estudantes e promovem um ambiente propício para aprendizagem”.

Fonte: Coluna Corpo e Movimento, com o professor José Carlos Farah - Rádio USP

(As opiniões expressas pelos colunistas da Rádio da USP são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem opiniões do veículo nem posições institucionais da Universidade de São Paulo)

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